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O tenentismo foi um movimento de inspiração militar que aconteceu entre 1920 e meados de 1930. No início de 1922, os tenentistas planejavam a derrubada do presidente Epitácio Pessoa, em virtude da indicação de Arthur Bernardes para ocupar o cargo de Ministro da Guerra, para suceder o civil Pandiá Calógeras. A respeito desse movimento e da tomada do Forte de Copacabana, analise as assertivas abaixo:

I. Os integrantes do movimento tenentista eram oficiais de baixa patente, sobretudo tenentes, mas alguns civis também participaram. Eram críticos dos padrões políticos da Primeira República e contavam com o apoio das classes médias urbanas.

II. Em meados de 1922, o Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi tomado e tiros de canhão foram ouvidos. Tropas fiéis ao governo cercaram o forte e, no dia seguinte, os encouraçados Minas Gerais e São Paulo trocaram tiros com os revoltosos. Acuados, os líderes rebeldes liberaram os homens que não quisessem resistir e muitos abandonaram o local.

III. O grupo de 18 revoltosos que resistiram (três oficiais e quinze praças) deixou o forte com armas em punho para combater até a morte. Oito foram mortos e um dos líderes foi gravemente ferido, preso e exilou-se no Uruguai.

Quais estão corretas?

Resposta:

A alternativa correta é letra B) Apenas I e II.

Gabarito: Letra B

 

Estão corretas apenas I e II.

 

Vamos analisar as proposições.

 

I. Os integrantes do movimento tenentista eram oficiais de baixa patente, sobretudo tenentes, mas alguns civis também participaram. Eram críticos dos padrões políticos da Primeira República e contavam com o apoio das classes médias urbanas. (correta)

 

O clima de descontentamento com o sistema oligárquico que dominou a política durante a Primeira República atingiu também jovens oficiais das forças armadas, a maioria tenentes, que acabaram liderando uma série de rebeliões no movimento político-militar que ficou conhecido como tenentismo. O movimento tenentista (1922-1926) objetivava a conquista do poder através da luta armada a fim de promover reformas na República brasileira. Foi bastante apoiado pelas classes médias urbanas.

 

II. Em meados de 1922, o Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi tomado e tiros de canhão foram ouvidos. Tropas fiéis ao governo cercaram o forte e, no dia seguinte, os encouraçados Minas Gerais e São Paulo trocaram tiros com os revoltosos. Acuados, os líderes rebeldes liberaram os homens que não quisessem resistir e muitos abandonaram o local. (correta)

 

A Revolta do Forte de Copacabana ocorreu em 5 de julho de 1922, sob o comando do capitão Euclides Hermes da Fonseca, filho do marechal Hermes da Fonseca, que havia sido preso pelo presidente Epitácio Pessoa por excitar o comandante da 7ª Região Militar a resistir à intervenção do governo federal na política pernambucana.

A decisão de revoltar-se contra a prisão do pai e contra a atuação do governo federal foi tomada em 3 de julho, mas postergada, diante da indecisão do marechal Hermes.

Desconfiando de possíveis articulações no Forte de Copacabana o ministro da Guerra enviou ao forte o capitão José da Silva Barbosa para assumir o posto de comando até então pertencente ao capitão Euclides Hermes da Fonseca, o que precipitou o levante. 

Diante da resistência do Forte de Copacabana, tropas do governo se posicionaram para o ataque, porém antes mesmo dos rebeldes do forte serem atacados pelo mar, um comunicado do ministro da Guerra garantindo a vida dos que abandonassem o forte, provocou muitas deserções.

 

III. O grupo de 18 revoltosos que resistiram (três oficiais e quinze praças) deixou o forte com armas em punho para combater até a morte. Oito foram mortos e um dos líderes foi gravemente ferido, preso e exilou-se no Uruguai. (Incorreta)

 

O grupo de 18 revoltosos que resistiram (17 tenentes e um civil que se juntou ao grupo) saíram à rua para combate corpo a corpo com as tropas opositoras. Apenas dois revoltosos saíram com vida desse episódio, os tenentes Eduardo Gomes e Siqueira Campos.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

Verbete: Fonseca, Euclides Hermes da. CPDOC/FGV. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/fonseca-euclides-hermes-da Acesso em 30 de jun. de 2022.

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