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Leia o texto a seguir.

 

A administração da fazenda publica com a mais severa economia e Estado será onerados de a maior fiscalização no emprego da renda do urna das minhas preocupações. Povos novos e dividas nunca foram povos felizes, e nada aumenta mais as dividas dos estados do que as despesas sem proporção com os recursos econômicos da nação, com as forças vivas do trabalho, das industrias e do comércio, o que produz o desequilíbrio dos orçamentos, o mal estar social, a miséria. Espero que, fiscalizada e economizada a fazenda publica, mantida a ordem no País, a paz com as nações estrangeiras sem quebra da nossa honra e dos nossos direitos, animado o trabalho agrícola e industrial e reorganizado o regime bancário, os abundantes recursos do nosso solo vaporizarão progressivamente o nosso meio circulante, depreciado para as permutas internacionais, e fortificarão o nosso credito no interior e no exterior.

 

Trecho do discurso de posse de Floriano Peixoto Fonte: http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/91988

 

Em um trecho de seu discurso de posse, apresentado acima, Floriano Peixoto, demonstrou grande preocupação com a economia brasileira que vivia a chamada “Crise do Encilhamento”. É correto afirmar que entre as características da crise estavam:

Resposta:

A alternativa correta é letra C) as falências de indústrias e a inflação que elevou o custo de vida.

Gabarito: Letra C

 

Quando Deodoro foi eleito indiretamente o primeiro presidente da República, formou seus ministérios e para ao cargo de ministro da Fazenda nomeou Rui Barbosa.

 

Segundo Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo, Rui Barbosa era um defensor da industrialização e identificava a falta de recursos como um dos principais obstáculos ao progresso industrial brasileiro.

 

Assim, uma das medidas adotadas pelo ministro foi uma reforma financeira chamada de Encilhamento. O objetivo dessa reforma era estimular o crescimento econômico, com foco na industrialização.

 

As iniciativas de Rui Barbosa concorreram para expandir o crédito e gerar a ideia de que a República seria o reino dos negócios. O governo permitiu que bancos emitissem papel moeda para facilitar o crédito para quem quisesse abrir um negócio.

 

Essa febre de papel-moeda acabou gerando uma crise econômica porque resultou em inflação, já que os bancos emitiram crédito mais que o necessário e não havia quem utilizasse mais esses créditos. Além disso, parte dos créditos foi usada para a criação de empresas-fantasmas que se apropriaram apenas dos recursos sem pensar na produção industrial. Em outros casos, empresas e bancos foram à falência.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A:  o decréscimo das reservas cambiais e a escassez de papel moeda no país.

 

Não houve escassez de papel moeda, mas um excesso de papel moeda o que levou a uma crise de excedente de crédito sem consumo.

 

Letra B: a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional e a baixa na movimentação financeira da bolsa de valores.

 

Incorreta porque a facilidade de crédito permitiu a criação de empresas que por sua vez jogaram ações nas bolsas de valores, aumentando a movimentação financeira na bolsa de valores.

 

Letra D:  a liberação das barreiras fiscais para a importação de produtos ingleses, levando à falência indústrias e grupos comerciais.

 

Incorreta, porque Rui Barbosa criou um regime de taxas alfandegárias com o objetivo de dificultar a entrada de produtos estrangeiros e assim não facilitou com isenções ou liberações para importação de produtos de qualquer nacionalidade.

 

Letra E: o excesso de gastos públicos com políticas assistencialistas e o endividamento com credores no exterior.

 

O Encilhamento não esteve relacionado com excesso de gastos públicos em políticas assistencialistas, pois esse projeto não estava no radar dos políticos dos primeiros anos da República.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1997.

      

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