Logo do Site - Banco de Questões

Questões Sobre Primeira República - História - concurso

Continua após a publicidade..

551)   Texto associado

  • A) O sistema eleitoral da República Velha manteve o caráter do voto censitário tal qual existia no sistema imperial.
  • B) O voto “de cabresto”, atrelado ao interesse político do patrão, do fazendeiro, do dono da terra, era uma prática generalizada na República Velha, mas foi rompida com a Revolução de 1930.
  • C) As deformações do processo eleitoral da República Velha passavam, entre outras causas, pela relativa tensão entre uma sociedade desigual e iletrada, particularmente nos setores subalternos da sociedade, e uma legislação eleitoral relativamente moderna.
  • D) A figura do “coronel”, chefe de grande base militar e dono de curral eleitoral, não era compatível com a cultura iluminista que presidia a modernização eleitoral da época.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) As deformações do processo eleitoral da República Velha passavam, entre outras causas, pela relativa tensão entre uma sociedade desigual e iletrada, particularmente nos setores subalternos da sociedade, e uma legislação eleitoral relativamente moderna.

Gabarito: Letra C

 

As deformações do processo eleitoral da República Velha passavam, entre outras causas, pela relativa tensão entre uma sociedade desigual e iletrada, particularmente nos setores subalternos da sociedade, e uma legislação eleitoral relativamente moderna.  

A legislação da Primeira República estabeleceu um regime presidencialista, com divisão de poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário e o Estado passou a ser federalista com as antigas províncias do Império se transformando em estados-membros, com autonomia para eleger governador e seus deputados estaduais. O voto deixou de ser censitário e passou a ser aberto, sendo garantido aos brasileiros maiores de 21 anos, com exceção dos analfabetos, mendigos, soldados, religiosos sujeitos à obediência eclesiástica e das mulheres.

Apesar de mais moderna em relação aos parâmetros anteriores, a legislação eleitoral da Primeira República estabeleceu-se numa sociedade predominantemente rural, analfabeta, na qual apenas 15 a 20% da população era alfabetizada, e extremamente desigual, onde diversos segmentos sociais foram excluídos da vida política do país.

Além disso, a minoria que detinha o direito de participar do processo eleitoral teve de enfrentar o voto aberto, que permitia aos chefes políticos locais conhecer o voto dos eleitores e pressioná-los de acordo com os seus interesses.

Nessa sociedade desigual e iletrada, as modificações eleitorais acabaram servindo ao interesses das elites, que acabaram por deformar o processo eleitoral através de suas práticas clientelistas e fraudulentas, enquanto a maioria da população manteve-se distante das decisões atinentes a vida política do país.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: O sistema eleitoral da República Velha manteve o caráter do voto censitário tal qual existia no sistema imperial.  

O sistema eleitoral da Primeira República não manteve o caráter do voto censitário, vigente durante o período imperial. A exigência de renda mínima para votar e ser votado, que existia na Constituição Imperial, foi suprimida da primeira Constituição republicana (de 1891).

 

Letra B: O voto “de cabresto”, atrelado ao interesse político do patrão, do fazendeiro, do dono da terra, era uma prática generalizada na República Velha, mas foi rompida com a Revolução de 1930.  

O voto “de cabresto” não era uma prática generalizada durante a Primeira República, visto que ocorria principalmente nas áreas rurais, que predominavam durante o período da Primeira República, sendo menos presente nos grandes centros urbanos, onde a força do coronelismo se dissolvia dentro de outras estruturas de poder como o partido político, a administração do governo estadual, etc. Com a Revolução de 1930 a prática foi interrompida, visto que o governo provisório (1930-1934) colocou interventores para chefiar os governos estaduais, e nos governos posteriores o voto deixou de ser aberto, mas fraudes eleitorais e compra de votos continua sendo uma prática constante na política brasileira até os dias atuais, apesar de ilegais.

 

Letra D: A figura do “coronel”, chefe de grande base militar e dono de curral eleitoral, não era compatível com a cultura iluminista que presidia a modernização eleitoral da época.

 

O coronel da Primeira República não era um chefe de grande base militar. O termo coronel teve origem na criação da Guarda Nacional, em 1831, momento em que postos de comando na Guarda Nacional passaram a ser oferecidos aos fazendeiros que recebiam o título de coronel. Título esse que passou a ser atribuído aos grandes proprietários de terras da Primeira República, mesmo depois da extinção da Guarda Nacional, em 1918. Além disso, a figura do coronel esteve bastante presente no sistema político da Primeira República, não havendo essa incompatibilidade com a cultura da época.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

552) A política de governadores, na República Velha brasileira, funcionava por meio de vários mecanismos institucionais e costumes políticos diversos.

  • A) a Comissão de Verificação do Congresso Federal, que tinha o poder de reconhecer ou vetar a eleição de senadores, deputados, presidente e vice-presidente, de forma a referendar apenas os mandatos dos políticos pertencentes às oligarquias dos estados.
  • B) a resistência natural dos oligarcas estaduais a apoiar presidentes a que não tinham simpatia.
  • C) a reação, por parte do poder central, ao sistema das “máquinas eleitorais” montadas pelos governadores.
  • D) o domínio da política nos estados pelos grandes partidos nacionais.

FAZER COMENTÁRIO

ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Gabarito: Anulada

 

A questão foi anulada pela banca por conter duas possibilidades de resposta:

 

b) a resistência natural dos oligarcas estaduais a apoiar presidentes a que não tinham simpatia.

 

A política dos governadores superava a crise política dos primeiros governos da República (governos militares) ao estabelecer um sistema de alianças entre o governo federal e os governos estaduais, no qual em troca de apoio dos governos estaduais à presidência e especialmente a seus candidatos aos cargos políticos, o governo federal se comprometia a apoiar as oligarquias dominantes em cada Estado, evitando intervir em assuntos particulares a esses estados e concedendo verbas, empregos e favores aos seus aliados, numa rede de clientelismo que se repetia também a nível municipal. Assim, a política dos governadores utilizava-se da resistência natural das oligarquias para criar vínculos de simpatia através da concessão de favores, agregando conforme o interesse dos grupos dominantes.

c) a reação, por parte do poder central, ao sistema das “máquinas eleitorais” montadas pelos governadores.  

A política dos governadores ou política dos estados foi ainda um mecanismo que visava controlar a máquina eleitoral presente nos estados e municípios, bem como minimizar a influência das oposições. Funcionou como uma reação do poder central que a partir dela conseguiu dominar a cena política federal ao oferecer a possibilidade de permanência no poder às oligarquias dominantes em cada estado.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Apenas duas alternativas estão incorretas.

 

Letra A: a Comissão de Verificação do Congresso Federal, que tinha o poder de reconhecer ou vetar a eleição de senadores, deputados, presidente e vice-presidente, de forma a referendar apenas os mandatos dos políticos pertencentes às oligarquias dos estados.  

A Comissão de Verificação do Congresso Federal tinha o poder de reconhecer ou vetar a eleição de senadores e deputados, mas não de presidente e vice-presidente como afirma a alternativa.

 

Letra D: o domínio da política nos estados pelos grandes partidos nacionais.

 

Durante a Primeira República os partidos políticos era estaduais e não nacionais como afirma a alternativa. Na ausência de partidos nacionais, as relações políticas estabeleciam-se entre as bancadas dos partidos estaduais.

 

Referências:

 

CAMPOS, Flavio de. A escrita da história: ensino médio: volume único. 1ª ed. São Paulo: Escala Educacional, 2005.

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

553) O período compreendido entre 1889 e 1930 foi denominado, por parte da literatura especializada, de “República dos Coronéis”.

  • A) ao controle das votações por parte dos chefes locais.
  • B) ao predomínio dos militares dessa patente no período.
  • C) à ampla mobilização popular liderada por militares.
  • D) ao grande peso ponderado do eleitorado de origem militar.
  • E) ao fato de que os dois primeiros presidentes do período eram militares.

FAZER COMENTÁRIO
$@$v=v1.20-rv2$@$

A resposta correta é a letra A) ao controle das votações por parte dos chefes locais.

A denominação "República dos Coronéis" se deve ao fato de que, durante o período da Primeira República (1889-1930), os chefes locais, conhecidos como "coronéis", exerciam grande influência política e controle sobre as votações em seus respectivos municípios. Eles eram responsáveis por organizar as eleições, contar os votos e declarar os vencedores, o que lhes permitia manipular os resultados e garantir a eleição de candidatos que lhes eram favoráveis.

554) Coronéis e oligarcas foram personagens marcantes da política brasileira durante a Primeira República (1889-1930). Para muitos, essa forma autoritária de agir politicamente ainda se faz presente hoje, com nova roupagem.

  • A) Dentre os principais oligarcas estavam os generais do exército. Em função disso, atribuíam o título de coronel aos civis de sua confiança em cada um dos Estados do país.
  • B) Coronéis e oligarcas centralizavam o poder, intimidavam seus adversários e controlavam os processos eleitorais da época.
  • C) Muitos coronéis eram grandes latifundiários e economicamente poderosos. Dominavam a política e construíam teias de relações sociais com seus apadrinhados, usando muitas vezes da violência para atingir seus objetivos.
  • D) O Brasil era um país predominantemente agrícola e exportador de produtos primários. Para alguns autores há uma grande ligação entre essa estrutura econômica e as formas autoritárias de poder vigentes na época.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Dentre os principais oligarcas estavam os generais do exército. Em função disso, atribuíam o título de coronel aos civis de sua confiança em cada um dos Estados do país.

Gabarito: Letra A

 

Dentre os principais oligarcas estavam os generais do exército. Em função disso, atribuíam o título de coronel aos civis de sua confiança em cada um dos Estados do país.

 

ATENÇÃO! A questão quer saber qual das alternativas é a incorreta.

 

Os generais do exército não estavam entre os principais oligarcas. Representantes do exército brasileiro estiveram à frente do poder no início da Primeira República, durante a chamada República da Espada (1889-1894), que antecedeu a “República Oligárquica” ou “República do Café com Leite” (1894-1930). Esta última foi marcada pelo domínio das oligarquias agrárias, em sua maioria cafeicultores.

Além disso, o título de coronel era atribuído a fazendeiros que, durante o período regencial, recebiam postos de comando na Guarda Nacional, e que passou a ser atribuído, durante a Primeira República, aos grandes proprietários de terra, independentemente da Guarda Nacional, já que esta foi extinta em 1918.

 

As demais estão corretas, pois:

 

Letra B: Coronéis e oligarcas centralizavam o poder, intimidavam seus adversários e controlavam os processos eleitorais da época.

 

Durante a Primeira República, coronéis e oligarcas dominavam a cena política, exercendo domínio a nível, respectivamente, regional e estadual/federal. Assim, centralizavam o poder, intimidavam seus adversários e controlavam os processos eleitorais da época.


Letra C: Muitos coronéis eram grandes latifundiários e economicamente poderosos. Dominavam a política e construíam teias de relações sociais com seus apadrinhados, usando muitas vezes da violência para atingir seus objetivos.

 

Os coronéis eram os grandes fazendeiros da época, que dominavam a política regional seja através da violência seja através da formação de uma rede clientelista baseada na dependência e na troca de favores.


Letra D: O Brasil era um país predominantemente agrícola e exportador de produtos primários. Para alguns autores há uma grande ligação entre essa estrutura econômica e as formas autoritárias de poder vigentes na época.

 

Durante a Primeira República, o Brasil era um país agroexportador de matérias-primas e gêneros tropicais. Os grandes produtores, especialmente os de café, principal produto brasileiro de exportação, com grande poder econômico, dominavam também a política da época.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

555) A Primeira República no Brasil ocorreu no período de 1889 e 1930.

  • A) Apenas a afirmação V está correta.
  • B) Apenas I, III e IV estão corretas.
  • C) Apenas II e IV estão corretas.
  • D) Todas as afirmações estão corretas.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Apenas I, III e IV estão corretas.

 

GabaritoLetra B

 

I Economicamente, o período foi caracterizado pela expansão da produção de café que liderou as exportações brasileiras. 

 

O café representou, em média, mais de 50% do valor das exportações brasileiras durante quase todo o período correspondente à Primeira República. Sem concorrentes de peso no mercado internacional, o Brasil chegou a abastecer dois terços do mercado mundial de café.


II Ocorreram profundas mudanças no sistema eleitoral, com a instituição do voto distrital e da votação secreta. 

 

Durante a Primeira República, o voto era aberto e não secreto. O voto secreto só seria instituído no Brasil com a Constituição de 1934.


III Ocorreu a semana da arte moderna (1922), propondo rupturas nas concepções artísticas nacionais, destacando-se as figuras de Mário de Andrade, Di Cavalcanti, Villa-Lobos e Tarsila do Amaral. 

 

O movimento modernista teve como marco inicial a Semana de Arte Moderna, realizada na cidade de São Paulo entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922. Tendo como palco o Teatro Municipal de São Paulo, a Semana contou com recitais de poesia, exposições de pintura e escultura, festivais de música e conferências dobre arte.

 

Os nomes que mais se destacaram foram os dos escritores Mário de Andrade, Menotti del Picchia, Ronald de Carvalho e Oswaldo de Andrade; dos músicos Heitor Villa-Lobos e Ernani Braga; e dos artistas plásticos Emiliano Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Victor Brecheret.

 

Um dos principais objetivos do movimento modernista era reagir criticamente contra os padrões considerados arcaicos de nossa arte (pintura, escultura, literatura) e a invasão cultural estrangeira, que despersonalizava a expressão artística no Brasil.

 
IV O voto de cabresto evidenciava a influência política dos coronéis em suas regiões (coronelismo).

 

Durante a Primeira República, o voto era aberto, ou seja, os eleitores eram obrigados a revelar publicamente em que candidato votavam, o que permitia aos grandes fazendeiros, chefes políticos locais chamados de “coronéis”, pressioná-los na hora da votação e controlar suas escolhas, por vezes até mesmo pelo uso de capangas para ameaça-los.

 

Na prática, as eleições eram caracterizadas pela fraude. Como não havia Justiça Eleitoral, o próprio coronel organizava a eleição no município e redigia a ata da sessão eleitoral. Por vezes, o coronel reunia as pessoas em um determinado lugar para receber as cédulas eleitorais já preenchidas. Esse local era chamado de “curral eleitoral”. Como o voto era controlado, surgiu a expressão “voto de cabresto”.

 

Os eleitores sujeitos às pressões dos coronéis votavam por variados motivos: obediência, lealdade ou gratidão ao coronel, e também em busca de algum favor, como dinheiro, animais, serviços médicos e roupas.


V Criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.

 

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) não foi fundada durante a Primeira República e sim durante o Estado Novo, em abril de 1941, na cidade de Volta Redonda (RJ). Era uma companhia estratégica para a industrialização do Brasil nessa época.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

As demais alternativas trazem como correto itens incorretos.

 

Letra A: Aponta como correto um item incorreto: item V.

 

Letra C: Aponta como correto um item incorreto: item II.

 

Letra D: Aponta como correto um item incorreto: itens II e V.

 

Resposta baseada nas fontes:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

556) A prática do “coronelismo” pode ser considerada uma marca profunda na vida política brasileira, principalmente no meio rural, e foi intensa nas primeiras décadas após a Proclamação da República. São estratégias relacionadas ao coronelismo, no período em questão:

  • A) o voto secreto, o clientelismo e a prática da corrupção em todos os níveis da sociedade.

  • B) a troca de favores, o apadrinhamento e a ampla distribuição de riquezas aos pobres.

  • C) a fraude eleitoral, o apoio incondicional ao banditismo social e aos líderes messiânicos.

  • D) o voto de cabresto, o abuso de poder e a articulação de redes de influência.

  • E) a experiência militar, o pagamento de altos salários aos subordinados e as disputas entre famílias.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) o voto de cabresto, o abuso de poder e a articulação de redes de influência.

Gabarito: Letra D

 

O voto de cabresto, o abuso de poder e a articulação de redes de influência.

 

A Primeira República foi marcada pelo predomínio de coronéis que dominavam a política regional, influenciando os resultados das eleições em todos os níveis. Assim, centralizavam o poder, intimidavam seus adversários e controlavam os processos eleitorais da época.

Os coronéis eram grandes fazendeiros, que dominavam a política através da violência e da formação de uma rede clientelista baseada na dependência e na troca de favores. Suas práticas de mando e dominação eram chamadas de coronelismo.

Dentro do universo de fraudes eleitorais usadas, o voto de cabresto, ou seja, realizado sob pressão e de acordo com a vontade do coronel sobre o eleitor, era uma das estratégias utilizadas pelos coronéis para influenciar o processo eleitoral e garantir a vitória nas eleições de sua região.

 

Dessa forma, podemos afirmar que o voto de cabresto, o abuso de poder e a articulação de redes de influência, estavam entre as estratégias utilizadas pelo coronelismo para garantir a vitória de seus indicados nas eleições.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: o voto secreto, o clientelismo e a prática da corrupção em todos os níveis da sociedade.

 

O voto secreto não era uma prática durante a Primeira República. Nesse período o voto era aberto, o que favorecia as práticas de mando e dominação dos coronéis e sua influência nos resultados das eleições.

 

Letra B: a troca de favores, o apadrinhamento e a ampla distribuição de riquezas aos pobres.

 

Não havia uma ampla distribuição de riquezas aos pobres durante a Primeira República, era grande a desigualdade e a pobreza favorecia o domínio dos coronéis que se aproveitavam de favores sociais oferecidos para cobrar favores políticos àqueles que podiam votar.

 

Letra C: a fraude eleitoral, o apoio incondicional ao banditismo social e aos líderes messiânicos.

 

Não houve nenhum apoio incondicional ao banditismo social e aos líderes messiânicos, ambos foram combatidos pelo governo e pelas elites políticas e econômicas do país.

 

Letra E: a experiência militar, o pagamento de altos salários aos subordinados e as disputas entre famílias.

 

Experiência militar, pagamento de altos salários aos subordinados e disputas entre famílias, não são estratégias relacionadas diretamente ao coronelismo. Porém é importante frisar que os principais empregos e cargos estavam sujeitos à influência do coronel e que havia disputas pelo poder político entre famílias igualmente influentes.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

557) O primeiro Presidente do Brasil foi

  • A) Prudente de Moraes.
  • B) Floriano Peixoto.
  • C) Deodoro da Fonseca.
  • D) Jânio Quadros.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) Deodoro da Fonseca.

Gabarito: Letra C

 

Deodoro da Fonseca.

 

O marechal Deodoro da Fonseca liderou a proclamação da República em 15 de novembro de 1889 e chefiou o Governo Provisório (1889-1891) então formado, até que fosse promulgada a nova Constituição do país, em fevereiro de 1891, e fosse eleito pelo Congresso Nacional o primeiro presidente da República Brasileira, governando o país durante o ano de 1891. Devido à forte contestação ao seu governo, Deodoro renunciou à presidência em novembro de 1891.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: Prudente de Moraes.

 

Foi o terceiro presidente do Brasil, governou de 1894 a 1898.


Letra B: Floriano Peixoto.

 

Floriano Peixoto foi o segundo presidente da República Brasileira, governou de 1891 a 1894.


Letra D: Jânio Quadros.

 

Jânio Quadros é considerado o 25º presidente da República Brasileira, governou durante o ano de 1961.

 

Referências:


Biblioteca da Presidência. Disponível em: http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes Acesso em 07 de janeiro de 2022.

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

558) Em relação à Revolta da Vacina, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

  • A) Somente I está correta.

  • B) Somente II está correta.

  • C) Somente I e II estão corretas.

  • D) Somente III está correta.

  • E) Somente II e III estão corretas.

FAZER COMENTÁRIO
$@$v=undefined-rv2$@$

A resposta correta é a letra B) Somente II está correta.

A Revolta da Vacina ocorreu em 1904, no Rio de Janeiro, e foi uma reação popular contra a política de vacinação obrigatória contra a varíola, implementada pelo governo federal.

Afirmativa I está incorreta, pois a campanha de saúde pública liderada por Oswaldo Cruz foi bem-sucedida em controlar a varíola no Brasil.

Afirmativa II está correta, pois a Revolta da Vacina foi motivada, entre outros fatores, pela remodelação da capital da República, que implicou na desapropriação de imóveis e no deslocamento dos seus moradores para os morros e bairros periféricos.

Afirmativa III está incorreta, pois não há evidências de que a discriminação por parte dos órgãos de saúde pública tenha sido um fator relevante na Revolta da Vacina.

559) A história da Primeira República, ou República Velha, no Brasil, foi marcada por tensões políticas e econômicas relevantes para o entendimento da Revolução de 1930. A respeito desse período e de suas contradições, julgue (C ou E) o item a seguir.Nesse período, as oligarquias políticas dos estados, congregadas em partidos políticos, atuavam, na prática, em torno de bases, interesses e projetos locais e regionais.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: Certo

 

A Primeira República foi marcada, entre outras características, pela influência de grandes fazendeiros – muitos deles conhecidos como coronéis – no processo eleitoral e político.

 

O governo central dessa época era marcado pelo predomínio das oligarquias agrárias. Principalmente dos políticos dos estados de São Paulo (grande produtor de café da época) e Minas gerais (grande produtor de leite), integrantes da política “café com leite”, aliança que possibilitava a alternância na presidência da República entre a oligarquia paulista e a mineira.
 

Existia ainda a chamada Política dos Governadores, um sistema de alianças entre governadores de estado e o governo federal. Esse sistema de alianças se baseava na troca de favores. Os governadores de estado davam seu apoio ao governo federal, ajudando-o a eleger deputados federais e senadores favoráveis ao presidente, que, em retribuição, apoiava os governadores concedendo mais verbas para seus estados, além de empregos e favores para seus aliados e apadrinhados políticos.

 

A política dos governadores reproduzia, portanto, no plano federal, a rede de compromissos e o clientelismo que já ligavam os coronéis aos governadores dentro dos estados. Assim, por meio de tantas alianças e fraudes, as oligarquias agrárias estiveram no poder durante a maior parte da Primeira República.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

Continua após a publicidade..

560) A história da Primeira República, ou República Velha, no Brasil, foi marcada por tensões políticas e econômicas relevantes para o entendimento da Revolução de 1930. A respeito desse período e de suas contradições, julgue (C ou E) o item a seguir.Nessa quadra histórica do Brasil, adotou-se sistema eleitoral que, na prática, submetia-se ao controle dos chefes políticos locais, sobretudo no campo, o que ficou conhecido como voto de cabresto.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: Certo

 

A Primeira República seria marcada, entre outras características, pela influência de grandes fazendeiros locais – muitos deles conhecidos como coronéis – no processo eleitoral e político.

 

Durante esse período o voto era aberto, ou seja, os eleitores eram obrigados a revelar publicamente em que candidato votavam, o que permitia a esses grandes fazendeiros pressioná-los na hora da votação e controlar suas escolhas, por vezes até mesmo pelo uso de capangas para ameaça-los. Daí o termo coronelismo em referência às suas práticas de dominação e de mando.

 

Na prática, as eleições eram caracterizadas pela fraude. Como não havia Justiça Eleitoral, o próprio coronel organizava a eleição no município e redigia a ata da sessão eleitoral, registrando o que bem quisesse – de onde vem o nome “eleições a bico de pena”.

 

Era comum, por exemplo, o chamado “fósforo” votar no lugar de outra pessoa, às vezes já morta. Por vezes, o coronel reunia as pessoas em um determinado lugar para receber as cédulas eleitorais já preenchidas. Esse local era chamado de “curral eleitoral”. Como o voto era controlado, surgiu a expressão “voto de cabresto”.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

1 54 55 56 57 58 94