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Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a cena política nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final.

 

FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).

 

A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior.

 

TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930.

Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).

 

Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:

Resposta:

A alternativa correta é letra C)  As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas.

Gabarito: Letra C
 
Trata-se de uma questão que busca a interpretação dos candidatos e candidatas, mas que envolva também conhecimentos sobre o período da República Oligárquica ou República Velha.
 
Os textos mencionam que apesar da aliança entre paulistas e mineiros, em alguns momentos do período, essas relações eram conflituosas, com várias divergências políticas e econômicas. 
 
Durante alguns episódios da 1ª República, São Paulo e Minas Gerais estiveram em lados opostos, como na campanha presidencial de 1910. Na ocasião, Hermes da Fonseca foi apoiado pelas oligarquias mineiras e Ruy Barbosa foi apoiado pelas oligarquias paulistas.
 
Após essa divergência inicial, paulistas e mineiros voltaram a se entender nas eleições de 1914, mas se desentenderam novamente nas eleições de 1919. Voltaram a se entender em 1922 até o rompimento na corrida eleitoral de 1930, quando os paulistas deveriam apoiar um mineiro como candidato e decidiram apoiar outro paulista.
 
Portanto, notamos que não havia uma estabilidade nessa aliança entre paulistas e mineiros. Houve momentos de oscilações nas escolhas dos candidatos. O que nos leva a concluir que a Letra C é a correta.
 
Por que as demais estão incorretas?
 
Letra A: São Paulo precisava de apoio político porque Minas Gerais tinha a maior bancada na câmara dos Deputados. Assim, os paulistas precisavam do apoio dos mineiros para que os projetos fossem aprovados caso um presidente eleito fosse paulista. 
 
Letra B: Não invalidavam porque em boa parte da 1ª República houve entendimento dos paulistas e mineiros para o governo do Brasil.
 
Letra D: na verdade, o executivo federal precisava da aliança das oligarquias regionais. Era o sistema do coronelismo em que os coronéis garantem apoio ao governo estadual que garante apoio ao presidente da República.
 
Letra E: A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno eram objetivos perseguidos pelos mineiros. Os paulistas preocupavam-se com a valorização do café para venda no mercado externo.
 
 
Resposta baseada na fonte:
 
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª Ed. São Paulo: Edusp, 1995.

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