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Questões Sobre Primeira República - História - concurso

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601) Com base na historiografia brasileira, analise a charge a seguir e assinale a única alternativa correta.

  • A) A charge satiriza o sistema de votação que predominou em todo o período regencial brasileiro.

  • B) A charge é uma representação do sistema de votação que vigorou no Brasil Império.

  • C) A charge simboliza o sistema de voto que garantia o poder de força dos coronéis de patentes militares.

  • D) A charge é uma representação satírica do sistema de votação que predominou nos primeiros tempos da República no Brasil.

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A alternativa correta é letra D) A charge é uma representação satírica do sistema de votação que predominou nos primeiros tempos da República no Brasil.

Gabarito: Letra D

 

A charge é uma sátira das eleições durante a Primeira República.

 

Durante a Primeira República o voto era aberto, ou seja, os eleitores eram obrigados a revelar publicamente em que candidato votavam, o que permitia aos grandes fazendeiros, chefes políticos locais chamados de coronéis, pressioná-los na hora da votação e controlar suas escolhas, por vezes até mesmo pelo uso de capangas para ameaça-los.

 

Na prática, as eleições eram caracterizadas pela fraude. Como não havia Justiça Eleitoral, o próprio coronel organizava a eleição no município e redigia a ata da sessão eleitoral, registrando o que bem quisesse – de onde vem o nome “eleições a bico de pena

 

Era comum, por exemplo, o chamado “fósforo” votar no lugar de outra pessoa, às vezes já morta. Por vezes, o coronel reunia as pessoas em um determinado lugar para receber as cédulas eleitorais já preenchidas. Esse local era chamado de “curral eleitoral”. Como o voto era controlado, surgiu a expressão “voto de cabresto”.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: Durante o período imperial, do qual o período regencial faz parte, o voto era censitário, ou seja, votavam apenas indivíduos livres do sexo masculino que possuíam bens, logo, as pessoas escolhidas representavam o interesse dos grandes proprietários de terras e escravos.

 

Letra B: Durante o período imperial, o voto era censitário, ou seja, votavam apenas indivíduos livres do sexo masculino que possuíam bens, logo, as pessoas escolhidas representavam o interesse dos grandes proprietários de terras e escravos.

 

Letra C: Os “coronéis” da Primeira República não eram coronéis de patente militar. O termo “coronel” tem origem na criação da Guarda Nacional, em 1831. Sua atuação foi reduzida durante o Segundo Reinado, mas só foi extinta em 1918. Entretanto, as patentes permaneceram para designar o chefe político da região, cujo o prestígio era medido pelo número de votos que controlava. Além disso, não era o sistema de votos que garantia o poder dos coronéis, mas sim o poder dos coronéis que garantia o sistema de votos denominado “voto de cabresto”.

 

Resposta baseada nas fontes:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

602) Com a consolidação da República no Brasil, consolidou-se também o poder político-econômico dos estados de São Paulo e Minas Gerais, graças em parte à crescente autonomia dos estados em seu caráter federativo. O nome dado a esse período da República brasileira é:

  • A) Governo Provisório.

  • B) Jovem República.

  • C) República do Café com Leite.

  • D) República Federativa.

  • E) República Bipolar.

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A alternativa correta é letra C) República do Café com Leite.

Essa denominação se deve ao fato de que, durante a Primeira República, os estados de São Paulo e Minas Gerais exerceram grande influência política e econômica no país. São Paulo, maior produtor de café, e Minas Gerais, maior produtor de leite, se alternaram no poder, formando uma espécie de "política do café com leite".

Essa política foi caracterizada pela troca de apoio político entre os dois estados, que se revezavam na presidência da República e nos principais cargos do governo. Isso permitiu que esses estados mantivessem seu poder e influência em detrimento dos demais estados brasileiros.

603) Nos estados, entretanto, se instalavam as oligarquias, de cujo perigo já nos advertia Saint-Hilaire, e sob o disfarce do que se chamou “a política dos governadores”. Em círculos concêntricos esse sistema vem cumular no próprio poder central que é o sol do nosso sistema.

  • A)  poder militar, enquanto fiador da ordem econômica.

  • B)  presidencialismo, com o objetivo de limitar o poder dos coronéis.

  • C)  domínio de grupos regionais sobre a ordem federativa.

  • D)  intervenção nos estados, autorizada pelas normas constitucionais.

  • E)  isonomia do governo federal no tratamento das disputas locais.

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A alternativa correta é letra C)  domínio de grupos regionais sobre a ordem federativa.

Gabarito: Letra C
 
O pequeno trecho faz referência às três primeiras décadas da 1ª República (1889-1930) e destaca algumas características desse período como por exemplo, o regionalismo político e a política dos governadores ou política dos estados.
 
Antes do presidente Prudente de Morais (1894-1898), os estados enfrentaram com resistência o poder da União através de diversas revoltas como a Revolta da Armada e a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul.
 
O governo federal percebendo que precisava do apoio das oligarquias regionais para poder governar articulou mecanismos políticos para evitar novos conflitos entre União e estados. 
 
Assim, Campos Sales (1898-1902) arquitetou uma medida que ficou conhecida como política dos governadores.
 
Como funcionava?
 
Os chefes dos executivos estaduais (governadores) garantiriam, em seus estados, a eleição de deputados e senadores favoráveis ao governo federal. 
 
Em troca, o presidente não interviria nos estados, garantindo a autonomia das elites regionais.
 
Dentre os objetivos dessa política podemos citar:
 

  • Reduzir ao máximo as disputas políticas dentro de cada estado, apoiando as oligarquias mais fortes
  • Estabelecer aliança entre os estados e a União.
  • Pôr fim ao conflito entre Executivo e Legislativo

 
Na prática o que houve?
 

  • Fortalecimento dos grupos regionais
  • Acordo entre Minas e São Paulo para a escolha do presidente da República
  • Relação de dependência dos demais estados a oligarquias mais fortes


Por que as demais estão incorretas?
 
Letra A - Foi justamente o poder militar dos dois primeiros presidentes que levou a República nos primeiros anos a uma série de revoltas como a Revolta da Armada e a Revolução Federalista, portanto, era preciso devolver o executivo federal aos civis.


Letra B -  O poder dos coronéis continuava a ser essencial para a manutenção do governo federal. Os coronéis apoiavam candidatos a favor do governo federal e em troca recebiam recursos financeiros e cargos políticos regionais.


Letra D - Era justamente o que a política dos governadores pretendia acabar. A intenção era garantir apoio sem a necessidade de utilizar a força militar como fizeram os primeiros presidentes militares. intervenção nos estados, autorizada pelas normas constitucionais.


Letra E - Na verdade, o governo federal não tratava com igualdade as disputas locais. Procurava fazer aliança com as oligarquias mais fortes a fim de garantir a estabilidade do executivo federal para que este pudesse colocar seus projetos em ação.
 
Resposta baseada nas fontes:
 
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª Ed. São Paulo: Edusp, 1995.
 
VICENTINO, Cláudio et ali. Teláris. História, 9º ano. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2018.

604) Afirma o historiador José Murilo de Carvalho (na obra “Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi”) que a República nasceu “antidemocrática, antipopular e antioperária”. A respeito de tal afirmação, assinale a alternativa INCORRETA.

  • A) Antidemocrática porque os eleitores eram mantidos distantes de todo o processo eleitoral, as eleições eram disputadas pelas elites oligárquicas.

  • B) Antidemocrática porque todo o processo eleitoral era controlado por autoridades locais e os discordantes sofriam coerção e violência física.
  • C) Mulheres, analfabetos, estrangeiros, mendigos, praças e religiosos eram excluídos das eleições, portanto a República era antidemocrática.
  • D) Antioperária porque a primeira constituição, de 1891, obrigou o Estado a fornecer socorros públicos aos pobres, permitiu as greves, mas fechou os partidos políticos.
  • E) Antipopular porque a primeira constituição, de 1891, desobrigou o Estado de fornecer socorros públicos aos pobres e proibiu as greves e coligações operárias.

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A alternativa correta é letra D) Antioperária porque a primeira constituição, de 1891, obrigou o Estado a fornecer socorros públicos aos pobres, permitiu as greves, mas fechou os partidos políticos.

Gabarito Letra D

 

Antioperária porque a primeira constituição, de 1891, obrigou o Estado a fornecer socorros públicos aos pobres, permitiu as greves, mas fechou os partidos políticos.

 

Segundo José Murilo de Carvalho, a República nasceu antidemocrática, antipopular e antioperária. A primeira Constituição Republicana, a de 1891, retirou da Constituição Imperial, de 1824, um dispositivo que tornava obrigação do Estado a promoção de socorros públicos.

 

Além disso, os pobres foram excluídos do direito ao voto, não mais por questão censitária, mas pela exclusão dos analfabetos, que juntamente com mendigos, mulheres, menores de idade, soldados, cabos e membros de ordens religiosas estavam proibidos de votar. Ou seja, a grande maioria da população ficou excluída da sociedade política.

 

Ao mesmo tempo em que analfabetos eram impedidos de votar, não houve a preocupação em alfabetizar essa população, visto que, a Constituição de 1891 também retirou da anterior um dispositivo que determinava como obrigação do governo o oferecimento de instrução primária à população. Conforme aponta José Murilo de Carvalho “exigia-se para a cidadania política uma qualidade que só o direito social da educação poderia fornecer e, simultaneamente, desconhecia-se esse direito”.

 

Outra legislação que demonstrava a marca antioperária da Primeira República era o Código Criminal de 1890 que tentou proibir, em seus artigos 205 e 206, as greves e coligações operárias. Por pressão de alguns setores do operariado do Rio, que ameaçaram entrar em greve os artigos foram reformados.

 

Assim, o correto seria dizer que a Primeira República foi chamada de antioperária, por José Murilo de Carvalho, porque a primeira Constituição, de 1891, desobrigou o Estado de fornecer socorros públicos aos pobres, e o Código Penal de 1890, tentou impedir as greves operárias.

 

As demais estão corretas, pois:

  

Letra A: Antidemocrática porque os eleitores eram mantidos distantes de todo o processo eleitoral, as eleições eram disputadas pelas elites oligárquicas.

 

Como vimos, a República nasceu antidemocrática por excluir da sociedade política a maioria da população e não oferecer a essa população meios de adentrar a sociedade política através da transformação das condições que a impediam de votar, como, por exemplo, alfabetizar a população. Assim, todo o processo eleitoral acabava ficando nas mãos das elites oligárquicas e das autoridades locais.

                                                                                                       

Letra B: Antidemocrática porque todo o processo eleitoral era controlado por autoridades locais e os discordantes sofriam coerção e violência física.
 

Como vimos, a República nasceu antidemocrática por excluir da sociedade política a maioria da população e não oferecer a essa população meios de adentrar a sociedade política através da transformação das condições que a impediam de votar, como, por exemplo, alfabetizar a população. Assim, todo o processo eleitoral acabava ficando nas mãos das elites oligárquicas e das autoridades locais.

 

Letra C: Mulheres, analfabetos, estrangeiros, mendigos, praças e religiosos eram excluídos das eleições, portanto a República era antidemocrática.

 

Como vimos, os analfabetos, juntamente com mendigos, mulheres, menores de idade, soldados e cabos (os praças) e membros de ordens religiosas estavam proibidos de votar. Além deles, os estrangeiros não naturalizados também não podiam votar.

 

Letra E: Antipopular porque a primeira constituição, de 1891, desobrigou o Estado de fornecer socorros públicos aos pobres e proibiu as greves e coligações operárias.

 

Como vimos a Primeira República foi antipopular, porque a primeira Constituição, de 1891, desobrigou o Estado de fornecer socorros públicos aos pobres, e o Código Penal de 1890, tentou impedir as greves operárias.

 

Referência:

 

CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

605)

  • A) ignorância, por parte dos eleitores, dos rumos políticos do país, tornando esses eleitores adeptos de ideologias políticas nazifascistas.

  • B)  ausência de autonomia dos eleitores e sua fidelidade forçada a alguns políticos, as quais limitavam o direito de escolha e demonstravam a fragilidade das instituições republicanas.

  • C)  restrição provocada pelo voto censitário, que limitava o direito de participação política àqueles que possuíam um certo número de animais.

  • D)  facilidade de acesso à informação e propaganda política, permitindo, aos eleitores, a rápida identificação dos candidatos que defendiam a soberania nacional frente às ameaças estrangeiras.

  • E)  ampliação do direito de voto trazida pela República, que passou a incluir os analfabetos e facilitou sua manipulação por políticos inescrupulosos.

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A resposta correta é a letra B) ausência de autonomia dos eleitores e sua fidelidade forçada a alguns políticos, as quais limitavam o direito de escolha e demonstravam a fragilidade das instituições republicanas.

Essa charge satírica ilustra a prática eleitoral conhecida como "voto de cabresto", que era comum durante a Primeira República (1889-1930). Nessa época, os eleitores eram frequentemente coagidos ou manipulados por políticos locais ou coronéis, que exerciam grande influência sobre as comunidades rurais. Esses políticos controlavam o voto dos eleitores, limitando sua autonomia e liberdade de escolha. Isso fragilizava as instituições republicanas e comprometia a legitimidade do processo eleitoral.

606) Sobre a prática do coronelismo no Brasil, é correto afirmar:

  • A) é caracterizado como um patriarcalismo colonial, expressando-se sem uma necessária inserção nas esferas do poder público dos governos locais com características de uma sociedade industrial e democrática do século XX.
  • B) brechas jurídicas, como o voto em aberto durante a Primeira República, não podem ser consideradas como fator que possibilitava o fortalecimento político dos coronéis, pois este se dava exclusivamente por sua força econômica nos municípios em que atuavam.
  • C) foi uma prática política que funcionava estritamente nos municípios do interior, à medida que estes eram habitat de atuação política dos coronéis. Por sua limitação local, não era capaz de interferir em pleitos representativos estaduais ou regionais.
  • D) diante de um estado de decadência, o poder privado se aparelha do poder público para então conservar suas redes de atuação. A predominância dessa relação híbrida de poder é característica do regime republicano nas esferas de governos locais, sendo capazes também de projetarem representações políticas em esferas mais amplas como os pleitos estaduais.
  • E) não pode ser considerado como uma prática que restringia a cidadania, pois mesmo com o voto em aberto durante a Primeira República, a participação do eleitor em uma democracia representativa era garantido.

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Resposta Correta: D) diante de um estado de decadência, o poder privado se aparelha do poder público para então conservar suas redes de atuação.

A alternativa D é a correta porque o coronelismo foi uma prática política que caracterizou a Primeira República no Brasil, marcada pela aliança entre o poder privado e o poder público. Nesse contexto, os coronéis, que eram líderes políticos locais, se apoderavam do poder público para conservar suas redes de atuação e influência nos municípios.

Essa relação híbrida de poder permitia que os coronéis projetassem suas representações políticas em esferas mais amplas, como os pleitos estaduais, e não se limitavam apenas à esfera local. Além disso, o coronelismo foi uma prática que se desenvolveu em um contexto de decadência do Estado, o que permitiu que o poder privado se apoderasse do poder público.

607) “O período da história política brasileira que vai de 1889 a 1930 costuma ser designado pelos historiadores de diferentes modos: República Oligárquica, República do ‘Café-com-Leite’, República Velha ou Primeira República.

  • A) aos grandes proprietários de terras e ao voto secreto.
  • B) aos oficiais de carreira que exerciam cargos políticos e ao voto censitário.
  • C) à influência de oficiais do Exército na tomada de decisões políticas e ao voto censitário.
  • D) aos grandes proprietários de terras e ao voto aberto dado sob pressão.
  • E) aos grandes proprietários de terras e ao voto censitário.

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A alternativa correta é letra D) aos grandes proprietários de terras e ao voto aberto dado sob pressão.

Gabarito: ALTERNATIVA D

 

 

“O período da história política brasileira que vai de 1889 a 1930 costuma ser designado pelos historiadores de diferentes modos: República Oligárquica, República do ‘Café-com-Leite’, República Velha ou Primeira República. Neste período, em troca de ‘favores’, os coronéis exigiam que os eleitores votassem nos candidatos por eles indicados. Tal prática ficou conhecida como ‘voto de cabresto’”. (COTRIM, 2009, modificado)

 

  • As duas expressões grifadas (“coronéis” e “voto de cabresto”) referem-se, respectivamente,

Coronelismo. O termo "coronel" tem de ser entendido como a denominação atribuída às lideranças oligárquicas municipais características dos interiores brasileiros do século XIX e da primeira metade do século XX. Trata-se de um sistema oligárquico mantido fundamentalmente pelo processo de alienação e controle direto sobre seu reduto eleitoral, estabelecendo uma confusão imediata entre o Estado e a figura poderosa do oligarca. Em certo sentido, o coronel é capaz de sequestrar para a sua vontade o controle do Estado no âmbito local, criando uma relação de distribuição de benesses e de obediência pessoal diretamente com a população de seu alcance político. Por outro lado, a proeminência econômica lhe dá tal grau assimétrico de ascensão sobre o restante da população que esta lhe fica refém economicamente; além de haver um domínio sobre o uso da violência para manter a ordem e a conservação dos interesses da oligarquia naquele espaço. No contexto da República Velha (1889-1930) e da Política dos Governadores, esses líderes tinham o papel importante de controlar diretamente os eleitores, bem como de restringir o acesso dos candidatos às suas áreas de domínio. Em contrapartida, aqueles que eram eleitos para os cargos estaduais e federais tinham por dever a manutenção dessas estruturas locais de poder, fazendo afluir para lá os recursos necessários para a manutenção política dessas oligarquias menores. No entanto, o funcionamento do sistema poderia colocar em rota de colisão esses coronéis com as ascendentes classes urbanas, cujos interesses sobre as reformas administrativas enfraqueciam diretamente as relações de dependências que mantinham esse coronelismo.

 

Voto de cabresto. Sobre o sistema eleitoral da Primeira República, é mister que o estudante saiba que o voto não era secreto, mas sim aberto. Na prática, isso significava que o indivíduo era obrigado a declarar de público em quem votava na seção eleitoral. No interior, onde os coronéis tinham grande poder e influência, isso significava uma enorme pressão contra o eleitor, que tinha de declarar seu voto no candidato apoiado pelo coronelismo como forma de retribuir os tais favores e os laços de obediência aos coronéis. Era como se estivesse o eleitor preso por um cabresto, conduzido até a zona eleitoral e obrigado a depositar seu voto segundo ordens.

 

Assim, observemos as alternativas propostas.

 

a)  aos grandes proprietários de terras e ao voto secreto.
b)  aos oficiais de carreira que exerciam cargos políticos e ao voto censitário.
c)  à influência de oficiais do Exército na tomada de decisões políticas e ao voto censitário.
d)  aos grandes proprietários de terras e ao voto aberto dado sob pressão.
e) 
 aos grandes proprietários de terras e ao voto censitário.

 

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

608) Atente para as seguintes afirmações a respeito da Política do Café com Leite:

  • A) as duas proposições são falsas.
  • B) as duas proposições são verdadeiras.
  • C) apenas a proposição I é verdadeira.
  • D) apenas a proposição II é verdadeira.

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A alternativa correta é letra B) as duas proposições são verdadeiras.

A Política do Café com Leite foi um acordo político entre os estados de Minas Gerais e São Paulo, que dominaram a política brasileira durante a Primeira República (1889-1930). Este acordo consistia em uma alternância na presidência da república entre os dois estados, como afirma a proposição I.

No entanto, é importante ressaltar que a união entre Minas Gerais e São Paulo não foi isenta de divergências. Com o tempo, surgiram sérias discordâncias entre os dois estados, como afirma a proposição II. Portanto, ambas as proposições são verdadeiras.

609) O estabelecimento da República, a bem da verdade, o estabelecimento da Federação, permitiu que as diversas oligarquias ascendessem ao poder, no âmbito regional, assumindo o controle da máquina administrativa, em particular, da fiscalidade, construindo mecanismos para sua eternização no poder.

  • A) Coronelista.
  • B) Federalista.
  • C) Municipalista.
  • D) Imperialista.
  • E) Patrimonialista.

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A alternativa correta é letra A) Coronelista.

A afirmação do enunciado se refere ao sistema de mando conhecido como "coronelismo", que surgiu no Brasil durante o período da República Velha (1889-1930). Neste sistema, as oligarquias regionais, lideradas pelos coronéis, assumiram o controle da máquina administrativa, particularmente da fiscalidade, construindo mecanismos para sua eternização no poder.

O coronelismo foi um fenômeno político e social que se desenvolveu no Brasil durante o período da República Velha, quando as oligarquias regionais detinham o poder político e econômico nas regiões do país. Essas oligarquias eram lideradas por coronéis, que eram figuras poderosas e influentes na política local.

Os coronéis controlavam as máquinas políticas regionais e exerciam grande influência sobre a população local. Eles distribuíam patronagem, ofereciam proteção e concediam favores aos seus seguidores, que em troca lhes davam apoio político. O coronelismo era um sistema de mando baseado em relações pessoais e clientelistas, em que o poder era exercido de forma arbitrária e discrecional.

Portanto, a alternativa correta é letra A) Coronelista, pois o estabelecimento da República permitiu que as diversas oligarquias ascendessem ao poder, no âmbito regional, assumindo o controle da máquina administrativa, em particular, da fiscalidade, construindo mecanismos para sua eternização no poder.

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610) Durante a Primeira República (1889-1930), mais precisamente em 1906, foi firmado um acordo no qual os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais estabeleceram diretrizes, objetivando conservar a estabilidade dos preços do café no mercado internacional, graças à compra do café excedente dos latifundiários realizada pelo governo. Esse acordo, que denota o poder político e econômico dos cafeicultores paulistas durante a primeira experiência republicana brasileira, ficou conhecido como:

  • A) Convênio de Itararé
  • B) República do Café com Leite
  • C) Política dos Governadores
  • D) Funding Loan
  • E) Convênio de Taubaté

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A alternativa correta é letra E) Convênio de Taubaté

O Convênio de Taubaté foi um acordo firmado em 1906 entre os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com o objetivo de estabilizar os preços do café no mercado internacional. O governo comprou o café excedente dos latifundiários, garantindo a estabilidade dos preços e beneficiando os cafeicultores paulistas. Esse acordo demonstra o poder político e econômico dos cafeicultores paulistas durante a Primeira República.

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