Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

Analise a tabela.

EXPANSÃO DAS ESTRADAS DE FERRO NO BRASIL

(1854-1929)

Anos

Brasil (km)

1854

14,5

1859

1864

411,3

1869

713,1

1874

1.357,3

1879

2.895,7

1884

6.324,6

1889

9.076,1

1894

12.474,3

1899

13.980,6

1904

16.023,9

1906

17.340,4

1929

32.000,3

(Sérgio Silva, Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil. Apud José Miguel Arias Neto, Primeira República: economia cafeeira, urbanização e industrialização. Em: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (org.). O Brasil Republicano v.1 – O tempo do liberalismo excludente: da Proclamação da República à Revolução de 1930. Adaptado)

A partir dos dados, é correto afirmar que

Resposta:

A alternativa correta é letra C) a expansão ferroviária coincide, do ponto de vista cronológico, com a ampliação das exportações de café, o que comprova que a economia cafeeira dinamizou e simultaneamente foi dinamizada pela melhoria do sistema de transporte.

Gabarito: Letra C

 

a expansão ferroviária coincide, do ponto de vista cronológico, com a ampliação das exportações de café, o que comprova que a economia cafeeira dinamizou e simultaneamente foi dinamizada pela melhoria do sistema de transporte.

 

A expansão da economia cafeeira iniciou-se por volta de meados do século XIX. Em 1840, o café já era o principal produto da pauta de exportações brasileiras e continuou a aumentar o volume de exportação graças ao processo de modernização desse setor.

 

Um dos principais instrumentos de expansão da economia cafeeira foi a modernização dos transportes a fim de garantir o escoamento da produção de maneira mais rápida. Nesse sentido, as estradas de ferro tiveram papel importantíssimo ao garantir que a produção cafeeira chegasse aos portos com rapidez a fim de atender ao mercado internacional. Construídas a partir de capitais liberados em função do fim do tráfico e com capitais estrangeiros de bancos e investidores ingleses, as estradas de ferro passaram a dinamizar e serem simultaneamente dinamizadas pela economia cafeeira.

   

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: o alargamento ferroviário dependeu das políticas públicas presentes a partir da Primeira República, porque durante o Império, a Câmara dos Deputados entravou o crescimento das linhas ferroviárias, prejudicando a produção cafeeira.

 

A partir da tabela podemos notar que durante o Império (entre os anos de 1854 e 1879) houve aumento da malha ferroviária tanto no Brasil como na região cafeeira em grande expansão. Assim, não houve um entrave por parte do legislativo imperial em relação ao crescimento das linhas ferroviárias.

 

Letra B: a extensão da malha ferroviária agilizou o transporte de café, ao mesmo tempo em que o alto custo desse meio de transporte fez diminuir o lucro dos cafeicultores, com a consequente queda nos novos investimentos.

 

A ampliação da malha ferroviária agilizou o transporte de café que por sua vez atendeu aos interesses dos cafeicultores de ter o produto escoado com maior rapidez para o mercado internacional. A expansão do café obedeceu à procura por parte do mercado dessa bebida, usada como estimulante e também como hobby dos grupos mais abastados das sociedades europeias. Isso fez com que houvesse um aumento no luvro dos cafeicultores que, por sua vez, empregavam parte dos recursos obtidos com a exportação do café em atividades ligadas à economia cafeeira.

   

Letra D: os recursos financeiros que permitiram o forte crescimento da produção cafeeira foram oriundos do lucro das companhias ferroviárias, empresas de capitais majoritariamente estadunidenses e com pequena participação estatal.

 

As companhias ferroviárias que se instalaram no Brasil eram empresas de capitais oriundos da Inglaterra e não dos Estados Unidos. Em algumas dessas companhias também podemos encontrar a presença do capital privado das associações de cafeicultores.

 

Letra E: a presença do transporte ferroviário teve pequena importância para o desenvolvimento da agroexportação de café, que precisava de portos modernos e adequados para navios de grande porte, como se tornou o de Santos.

 

A presença do transporte ferroviário teve uma grande importância para a economia cafeeira. Ela possibilitou que o produto fosse escoado com maior rapidez para portos mais modernos e mais amplos, como o de Santos e o do Rio de Janeiro.

   

Referência:

 

NETO, José Miguel Arias. "Primeira República: economia cafeeira, urbanização e industrialização". In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil Republicano: O tempo do liberalismo oligárquico: da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

Continua após a publicidade..

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *