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Questões Sobre Primeira República - História - concurso

611) No período de consolidação da República no Brasil, diversos aspectos sociais, políticos e econômicos estruturaram as bases da política republicana. Sobre a Primeira República, analise as afirmativas abaixo.

  • A) 1, apenas.
  • B) 2 e 3, apenas.
  • C) 2, apenas.
  • D) 1, 2 e 3.
  • E) 1 e 3, apenas.

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A alternativa correta é letra D) 1, 2 e 3.

 

GabaritoLetra D

 

1) Nesse período, o voto era aberto (não secreto) e facultativo (não obrigatório)

 

Durante a Primeira República, o voto era aberto, ou seja, os eleitores eram obrigados a revelar publicamente em que candidato votavam. Além disso, era também facultativo, pois para se tornarem eleitores os cidadãos maiores de 21 anos deviam se alistar.


2) Apesar de haver uma abertura maior no direito ao voto, boa parte da sociedade estava excluída do sistema eleitoral, a exemplo das mulheres, dos analfabetos, dos mendigos, dos padres e dos soldados. 

 

A Constituição de 1891 estabeleceu eleições diretas para todos os cargos dos poderes Legislativo e Executivo. A exigência de renda mínima para votar e ser votado, presente na Constituição Imperial, foi suprimida. Mas os mendigos, os analfabetos, os homens menores de 21 anos, os soldados, os religiosos e as mulheres, que representavam a maioria da população, estavam excluídos do direito de votar.


3) Uma prática comum nesse período é a influência do poder político local exercido geralmente por grandes fazendeiros. Essa prática ficou conhecida como coronelismo. 

 

Nos primeiros anos da República, a política regional foi dominada – em várias partes do país – por grandes proprietários rurais, que se tornaram verdadeiros chefes ou líderes políticos das cidades ou regiões onde estavam estabelecidos. Como eram chamados comumente de “coronéis”, suas práticas de mando e dominação ficaram conhecidas como coronelismo.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

As demais alternativas estão incompletas, pois todas as afirmativas são corretas.

 

Letra A: Faltam os itens 2 e 3.

 

Letra B: Falta o item 1.

 

Letra C: Faltam os itens 1 e 3.

 

Letra E: Falta o item 2.

 

Resposta baseada nas fontes:

 

BRASIL. Constituição (1891). Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, 1891. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao91.htm Acesso em 19 de abr. de 2020.

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

612) As analogias entre o fenômeno do caudilhismo latino-americano no século XIX e o coronelismo brasileiro durante a Primeira República (1889-1930) são recorrentes na literatura histórica especializada.

  • A) Defesa do liberalismo político.

  • B) Predominância em grandes centros urbanos.

  • C) Controle do eleitorado local pelo líder político.

  • D) Reforço das instâncias formais de representação política.

  • E) Recurso à violência como instrumento prioritário de cooptação.

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A alternativa correta é letra C) Controle do eleitorado local pelo líder político.

Gabarito: Letra C

 

Controle do eleitorado local pelo líder político.

 

Caudilhismo é a expressão usada para designar os governos latino-americanos, de caráter autoritário, instalados no período do pós-independência e liderados por chefes políticos chamados de caudilhos. Como lideranças populares, os caudilhos assumiram o poder pelo voto ou pela força baseados em ideais liberais, mas na prática governaram de forma autoritária.

Já coronelismo se refere a influência de grandes fazendeiros, chamados de coronéis, na política regional brasileira durante o período da Primeira República.

Mesmo distanciados pelo tempo, pois o caudilhismo surgiu no contexto dos processos de independência das nações latino-americanas do século XIX, enquanto que o coronelismo é um fenômeno da República brasileira do início do século XX, tanto caudilhos quanto coronéis exerceram grande controle sobre a política regional e nacional em que estavam inseridos.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: Defesa do liberalismo político.

Nem todos os caudilhos defendiam as tendências liberais. O pensamento político do caudilhismo variava entre tendências mais autoritárias e repressoras ou liberais e progressistas.

 

Letra B: Predominância em grandes centros urbanos.

O caudilhismo e o coronelismo predominaram nas regiões rurais e não nos centros urbanos

 

Letra D: Reforço das instâncias formais de representação política.

O caudilhismo e o coronelismo reforçavam instâncias informais de representação política, fazendo funcionar uma grande rede clientelista.

 

Letra E: Recurso à violência como instrumento prioritário de cooptação.

Apesar da violência ser um dos recursos utilizados não era o instrumento prioritário de cooptação. O caudilhismo e o coronelismo utilizavam um série de recursos. Se fossemos classificar o principal recurso utilizado como instrumento de cooptação por coronéis e caudilhos, seria mais correto citar o poder econômico e a rede clientelista.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 2. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

613) Durante a presidência do paulista Washington Luis (1926-1930), o Brasil atravessava grave crise política e econômica. A produção de café alcançara 28 milhões de sacas anuais, enquanto a exportação continuou em 14,5 milhões de sacas. O choque final veio com a crise de 1929, que paralisou o comércio mundial e afetou dramaticamente a cafeicultura brasileira nos anos seguintes.

  • A) a quebra do acordo da política Café com Leite que levou à formação da Aliança Liberal e a uma revolução no país.

  • B) o suicídio de Getúlio Vargas, pressionado pelos cafeicultores e pelos militares que lhe davam apoio.

  • C) a Revolução Constitucionalista de São Paulo, financiada pelo capital dos cafeicultores descontentes.

  • D) a revogação da Constituição da República e a decretação do Estado de Emergência a fim de conceder plenos poderes ao Estado de São Paulo.

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A resposta correta é A) a quebra do acordo da política Café com Leite que levou à formação da Aliança Liberal e a uma revolução no país.

Essa alternativa é correta porque a crise política e econômica durante a presidência de Washington Luís levou ao fim do acordo político Café com Leite, que era uma aliança entre os estados de São Paulo e Minas Gerais que se alternavam na presidência da República. Com a crise, a aliança se rompeu e surgiu a Aliança Liberal, que reunia políticos de vários estados, incluindo Getúlio Vargas, que posteriormente liderou a Revolução de 1930.

614) Durante o período conhecido por “República Velha”, para assegurar a manutenção do controle das oligarquias sobre a vida política do país foi criada pelo(a)(s)

  • A) Congresso Nacional a Comissão de Verificação de Poderes.
  • B) Governo Federal a Guarda Nacional, composta de grandes proprietários rurais, que recebiam o título de coronéis.
  • C) presidentes estaduais, verdadeiros exércitos que impunham a vontade popular contra a vontade política dos governantes.
  • D) Presidente da República, Prudente de Morais, primeiro presidente civil e paulista, a política café-com-leite.
  • E) Constituição dos Estados Unidos do Brazil, o voto de cabresto, que permitia transparência na escolha dos candidatos por parte do eleitor.

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A alternativa correta é letra A) Congresso Nacional a Comissão de Verificação de Poderes.

Gabarito: ALTERNATIVA A

 

Durante o período conhecido por “República Velha”, para assegurar a manutenção do controle das oligarquias sobre a vida política do país foi criada pelo(a)(s)

  • a)  Congresso Nacional a Comissão de Verificação de Poderes.

Aperfeiçoada por Campos Sales dentro da Política dos Governadores, a Comissão de Verificação de Poderes foi instituída em 1899. Sua missão era reconhecer a legitimidade dos candidatos eleitos ao Parlamento, criando um segundo filtro eleitoral; afinal, fraudes e controle sobre eleitores eram recorrentes nas votações. Com esse instrumento, nomeado pelo Presidente da República, a situação conseguia praticamente esvaziar toda a força política das oposições e manter o controle sobre o pacto federativo, fortalecendo oligarquias locais, e estabilizar o centro do poder. ALTERNATIVA CORRETA.

 

  • b)  Governo Federal a Guarda Nacional, composta de grandes proprietários rurais, que recebiam o título de coronéis.

A Guarda Nacional foi criada em 1831, durante o Período Regencial no contexto da descentralização de poderes e fortalecimento das oligarquias locais. A Guarda seria desmobilizada em 1922; ou seja, durante a Primeira República. Alternativa errada.

  • c)  presidentes estaduais, verdadeiros exércitos que impunham a vontade popular contra a vontade política dos governantes.

Ora, a alternativa não faz sentido frente ao que é pedido. Procura-se o mecanismo de poder urdido pelas oligarquias para a sua manutenção à frente do Estado. Ou seja, qual seria o sentido de termos, para isso, exércitos populares que se impusessem contra as oligarquias e os governantes? Além disso, esses exércitos jamais existiram. Alternativa errada.

 

  • d)  Presidente da República, Prudente de Morais, primeiro presidente civil e paulista, a política café-com-leite.

Prudente de Morais, de fato, foi o primeiro presidente civil da república brasileira, governando de 1894 a 1898. Mas seria Campos Sales o idealizador do sistema de governabilidade que geraria a política do café-com-leite. Tratava-se de um grande pacto oligárquico liderado pelas oligarquias de São Paulo (café) e Minas Gerais (leite) para assumir o controle do Estado de maneira a controlar recursos públicos, garantir entes federados fortes e assegurar a manutenção das estruturas de poder das oligarquias em seus redutos. Alternativa errada.

  • e)  Constituição dos Estados Unidos do Brazil, o voto de cabresto, que permitia transparência na escolha dos candidatos por parte do eleitor.

O voto de cabresto era uma consequência, e não uma criação, de como a Constituição de 1891 organizava a vida eleitoral brasileira. Segundo as regras estabelecidas, as assembleias municipais - que eram controladas pelas oligarquias - organizavam as eleições com voto aberto; isto é, o eleitor declarava de público o seu voto, sem direito a sigilo. A consequência disso eram fraudes importantes e o voto de cabresto, aquele em que o oligarca local coagia os eleitores da sua circunscrição a votar em determinado candidato. Ou seja, trata-se de uma deturpação da lei, e não de uma criação constitucional. Alternativa errada.

 

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

615) Observe a imagem abaixo:

  • A) Arreio".
  • B) Caneta".
  • C) Arrasto".

  • D) Cabresto".

  • E) Diplomação".

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A alternativa correta é letra D) Cabresto".

Gabarito: ALTERNATIVA D

   

 
  • A instituição da República, em fins do século XIX. mesmo após as reformas realizadas por Floriano Peixoto, não levou a mudanças na ordem política representada pelos senhores proprietários de terras. Ao contrário disso, foram reafirmados os controles e até aperfeiçoados. Um exemplo tradicional desses desmandos é o chamado ''Voto de

O enunciado faz referência ao "voto de cabresto". Caso era que o voto, na Primeira República (1889-1930), era aberto; ou seja, o eleitor era obrigado a declarar publicamente seu voto na sessão eleitoral. Some-se a isso o fato de as eleições serem organizadas pelos legislativos municipais, que eram dominados pelas oligarquias. Ou seja, as lideranças locais, principalmente os senhores de terras no interior, tinham total controle sobre a organização eleitoral e sobre o próprio eleitoral. Por meio de coação ou de simples fraude, poderia o oligarca local forçar o voto no candidato de sua preferência. A essa forma de controle, foi dado o nome de voto de cabresto.

 

a)  Arreio". b)  Caneta". c)  Arrasto".

d)  Cabresto".

e)  Diplomação".

   

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

616) Seu Mundinho, todo esse tempo combati o senhor. Fui eu quem mandou atirar em Aristóteles. Estava preparado para virar Ilhéus do avesso. Os jagunços estavam de atalaia, prontos para obedecer. Os meus e os outros amigos, para acabar com a eleição. Agora tudo acabou.

  • A) tenentismo, que considerava o exército como a única força capaz de conduzir os destinos do povo.
  • B) coronelismo, que se constituía em uma forma de o poder privado se manifestar por meio da política.
  • C) mandonismo, criado com o objetivo de administrar os conflitos no interior das elites agrárias do país.
  • D) messianismo, entidade com poderes políticos capaz de subjugar a população por meio da força.
  • E) integralismo, que consistia em uma forma de a oligarquia cafeeira demonstrar sua influência e poder político.

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A alternativa correta é letra B) coronelismo, que se constituía em uma forma de o poder privado se manifestar por meio da política.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar o fenômeno histórico que é descrito no trecho do livro de Jorge Amado.

 

A) tenentismo, que considerava o exército como a única força capaz de conduzir os destinos do povo.

INCORRETO. O tenentismo foi um movimento político-militar que ocorreu na década de 1920, liderado por jovens oficiais das Forças Armadas, principalmente do Exército. Este movimento tinha como uma de suas principais características a crítica ao sistema político vigente e a busca por reformas que promovessem maior justiça social. No entanto, o texto de Jorge Amado não faz referência a militares ou a uma luta por reformas políticas e sociais. Não há elementos que remetam ao tenentismo.

 

B) coronelismo, que se constituía em uma forma de o poder privado se manifestar por meio da política.

CORRETO. O trecho do romance "Gabriela, Cravo e Canela" descreve uma situação típica do coronelismo, prática política muito comum no Brasil durante a República Velha (1889-1930). O coronelismo era caracterizado pelo controle do poder político local por grandes proprietários de terras, os "coronéis", que utilizavam de sua influência e poder econômico para determinar os resultados das eleições. No trecho citado, o personagem revela que estava disposto a usar a violência para interferir no processo eleitoral, o que é uma característica do coronelismo.

 

C) mandonismo, criado com o objetivo de administrar os conflitos no interior das elites agrárias do país.

INCORRETO. O mandonismo é uma prática política que se caracteriza pelo domínio de um líder local, o "mandão", sobre o poder político de uma região. No entanto, o mandonismo não tem como objetivo administrar conflitos entre elites agrárias, mas sim manter o poder e o controle do "mandão" sobre a população local. O trecho do livro de Jorge Amado não faz referência a conflitos entre elites agrárias.

 

D) messianismo, entidade com poderes políticos capaz de subjugar a população por meio da força.

INCORRETO. O messianismo é um fenômeno religioso que se caracteriza pela crença na vinda de um messias, um salvador, que irá libertar o povo de suas mazelas. No Brasil, o messianismo esteve presente em diversos movimentos sociais e revoltas populares, como a Guerra de Canudos e o Contestado. No entanto, o trecho do livro de Jorge Amado não faz referência a nenhum líder messiânico ou a uma crença na vinda de um salvador.

 

E) integralismo, que consistia em uma forma de a oligarquia cafeeira demonstrar sua influência e poder político.

INCORRETO. O integralismo foi um movimento político brasileiro de extrema direita que surgiu na década de 1930, inspirado no fascismo italiano. Este movimento defendia a instauração de um estado forte e centralizador, a valorização da família e da religião e a rejeição ao comunismo. O trecho do livro de Jorge Amado não faz referência a nenhum desses elementos do integralismo.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

617) Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

  • A) política de “salvação nacional”, desencadeada pelos militares ligados aos grandes fazendeiros mineiros e paulistas com a finalidade de fortalecer o poder das oligarquias estaduais do sudeste.
  • B) “campanha civilista” que defendia a regulamentação dos preços dos produtos de exportação e garantia os empréstimos contraídos no exterior aos fazendeiros das grandes propriedades.
  • C) “política dos governadores”, que consistia na troca de apoio entre governo federal e governos locais, com a finalidade de manter no poder os representantes dos grandes fazendeiros.
  • D) política do “café-com-leite”, que incentivava uma disputa acirrada entre os representantes dos pequenos Estados e enfraquecia o poder dos fazendeiros paulistas e dos mineiros.
  • E) política de “valorização do café” realizada pelos Estados contribuía para o enfraquecimento do poder local e garantia a troca de favores entre os fazendeiros e o governo federal.

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A alternativa correta é letra C) “política dos governadores”, que consistia na troca de apoio entre governo federal e governos locais, com a finalidade de manter no poder os representantes dos grandes fazendeiros.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar o principal mecanismo para a consolidação da república a que o texto se refere.

   

A) Política de “salvação nacional”, desencadeada pelos militares ligados aos grandes fazendeiros mineiros e paulistas com a finalidade de fortalecer o poder das oligarquias estaduais do sudeste.

INCORRETO. O texto não faz referência a uma "política de salvação nacional". Além disso, a política de "salvação nacional" não é um termo comumente usado para se referir a qualquer mecanismo específico de consolidação da república no Brasil. Alternativa errada.

   

B) “Campanha civilista” que defendia a regulamentação dos preços dos produtos de exportação e garantia os empréstimos contraídos no exterior aos fazendeiros das grandes propriedades.

INCORRETO. A "campanha civilista" é um termo comumente usado para se referir ao movimento que defendia a eleição de um civil para a presidência após o mandato do Marechal Hermes da Fonseca, e não tem relação direta com a regulamentação dos preços dos produtos de exportação ou com a garantia de empréstimos contraídos no exterior aos fazendeiros das grandes propriedades. Alternativa errada.

   

C) “Política dos governadores”, que consistia na troca de apoio entre governo federal e governos locais, com a finalidade de manter no poder os representantes dos grandes fazendeiros.

CORRETO. A "política dos governadores" foi um mecanismo de consolidação da república no Brasil que consistia na troca de apoio político entre o governo federal e os governos estaduais. Na prática, o governo federal garantia o apoio dos governadores nas questões nacionais, e em troca, não interferia nas questões estaduais, permitindo que os governadores mantivessem o controle sobre as políticas e a economia locais. Esse mecanismo permitiu a manutenção no poder dos representantes dos grandes fazendeiros, que constituíam a elite política e econômica do país. Alternativa correta.

   

D) Política do “café-com-leite”, que incentivava uma disputa acirrada entre os representantes dos pequenos Estados e enfraquecia o poder dos fazendeiros paulistas e dos mineiros.

INCORRETO. A política do "café-com-leite" se refere ao acordo entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, que dominavam a política brasileira durante a Primeira República, alternando-se no poder presidencial. Este acordo não incentivava uma disputa acirrada entre os representantes dos pequenos Estados, nem enfraquecia o poder dos fazendeiros paulistas e mineiros. Pelo contrário, fortalecia o poder destes dois grupos. Alternativa errada.

   

E) Política de “valorização do café” realizada pelos Estados contribuía para o enfraquecimento do poder local e garantia a troca de favores entre os fazendeiros e o governo federal.

INCORRETO. A política de valorização do café, que consistia em medidas para manter o preço do café em alta no mercado internacional, foi uma das estratégias usadas pelos governos estaduais, especialmente São Paulo, para proteger a economia local. No entanto, essa política não contribuiu para o enfraquecimento do poder local, mas sim para o fortalecimento do poder dos fazendeiros de café. Além disso, não há indicação de que essa política garantisse a troca de favores entre os fazendeiros e o governo federal. Alternativa errada.

   

Portanto, a alternativa correta é a LETRA C.

618) A Primeira República (1889-1930) constituiu, nas consagradas expressões da historiografia, a “República que não foi” e o autêntico “teatro das oligarquias”. Fruto de um golpe de Estado conduzido por militares, em pouco tempo, viu chegarem ao poder os representantes dos grupos proprietários rurais, em um contexto no qual, repetindo a realidade colonial e monárquica pós-Independência, a terra continuou a ser o polo irradiador do poder. Relativamente a esse período da história brasileira, julgue (C ou E) o item que se segue.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: CORRETO

A Primeira República (1889-1930) constituiu, nas consagradas expressões da historiografia, a “República que não foi” e o autêntico “teatro das oligarquias”. Fruto de um golpe de Estado conduzido por militares, em pouco tempo, viu chegarem ao poder os representantes dos grupos proprietários rurais, em um contexto no qual, repetindo a realidade colonial e monárquica pós-Independência, a terra continuou a ser o polo irradiador do poder. Relativamente a esse período da história brasileira, julgue (C ou E) o item que se segue.

  • Depois das contínuas crises políticas dos primeiros anos, a República conheceu certa estabilidade com o governo de Campos Sales: com a Política dos Estados, também conhecida como Política dos Governadores, montou-se a engrenagem legislativa e assegurou-se o predomínio das oligarquias estaduais que estavam no poder.

Segundo presidente civil da República Velha (1889-1930), Campos Sales (1898-1902) acabou por dar a forma mais bem acabada do sistema de governabilidade do primeiro período republicano brasileiro, a Política dos Governadores. A legislação eleitoral da época facilitava que as elites locais tivessem grande controle sobre o eleitorado, conseguindo fazer valer suas preferências políticas sobre as urnas, seja pelo voto de cabresto ou pelas recorrentes fraudes eleitorais. Isto é, a realidade eleitoral brasileira tinha de ser pensada sempre em contato direto com essas lideranças fortes de espaços diminutos. No contexto do “teatro das oligarquias” no epicentro do poder político brasileiro, a Política dos Governadores foi fundamental para assentar as demandas fundamentais em torno de um pacto bem organizado de distribuição de recursos e de fidelidade eleitoral.

 

É fundamental que o candidato tenha em mente que se tratava de um pacto entre elites nos mais diferentes níveis da realidade política nacional, com pouco apego aos compromissos democráticos e republicanos tradicionais. O sistema eleitoral da época previa o voto aberto e censitário, facilitando o controle eleitoral pelo chamado voto de cabresto; além disso, a convergência das autoridades para um pacto entre elites favorecia a ocorrência de fraudes eleitorais. Isto é, o voto e a “voz das urnas” podiam ser facilmente condicionadas pelos chefes políticos locais. No entanto, tais chefes não dispunham de todos os recursos necessários para manter seus prestígios políticos locais, uma vez que o país vivia um pacto federativo frágil, que ainda sofria com as dificuldades de se estabelecer uma estrutura tributária doméstica.

 

Nesse contexto, portanto, estabelecia-se um circuito de recursos e de votos centrado nos governadores estaduais. Se um presidente não podia pressionar cada chefe político local para garantir votos no parlamento, também não tinham forças essas lideranças para negociar com o governo federal. Focalizando o epicentro das trocas nos gabinetes estaduais, o governo federal exigia lealdade parlamentar para liberar recursos públicos, que abasteceriam as vidas políticas estadual e municipais. Por sua vez, os chefes municipais negociavam com o governo estadual a garantia de apoio eleitoral para o governo federal, para o governador e para os congressistas em troca de repasses dos governos. Isto é, os governadores se tornaram um ponto de contato diáfano entre União e municípios, pressionando parlamentares e eleitores para a manutenção do sistema e da governabilidade ao mesmo tempo em que elites locais e governadores tinham suas capacidades políticas ampliadas em seus redutos eleitorais por conseguirem assegurar a chegada de novos recursos. A fidelidade ao governo federal fazia com que este tivesse maior governabilidade, o que viabilizava maiores repasses governadores fiéis, os quais faziam girar o sistema de votos e de verbas.

 

Assim sendo, toda a estrutura sintetizada no item representa a Política dos Governadores, estabilizando oligarquias estaduais e dando dinamismo ao governo federal. Item CORRETO.

619) (…) Entre 1900 e 1914 (…) o número de sindicatos na capital paulista aumentou de 7 para 41, e a média anual de greves se multiplicou por três. No Rio de Janeiro, os anarquistas também dão sinal de força. Em 1906, organizam um congresso e, no ano seguinte, criam a Federação Operária, congregando vários sindicatos, e levando o mérito de manterem os jornais operários de mais longa duração (…) e, em 1918, de liderarem na capital republicana uma insurreição da qual participaram trabalhadores e militares.

  • A) a fundação do partido Comunista do Brasil e a decorrente rivalidade dos anarquistas com os comunistas, e a contínua política de repressão aos anarquistas com prisões e deportações dos militantes libertários estrangeiros, principalmente durante o governo de Arthur Bernardes.
  • B) a ideologia libertária de formar um partido político voltado para a revolução proletária, o que gerou isolamento em relação aos operários em geral, e a recusa dos militantes anarquistas em formar sindicatos, considerados instrumentos de desmobilização dos trabalhadores.
  • C) a opção dos dirigentes anarquistas de fundar associações de apoio mútuo em vez de sindicatos, além da defesa de que os trabalhadores tivessem representação no Poder Legislativo, em especial na Câmara dos Deputados, com o intuito de instituir uma legislação trabalhista.

  • D) uma quantidade exagerada de greves, principalmente nos setores essenciais da economia, caso do transporte e da energia, mas sem grandes conquistas, e a defesa de que os operários brasileiros eram incapazes de participar efetivamente da organização e das lutas dos trabalhadores.
  • E) a excessiva colaboração entre os sindicalistas libertários e as associações empresariais, além da concepção dos dirigentes anarquistas de que a organização da classe operária deveria ficar restrita a uma pequena minoria de militantes teoricamente preparados e profissionalizados.

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A resposta correta é a letra A) a fundação do partido Comunista do Brasil e a decorrente rivalidade dos anarquistas com os comunistas, e a contínua política de repressão aos anarquistas com prisões e deportações dos militantes libertários estrangeiros, principalmente durante o governo de Arthur Bernardes.

Essa resposta é correta porque, após o período de expansão do movimento anarquista entre 1900 e 1914, o declínio do movimento pode ser atribuído à fundação do Partido Comunista do Brasil em 1922, que gerou rivalidade com os anarquistas. Além disso, o governo de Arthur Bernardes (1922-1926) implementou uma política de repressão aos anarquistas, com prisões e deportações de militantes libertários estrangeiros, o que contribuiu para o declínio do movimento anarquista.

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620) Recentemente, a Presidenta da República do Brasil, Dilma Rousseff, convocou os governadores dos Estados para uma reunião emergencial, objetivando ampliar a política de interesses partidários e sanar a crise política do momento. Entre 1898 e 1902, o presidente da república da época estabeleceu a chamada “política dos governadores”, efetivou um acordo reduzindo as disputas eleitorais entre os Estados, valorizando os grupos mais fortes e, em contrapartida, os grupos dominantes dos Estados dariam apoio à política do presidente. Estamos falando de:

  • A) Prudente de Morais.
  • B) Floriano Peixoto.
  • C) Campos Sales.
  • D) Getúlio Vargas.
  • E) Costa e Silva.

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Resposta

A alternativa correta é letra C) Campos Sales.

Explicação

A "política dos governadores" foi uma estratégia política adotada pelo presidente Campos Sales, entre 1898 e 1902, durante a Primeira República do Brasil. Essa política visava reduzir as disputas eleitorais entre os Estados, fortalecendo os grupos mais fortes e, em troca, obtendo apoio dos grupos dominantes dos Estados para a política do presidente.

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