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Questões Sobre Primeira República - História - concurso

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501) Sobre a história do ciclo do café no Brasil analise as afirmativas abaixo:

  • A) Apenas I e II.
  • B) Apenas III.
  • C) I, II e III.
  • D) Nenhuma das alternativas.

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A alternativa correta é letra C) I, II e III.

Gabarito: Letra C

 

O café é uma planta nativa da Etiópia, na África, e as primeiras sementes foram trazidas da Guiana Francesa para o Brasil por Francisco de Melo Palheta, sargento-mor luso-brasileiro que as plantou no Grão-Pará em 1727. Como a saída de sementes e mudas da planta era proibida nas Guianas, certamente, o oficial as trouxe de forma contrabandeada.

 

A maior parte do ciclo do café na nossa economia ocorreu entre 1800 e 1930, tendo uma queda acentuada com a Crise de 1929 e a Grande Depressão, época em que as exportações do grão caíram bastante a tal ponto do governo Vargas ter que queimar as sacas de café.

 

Não há como negar que a economia cafeeira foi a principal responsável por diversificar outras atividades no país durante o Segundo Reinado (1840-1889) e Primeira República (1889-1930). Ela permitiu a urbanização, a construção de estradas de ferro, a requisição de imigrantes.

 

E a exportação dos grãos deu muito certo em função do aumento populacional na Europa e nos EUA. É necessário lembrar que o boom do café está ligado ao boom da industrialização mundial e a consolidação de um modo de vida burguês. Em diversas cidades europeias eram comuns os cafés nas ruas, os cafés parisienses, vienenses, etc.

 

A planta foi e é até hoje um dos principais produtos de exportação do Brasil.

 

Fontes:

FAUSTO, Boris. "O Segundo Reinado". In: História do Brasil . Ed. UNESP: São Paulo. 2ª edição, p. 186

 

MARQUESE, Rafael e TOMICH, Dale. Capítulo VIII "O Vale do Paraíba escravista e a formação do mercado mundial do café no século XIX". In: GRINBERG, Keila e SALLES, Ricardo. O Brasil Imperial. Volume 2 (1831-1889). Ed. Civilização Brasileira: Rio de Janeiro, 2009.

           

Site da Associação Brasileira da Indústria do Café http://abic.com.br/cafe-com/historia/

502) A charge pode ser relacionada a um momento de grave crise na história dos Estados Unidos, que ficou conhecida como Quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, e que teve muitas consequências na economia mundial.

  • A) buscou se antecipar aos seus efeitos, incentivando imediatamente os investimentos da elite agrária no setor industrial, como forma de diversificar as atividades econômicas do país.

  • B) soube tirar vantagem da depressão econômica e do desabastecimento vivido pelos Estados Unidos, oferecendo a estes grandes quantidades de produtos industriais diversificados, que passaram a ser exportados.

  • C) sofreu grande pressão política das oligarquias cafeeiras por não conseguir sustentar a chamada “política do café com leite”, sendo o presidente Getúlio Vargas deposto pela Aliança Libertadora Nacional.

  • D) procurou minimizar os efeitos da Grande Depressão comprando e queimando o excedente de produção dos cafeicultores, uma vez que os Estados Unidos eram os principais importadores desse grão.

  • E) precisou elaborar planos emergenciais para conter a inflação e o caos em que mergulhou a economia brasileira, com a corrida aos bancos para a retirada de dinheiro e o desemprego industrial em massa, cunhando uma nova moeda.

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A alternativa correta é letra D) procurou minimizar os efeitos da Grande Depressão comprando e queimando o excedente de produção dos cafeicultores, uma vez que os Estados Unidos eram os principais importadores desse grão.

Gabarito: ALTERNATIVA D

  

A charge pode ser relacionada a um momento de grave crise na história dos Estados Unidos, que ficou conhecida como Quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, e que teve muitas consequências na economia mundial.

  

  

Nesse contexto de crise, o governo brasileiro

  • a)  buscou se antecipar aos seus efeitos, incentivando imediatamente os investimentos da elite agrária no setor industrial, como forma de diversificar as atividades econômicas do país.

Em 1929, o parque industrial brasileiro ainda era bastante limitado e a economia era movida, fundamentalmente, pela agroexportação, responsável pela geração de divisas internacionais que financiavam o abastecimento do país com bens industrializados de toda sorte. Com a política brasileira fortemente dominada pelas oligarquias agrárias, principalmente a oligarquia cafeeira paulista; o governo brasileiro era extremamente reticente sobre a industrialização do país, observando antes a proteção do primeiro setor. Alternativa errada.

 
  • b)  soube tirar vantagem da depressão econômica e do desabastecimento vivido pelos Estados Unidos, oferecendo a estes grandes quantidades de produtos industriais diversificados, que passaram a ser exportados.

A alternativa é completamente descabida. Em 1929, a crise econômica que devastou a economia americana tinha duas componentes fundamentais: o estouro da bolha especulativa do mundo financeiro e o superaquecimento da oferta de produtos industrializados. Com a ruína do mercado financeiro e a contração generalizada do crédito, toda a economia americana sofreu o choque da recessão, estrangulando a indústria por falta de capacidade de consumo em meio à abundância da oferta. Para o Brasil, isso significava cortes importantes na importação de produtos agrícolas não essenciais, como o café. Além disso, o raquítico parque industrial brasileiro não tinha escala o suficiente sequer para abastecer o mercado doméstico. Alternativa errada.

 
  • c)  sofreu grande pressão política das oligarquias cafeeiras por não conseguir sustentar a chamada “política do café com leite”, sendo o presidente Getúlio Vargas deposto pela Aliança Libertadora Nacional.

Mais uma alternativa cheia de erros que deveria ser eliminada sem dificuldade pelos candidatos. A política do café com leite era o chamado teatro das oligarquias, quando os oligarcas mineiros e paulistas atuavam em conjunto para delinear o controle do aparelho estatal de maneira a proteger os seus interesses de agroexportadores. No entanto, a crise do sistema já estava estabelecida por uma ruptura protagonizada por São Paulo, que tentou reverter as políticas de alternância de poder com Minas Gerais. Enfraquecido o acordo das elites, outras oligarquias estaduais começaram a se mobilizar contra os políticos governistas, bem como as classes médias urbanas do país também vinham expressando grande reprovação contra a maneira patrimonialista de organização dos negócios públicos. A Aliança Liberal foi liderada por Getúlio Vargas para as eleições de 1930, tentando romper com o domínio paulista, que se manteve graças a gravíssimas fraudes eleitorais; estabelecendo uma crise que desaguaria no Golpe de 1930. Líder do golpe, Vargas assumiu a presidência, na qual se manteve, por diversas situações, até 1945. A Aliança Nacional Libertadora (ANL) foi uma frente ampla da esquerda brasileira contra os excessos do governo discricionário de Vargas e contra a presença fascista no Brasil. Tendo sido fundada em 1934, a ANL gerou grande comoção urbana, mas foi duramente reprimida e extinta já em 1937. Alternativa errada.

 
  • d)  procurou minimizar os efeitos da Grande Depressão comprando e queimando o excedente de produção dos cafeicultores, uma vez que os Estados Unidos eram os principais importadores desse grão.

Como já apontado em comentário anterior, a preocupação central do governo brasileiro frente à crise de 1929 foi a proteção da agroexportação, principalmente da lavoura cafeeira. Com a contração generalizada da demanda internacional por produtos não essenciais e com a contração da liquidez internacional, os preços do café nos mercados americanos e europeus caíram substancialmente, ameaçando a viabilidade da produção em si. A solução adotada pelo governo foi, de certa forma, a continuidade de uma política de garantia de preços mínimos para os cafeicultores, com o Estado comprando os estoques excedentes a preço mínimo e assumindo os prejuízos decorrentes da transação. Como, com a crise de 1929, o desequilíbrio entre oferta e demanda do café reduzia drasticamente os preços internacionais do grão, principalmente no importantíssimo mercado americano; o governo optou pela queima dos excedentes para que os preços se estabilizassem em patamares mais elevados em decorrência da contração da oferta. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • e)  precisou elaborar planos emergenciais para conter a inflação e o caos em que mergulhou a economia brasileira, com a corrida aos bancos para a retirada de dinheiro e o desemprego industrial em massa, cunhando uma nova moeda.

O mais importante para invalidar esta alternativa seria observar que o país tinha um parque industrial muito reduzido para que pudesse acontecer um "desemprego industrial em massa". Além disso, a crise não atingia propriamente a indústria brasileira, e sim a sua agroexportação; da mesma maneira que a economia era pouco monetizada, já que a sociedade era esmagadoramente rural - ou seja, ao contrário das economias industriais, não houve uma corrida aos bancos no Brasil em 1929. Além disso, a primeira troca de moeda no Brasil só ocorreria em 1942, quando o governo Vargas criou o Cruzeiro em substituição ao real (mil-réis), em vigor desde a colônia. Alternativa errada.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

503) Café era sinônimo de São Paulo, e os políticos paulistas visavam avidamente beneficiar a economia exportadora de seu estado. Suas lideranças mostravam interesse em cooperar com os representantes de outros estados e do governo federal quando detectavam interesses comuns; por sua vez, entre as elites estaduais, os paulistas defendiam políticas intervencionistas com habilidade inusitada, enquanto o governo federal se mostrava reticente em fazê-lo. A mais famosa instância de cooperação com os outros estados, cooperação com o governo federal e demonstração de autoconfiança foi o episódio da valorização do café em todos os diversos estágios de seu desenvolvimento.

  • A) foi implementa pela primeira vez em 1908 em São Paulo que, neste ano, arcou sozinho com o custo desse programa, condição possível porque os paulistas respondiam pela metade da produção anual mundial de café.

  • B) esteve associada a uma política de contenção de plantio de novos cafeeiros, condição que provocou, após a Primeira Guerra, uma diminuição da presença brasileira no mercado mundial de café.

  • C) recebeu imediato apoio da maior parte dos estados brasileiros, mais a adesão irrestrita do governo federal, porque o aumento das exportações paulistas trazia benefícios diretos para todos os outros estados.

  • D) aumentou o fluxo de café no mercado internacional, principalmente na Grã-Bretanha, e produziu melhora importante nas finanças do governo federal, por este ser o arrecadador do imposto de exportação.

  • E) foi bem-sucedida até o início da Primeira Guerra, momento no qual as dívidas com os banqueiros europeus foram cobradas e não houve mais recurso para a reaplicação desse mecanismo de apoio ao café.

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A alternativa correta é letra A) foi implementa pela primeira vez em 1908 em São Paulo que, neste ano, arcou sozinho com o custo desse programa, condição possível porque os paulistas respondiam pela metade da produção anual mundial de café.

Gabarito: ALTERNATIVA A

  

Café era sinônimo de São Paulo, e os políticos paulistas visavam avidamente beneficiar a economia exportadora de seu estado. Suas lideranças mostravam interesse em cooperar com os representantes de outros estados e do governo federal quando detectavam interesses comuns; por sua vez, entre as elites estaduais, os paulistas defendiam políticas intervencionistas com habilidade inusitada, enquanto o governo federal se mostrava reticente em fazê-lo. A mais famosa instância de cooperação com os outros estados, cooperação com o governo federal e demonstração de autoconfiança foi o episódio da valorização do café em todos os diversos estágios de seu desenvolvimento. [Joseph L. Love, A república brasileira: federalismo e regionalismo (1889-1937). Em Carlos Guilherme Mota (org). Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000): a grande transação]

  

A Política de Valorização do Café, pensada no Convênio de Taubaté (1906),

  • a)  foi implementa pela primeira vez em 1908 em São Paulo que, neste ano, arcou sozinho com o custo desse programa, condição possível porque os paulistas respondiam pela metade da produção anual mundial de café.

O Convênio de Taubaté foi uma iniciativa dos governos estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais para envolver o governo federal numa política de valorização do café. Assinado pelo governo Rodrigues Alves, o convênio previa a compra dos excedentes de produção por parte do governo federal para que o excesso de oferta não depreciasse internacionalmente o preço do café. Até 1908, de fato, houve uma apreciação do preço internacional do café, mas a queda dos preços levou ao acionamento do convênio para a proteção do produto. Sob a presidência de Afonso Pena, seriam tomadas medidas para a preservação do preço do café e, evidentemente, São Paulo foi o grande alvo disso por ser o grande produtor cafeeiro. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • b)  esteve associada a uma política de contenção de plantio de novos cafeeiros, condição que provocou, após a Primeira Guerra, uma diminuição da presença brasileira no mercado mundial de café.

O controle dos excedentes se dava pela compra pelo governo federal, e não pela limitação dos investimentos produtivos. Pelo contrário, a malha ferroviária paulista e os grandes lucros obtidos permitiam a expansão da cafeicultura pelo interior de maneira muito significativa. A produção continuaria em expansão com a certeza da seguridade governamental para proteger os preços e absorver prejuízos. As variações da participação brasileira no mercado mundial de café ocorreram antes pela entrada de novos produtores no mercado do que por uma retração dos investimentos nacionais. Alternativa errada.

 
  • c)  recebeu imediato apoio da maior parte dos estados brasileiros, mais a adesão irrestrita do governo federal, porque o aumento das exportações paulistas trazia benefícios diretos para todos os outros estados.

A iniciativa, como comentado acima, foi encabeçada pelos governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que assinaram o convênio em Taubaté. Ainda que tenha sido aprovado pelo Congresso Nacional e ratificado pelo Presidente da República, o convênio era francamente voltado para os estados cafeicultores, enquanto os demais eram equilibrados pela Política dos Governadores, mantendo-os clientes do governo federal controlado pelas oligarquias do Sudeste. Alternativa errada.

 
  • d)  aumentou o fluxo de café no mercado internacional, principalmente na Grã-Bretanha, e produziu melhora importante nas finanças do governo federal, por este ser o arrecadador do imposto de exportação.

O princípio do Convênio de Taubaté era exatamente controlar o fluxo de café no mercado internacional para que o excesso de oferta não trouxesse uma diminuição geral dos preços. Com o governo brasileiro comprando os excedentes, protegia-se o produtor de prejuízos mais expressivos ao mesmo tempo em que se mantinha no horizonte uma garantia de preço mínimo para o café. Alternativa errada.

 
  • e)  foi bem-sucedida até o início da Primeira Guerra, momento no qual as dívidas com os banqueiros europeus foram cobradas e não houve mais recurso para a reaplicação desse mecanismo de apoio ao café.

Ainda que tenha dado resultados num primeiro momento, o Convênio de Taubaté apenas conseguiu adiar algumas dificuldades que se avizinhavam. Durante e depois a Primeira Guerra Mundial, outros arranjos foram desenvolvidos para manter a política de valorização do café, cuja expressão máxima viria na década de 1920, com o Instituto do Café. Alternativa errada.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

504) A partir da década de 1970, o número de habitantes nas cidades brasileiras teve um aumento, ultrapassando, assim, a população que residia na zona rural. Essa inversão teve início no século XIX e foi intensificada a partir de 1920, motivada, dentre outros fatores,

  • A) pela concentração de terras férteis nas mãos de poucos empresários latifundiários que possuíam máquinas e produtos agrícolas.
  • B) pela grande oferta de mão de obra nas cidades, os salários elevados e a não exigência de experiência ou qualificação profissional.
  • C) pelo surgimento de políticas públicas habitacionais com valores fixos mensais para a população de baixa renda vinda do campo.
  • D) incentivo fiscal visando à transferência de mão de obra do meio rural para as cidades que passavam pelo processo de industrialização.

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A alternativa correta é letra A) pela concentração de terras férteis nas mãos de poucos empresários latifundiários que possuíam máquinas e produtos agrícolas.

Gabarito: Letra A

 

(pela concentração de terras férteis nas mãos de poucos empresários latifundiários que possuíam máquinas e produtos agrícolas.)

  

O Brasil passou a ser um país mais urbano do que rural a partir da década de 1970. Nas primeiras décadas do século XX, o Brasil era um país agroexportador, de população predominantemente rural. Mas foi nas décadas anteriores a 1970 que se construíram as bases dessa inversão da dinâmica da urbanização brasileira.

 

Podemos destacar os seguintes motivos:

   
  • implantação de indústrias nas cidades brasileiras, que atraiu muitas pessoas da zona rural para a urbana em busca de trabalho e melhores condições de vida, provocando assim o êxodo rural brasileiro.
  • implantação de máquinas nas atividades do meio agrário, que substituíram a mão de obra assalariada, que sem trabalho migrou para as grandes cidades.
  • concentração de terras na mãos de poucos proprietários, que tinham como comprar as máquinas e produtos agrícolas.
  • migração dos pequenos proprietários de terras para as cidades em busca de trabalho assalariado nas indústrias.
  • crescimento vegetativo da população brasileira, que cresceu muito nesse período.​​​​​​
  

Por que as demais estão incorretas?

  

Letra B: pela grande oferta de mão de obra nas cidades, os salários elevados e a não exigência de experiência ou qualificação profissional.

 

Podemos até considerar que existia uma grande oferta de mão de obra nas cidades, mas os salários não eram elevados conforme aponta essa alternativa.

  

Letra C: pelo surgimento de políticas públicas habitacionais com valores fixos mensais para a população de baixa renda vinda do campo.

 

Políticas públicas habitacionais só começaram a ser pensadas a partir da década de 1990 e ganharam mais destaque nos governos do PT, com o programa “Minha casa, minha vida”.

  

Letra D: incentivo fiscal visando à transferência de mão de obra do meio rural para as cidades que passavam pelo processo de industrialização.

  

Incentivos fiscais são recursos, capitais e espaços físicos destinados pelos governos geralmente a empresas ou aos empresários para fomentar uma atividade produtiva em um dado espaço territorial. Quando falamos de transferência de mão de obra do meio rural para as cidades isso não ocorreu por incentivo do governo, mas pelas condições criadas pela economia como a oferta de empregos gerada pelas indústrias ou o comércio.

505) Há uma ferrovia implementada pelo governo brasileiro após a assinatura do Tratado de Petrópolis (1903), cuja execução foi prevista no Decreto nº 5.161 de 10 de março de 1904. A respeito da ferrovia, assinale a alternativa correta.

  • A) Ferrovia Norte-Sul

  • B) Ferrovia Norte Brasil

  • C) Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

  • D) Ferrovia Transcontinental

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A alternativa correta é letra C) Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Essa ferrovia foi implementada pelo governo brasileiro após a assinatura do Tratado de Petrópolis em 1903, que estabeleceu a fronteira entre o Brasil e a Bolívia. O Decreto nº 5.161 de 10 de março de 1904 previu a execução da ferrovia, que ligaria Porto Velho, no estado de Rondônia, à cidade de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia, passando pelo rio Madeira e pelo rio Mamoré.

506) Em 1906, os governos de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro se reuniram e se comprometeram a comprar e armazenar todas as sacas de café excedentes, mediante empréstimos obtidos no exterior, garantindo aos produtores seus lucros. Este pacto foi firmado no seguinte documento:

  • A) Política dos governadores.

  • B) Comissão de verificação de poderes.

  • C) Política do café com leite.

  • D) Convênio de Taubaté.

  • E) Pacto dos coronéis.

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A alternativa correta é letra D) Convênio de Taubaté.

O Convênio de Taubaté foi um acordo firmado em 1906 entre os governos de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, que se comprometeram a comprar e armazenar todas as sacas de café excedentes, mediante empréstimos obtidos no exterior, garantindo aos produtores seus lucros. Este pacto foi uma medida para estabilizar o preço do café e proteger os interesses dos produtores.

507) Para salvar a economia brasileira, o governo suspendeu o pagamento da dívida externa, impôs severas restrições às importações, implantou rígido controle de câmbio e desvalorizou a moeda (mil-réis). Essas medidas procuravam remediar a situação dos exportadores de café, ao mesmo tempo que criaram um momento favorável ao crescimento da produção industrial.

  • A) A ampliação da oferta de trabalho nas cidades  compensou a redução das oportunidades de emprego no campo.

  • B) A crise determinou o fim do liberalismo econômico com o aumento da intervenção do Estado na economia.

  • C) O aumento da intervenção do Estado na economia possibilitou o fortalecimento das idéias democráticas.

  • D) O colapso favoreceu a expansão da atividade industrial ao mesmo tempo em ocasionou a queda da produção agrícola.

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Resposta

A alternativa correta é letra B) A crise determinou o fim do liberalismo econômico com o aumento da intervenção do Estado na economia.

Explicação

A crise de 1929 teve como principal consequência econômica para o Brasil e o mundo o fim do liberalismo econômico e o aumento da intervenção do Estado na economia. Isso porque, diante da crise, os governos foram obrigados a intervir mais na economia para salvaguardar a estabilidade financeira e promover o crescimento econômico.

No Brasil, como mencionado na questão, o governo suspendeu o pagamento da dívida externa, impôs restrições às importações, implantou controle de câmbio e desvalorizou a moeda, medidas que visavam remediar a situação dos exportadores de café e criar um momento favorável ao crescimento da produção industrial.

Essas medidas representaram um aumento da intervenção do Estado na economia, o que marcou o fim do liberalismo econômico, que preconizava a não intervenção do Estado na economia.

508) As afirmativas a seguir tratam da crise de 1929 e das conseqüências da mesma na economia brasileira e no restante do mundo. Classifique-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).

  • A) F, V, V, V.

  • B) V, F, V ,F.

  • C) V, F, F, V.

  • D) F, V, V, F.

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A alternativa correta é letra A) F, V, V, V.

Vamos analisar cada afirmativa para classificá-las como verdadeiras (V) ou falsas (F).

 

I. A crise não abalou a economia mundial, pois ela ficou localizada apenas nos EUA.

FALSO. A crise de 1929, também conhecida como a Grande Depressão, afetou a economia global, não apenas a dos Estados Unidos. As bolsas de valores ao redor do mundo entraram em colapso, uma série de bancos faliram, o desemprego aumentou drasticamente e houve uma queda acentuada na produção industrial. Portanto, a crise não ficou restrita apenas aos EUA, mas se espalhou para o resto do mundo.

 

VERDADEIRO. A crise de 1929 fez com que os EUA diminuíssem suas importações drasticamente. Isso afetou a economia global, pois muitos países dependiam das exportações para os EUA. Com a diminuição das importações americanas, esses países também sofreram com a queda nas exportações, o que contribuiu para o alastramento da crise econômica pelo mundo.

 

VERDADEIRO. A crise de 1929 teve um impacto significativo no Brasil, especialmente no setor primário exportador. A economia brasileira era altamente dependente da exportação de commodities, especialmente o café. Com a queda nas exportações mundiais, o Brasil sofreu uma queda acentuada na demanda por suas commodities, o que afetou negativamente a economia brasileira.

 

VERDADEIRO. Durante a crise de 1929, os EUA recolheram seus investimentos no exterior para tentar estabilizar sua própria economia. Isso resultou em uma grande retirada de capital de outros países, o que abalou ainda mais as economias ao redor do mundo.

 

Portanto, a sequência correta de classificação das afirmativas é F, V, V, V. Logo, a alternativa correta é a LETRA A.

509) A principal conseqüência da Crise de 1929 para o Brasil foi

  • A) a diminuição significativa do consumo do café.

  • B) a queda abrupta das exportações de café.

  • C) o aumento exagerado do consumo de café.

  • D) o crescimento vertiginoso das exportações de café.

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A alternativa correta é letra B) a queda abrupta das exportações de café.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a principal consequência da Crise de 1929 para o Brasil.

   

A) a diminuição significativa do consumo do café.

INCORRETO. A Crise de 1929 afetou principalmente a economia brasileira no que tange às exportações, não necessariamente ao consumo interno de café. Embora seja possível que o consumo doméstico tenha sofrido alguma alteração, não foi este o impacto mais significativo da crise no Brasil. Alternativa errada.

   

B) a queda abrupta das exportações de café.

CORRETO. A Crise de 1929 teve um impacto significativo nas exportações brasileiras, principalmente no café, que era o principal produto de exportação do país na época. Com a crise, os países compradores reduziram drasticamente suas importações, o que resultou em uma queda abrupta das exportações de café do Brasil. Esta foi a principal consequência da crise para o Brasil e marcou o fim do ciclo do café como principal motor da economia brasileira.

   

C) o aumento exagerado do consumo de café.

INCORRETO. Não há evidências históricas que apontem para um aumento exagerado do consumo de café no Brasil como consequência da Crise de 1929. Na verdade, o impacto mais significativo da crise foi no setor de exportações, não no consumo interno. Alternativa errada.

   

D) o crescimento vertiginoso das exportações de café.

INCORRETO. Esta alternativa está totalmente errada. Como mencionado anteriormente, a Crise de 1929 resultou em uma queda abrupta das exportações de café do Brasil, não em um crescimento. Alternativa errada.

   

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

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510) As afirmativas a seguir relacionam-se com a crise de 1929 e os seus reflexos na economia brasileira.

  • A) I e II, apenas.

  • B) I e III, apenas.

  • C) II e III, apenas.

  • D) I, II e III.

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A alternativa correta é letra A) I e II, apenas.

Vamos analisar cada afirmativa:

 

I. A economia cafeeira ficou fortemente abalada, pois era baseada, principalmente, na produção para a exportação.

CORRETO. A crise de 1929, que teve início nos Estados Unidos, resultou em uma grave recessão econômica mundial. Nesse contexto, a economia brasileira, que era fortemente baseada na exportação de café, sofreu um impacto significativo. A demanda por café caiu drasticamente, uma vez que os países importadores estavam lidando com problemas econômicos internos. Isso resultou em uma queda nos preços e, consequentemente, em uma crise na economia cafeeira brasileira.

 

II. A diminuição de importações dos EUA e de alguns países europeus abalou o setor de exportações de produtos nacionais.

CORRETO. A crise de 1929 afetou a economia global, levando a uma diminuição significativa do comércio internacional. Os Estados Unidos e vários países europeus, que eram os principais parceiros comerciais do Brasil, reduziram drasticamente suas importações. Essa diminuição da demanda externa teve um impacto direto no setor de exportações brasileiro, que viu uma queda significativa na venda de seus produtos.

 

III. O setor industrial foi o mais prejudicado, pois, assim como nos demais países de economia capitalistas, reduziram suas importações.

INCORRETO. A crise de 1929, paradoxalmente, acabou por impulsionar a industrialização no Brasil. Com a queda nas exportações, o país teve que buscar alternativas para manter sua economia ativa. Assim, o governo brasileiro passou a incentivar a produção interna, através de políticas de substituição de importações. Isso resultou em um crescimento significativo do setor industrial brasileiro, que passou a produzir bens que antes eram importados. Portanto, ao contrário do que a afirmativa sugere, o setor industrial não foi o mais prejudicado pela crise, mas sim beneficiado por ela a longo prazo.

 

Portanto, as afirmativas I e II estão corretas e a afirmativa III está incorreta. A alternativa correta é a LETRA A.

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