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A Revolta da Vacina, que foi uma importante manifestação social,

Resposta:

A alternativa correta é letra D) ocorreu no Rio de Janeiro devido à obrigatoriedade da vacina contra a varíola e às reformas urbanas e sanitárias iniciadas pelo presidente Rodrigues Alves.

Gabarito: Letra D

 

Ocorreu no Rio de Janeiro devido à obrigatoriedade da vacina contra a varíola e às reformas urbanas e sanitárias iniciadas pelo presidente Rodrigues Alves.

 

Ocorrida entre os dias 10 e 15 de novembro de 1904, no Rio de Janeiro, no contexto das obras de modernização e saneamento da cidade do Rio, teve como motivo para a revolta a obrigatoriedade da vacina contra a varíola, imposta à população pelas forças governamentais.

É uma das revoltas urbanas ocorridas durante a Primeira República e que envolveu uma tensão entre os civis e as autoridades públicas não só devido a imposição da vacina em si, mas também porque essa não se fez acompanhar de um esclarecimento à população sobre a importância da vacinação e ocorria num contexto em que outras imposições do poder público já haviam ocorrido, como, por exemplo, a remoção da população mais pobre do centro da cidade e a derrubada de cortiços em nome das reformas urbana e sanitária pensadas e executadas pelo poder público de forma autoritária.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: ocorreu entre marinheiros oriundos das classes sociais baixas que se negavam a ser vacinados contra a febre amarela, já que os oficiais não eram obrigados.

 

Refere-se a Revolta da Chibata, que não ocorreu devido a uma negação dos marinheiros em serem vacinados contra a febre amarela, mas sim, devido aos castigos físicos que recebiam na Marinha do Brasil, e também por causa da má alimentação e dos baixos salários. Aconteceu em 22 de novembro de 1910.

 

Letra B: aconteceu nos sertões do Cariri cearense devido à decisão do governo de impor aos seguidores do Padre Cícero a vacinação contra a peste bubônica.

 

Faz referência ao movimento em torno do Padre Cícero, provocado pela notícia de um suposto milagre realizado pelo mesmo, em fins do século XIX, na região do Vale do Cariri, no povoado de Juazeiro do Norte, sul do Estado do Ceará, não foi de forma nenhuma motivada por uma imposição do governo aos seguidores do Padre Cícero para que esses se vacinassem contra a peste bubônica, mas sim pela decisão das autoridades eclesiásticas de desestimular práticas religiosas fora do controle da Igreja (especialmente devido ao prestígio do padre Cícero após o milagre) e, assim, decretar a falsidade do milagre em Juazeiro do Norte e impedir que Padre Cícero pregasse ou ouvisse confissões.

 

Letra C: foi motivada pelo apoio da Igreja Católica aos seguidores de Antônio Conselheiro, que se opunham à República e à vacinação obrigatória por ela estabelecida.

 

Faz referência a revolta ocorrida no arraial de Canudos, no interior da Bahia, às margens do rio Vaza-Barris, onde várias pessoas se reuniram em torno do líder Antônio Conselheiro e fundaram o Arraial chamado Belo Monte, uma comunidade formada por cerca de 20 a 30 mil habitantes e que possuía as seguintes características: praticava-se o sistema comunitário, em que as colheitas, os rebanhos e o fruto do trabalho eram repartidos e o excedente vendido ou trocado com os povoados vizinhos; não havia cobrança de tributos; eram proibidas a prostituição e a venda de bebidas alcóolicas.

 

A comunidade de Canudos, pelo seu crescimento e organização acabou assustando as elites baianas e os governos estaduais e federal que passaram a combatê-la sob a justificativa de que se tratava de uma comunidade monarquista que ameaçava a República. Dessa forma, a Guerra ou Revolta de Canudos não foi provocada pela vacinação obrigatória, bem como não houve nenhum apoio da Igreja Católica a Antônio Conselheiro ou a Canudos, pelo contrário, a Igreja Católica os consideravam um perigo porque, ao seu ver, desviavam os fiéis dessa instituição e da “verdadeira fé”.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

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