Questões Sobre Primeira República - História - concurso

A alternativa correta é letra E) Governo Provisório.

Gabarito: Letra E

Governo Provisório

Após a queda do regime monárquico e a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, formou-se um governo provisório republicano para dirigir o país e estabelecer as primeiras medidas que diferenciariam o regime republicano do regime imperial.

Esse governo provisório encerrou-se logo após a elaboração da primeira Constituição republicana do Brasil, de 1891, quando a Assembleia Constituinte, eleita para elaborar a nova Constituição do país, foi transformada em Congresso Nacional e elegeu o primeiro presidente, Deodoro da Fonseca, e o vice-presidente, Floriano Peixoto, da Primeira República brasileira.

Por que as demais estão incorretas?

Letra A: República de Espada.

A República da Espada é o nome do primeiro período da República Velha ou Primeira República brasileira, período no qual o Brasil foi governado por militares, primeiro, Deodoro da Fonseca e, em seguida, Floriano Peixoto.

Letra B: Política do Café com Leite.

A Política do Café com Leite não é o nome de um período, mas sim de uma aliança estabelecida entre as oligarquias paulistas e mineiras, a partir de 1894.

Letra C: Nova República.

A Nova República ou Sexta República Brasileira é o período que se seguiu a Ditadura Militar (1964-1985) e que demarca o retorno do Brasil à democracia após 21 anos de regime militar. Logo, é um período muito posterior a promulgação da primeira Constituição republicana (de 1891).

Letra D: Tenentismo.

Tenentismo é o nome de um movimento da Primeira República e não de um período. Esse movimento político-militar, era composto por jovens oficiais das Forças Armadas, especialmente tenentes, e formado por uma série de rebeliões, que tinha por objetivo conquistar o poder através da luta armada e promover reformas na Primeira República.

Referências:

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

A alternativa correta é letra C) Manutenção da política protecionista e dos estímulos à indústria, início de reformas urbanas, medidas populares: controle de preços, autoritarismo censura, Segunda Revolta da Armada: efetivo ataque da marinha à capital do Brasil, Revolução Federalista.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a que corresponde ao governo de Floriano Peixoto.

A) Extinção da Carta Outorgada, Desmonte dos instrumentos centralizadores: Poder Moderador, Conselho de Estado e Senado Vitalício, Estado Laico.

INCORRETO. A extinção da Carta Outorgada, o desmonte dos instrumentos centralizadores e a proclamação do Estado Laico aconteceram durante o período da Proclamação da República, especificamente durante o Governo Provisório de Deodoro da Fonseca, antes de Floriano Peixoto assumir a presidência. Portanto, essa alternativa não corresponde ao governo de Floriano Peixoto.

B) Tensão entre governo e congresso , tentativa de golpe de Estado, reações de vários setores da sociedade , Primeira Revolta da Armada , renúncia.

INCORRETO. Essa alternativa descreve o governo de Deodoro da Fonseca, que antecedeu o de Floriano Peixoto. De fato, durante o governo de Deodoro houve tensão entre o governo e o congresso, culminando no fechamento do Congresso em 1891, o que levou à Primeira Revolta da Armada. Deodoro renunciou pouco depois, em meio à crise política e militar, passando o cargo para Floriano Peixoto.

C) Manutenção da política protecionista e dos estímulos à indústria, início de reformas urbanas, medidas populares: controle de preços, autoritarismo censura, Segunda Revolta da Armada: efetivo ataque da marinha à capital do Brasil, Revolução Federalista.

CORRETO. Essa alternativa descreve corretamente o governo de Floriano Peixoto. Durante seu mandato, Floriano manteve a política protecionista e os estímulos à indústria, iniciou reformas urbanas e adotou medidas populares como o controle de preços. Seu governo foi marcado por autoritarismo e censura. Floriano enfrentou a Segunda Revolta da Armada, quando a marinha atacou a capital do Brasil, e a Revolução Federalista, movimento que buscava a descentralização política e administrativa do país.

D) Nenhuma das alternativas.

INCORRETO. Como vimos, a alternativa C descreve corretamente o governo de Floriano Peixoto.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA C.

A alternativa correta é letra A) separação entre Igreja e Estado, criando os registros civis e extinguido o padroado.

Gabarito: ALTERNATIVA A

Pode-se destacar como primeiras providências do governo republicano no Brasil (1889-1891), a:

• a)  separação entre Igreja e Estado, criando os registros civis e extinguido o padroado.

A Constituição de 1891 estabeleceu, pela primeira vez, que o Estado brasileiro seria laico, ao passo que, no período monárquico, o Estado era oficialmente católico. Ao mesmo tempo, extinguia-se a instituição do padroado, a qual convertia o alto clero em altos funcionários públicos, dando capacidades do Estado de interferência sobre a Igreja no Brasil. Por fim, o registro civil já existia no Brasil desde meados do século XIX, mas seria sistematizado no contexto da laicização do Estado. ALTERNATIVA CORRETA.

• b)  primeira Constituição republicana, que estabeleceu o voto universal e secreto.

A primeira Constituição republicana estabelecia que as eleições se dariam por voto censitário e aberto. A institucionalização do voto secreto só se daria com o Código Eleitoral de 1932, que também inovaria ao garantir o voto feminino. A universalização definitiva do voto no Brasil só se daria em 1988, com a atual Constituição, que asseguraria o sufrágio aos analfabetos. Alternativa errada.

• c)  promulgação da grande naturalização, com o objetivo de amenizar o xenofobismo contra os ingleses pobres.

A possibilidade de naturalização em grande escala se deu pela Constituição de 1824; ou seja, a do período monárquico. Naquele momento, possibilitou-se a naturalização de grande número de portugueses no Brasil como forma de acomodar a realidade ao novo país que se formava após a Independência (1822). Alternativa errada.

• d)  reforma financeira, com o objetivo de estimular o desenvolvimento da agricultura.

Ministro da Fazenda do governo Deodoro da Fonseca, Rui Barbosa estava plenamente imbuído das percepções positivistas acerca da necessidade de modernização geral do país - o que passava diretamente pelo pensamento republicano e pela industrialização. Estabelecida a república, tomou como prioridade incentivar a industrialização do país e, para isso, lançou mão de um plano, no mínimo, arrojado e pouco cuidadoso. Entendendo que a oferta de crédito e de vantagens tributárias seriam suficientes para animar os agentes para a industrialização dentro das dinâmicas do mercado, Barbosa emitiu uma quantidade expressiva de papel-moeda, inundando o mercado financeiro brasileiro com crédito barato. Sem haver nenhuma regulamentação mais rígida, esses empréstimos acabaram convergindo para a especulação na bolsa de valores. Uma série de empresas fantasmas foram fundadas com capital aberto e o mercado financeiro entrou numa espiral especulativa de gravíssimas consequências inflacionárias. Com a moeda sendo depreciada e com a estagnação econômica, uma crise de confiança se seguiu de maneira a depreciar todos os ativos financeiros com uma velocidade esmagadora. Foi dado o nome de Encilhamento à crise porque os murmúrios dentro da bolsa de valores em meio ao pânico generalizado foram comparados ao barulho dos cavalos de corrida quando estão sendo encilhados, momento da especulação entre os apostadores nas corridas de cavalos. Alternativa errada.

• e)  instituição do centralismo e a transformação das províncias em estados membros da federação.

De fato, o governo republicano estabeleceu a federação como a forma do Estado brasileiro, convertendo as antigas províncias em estados federados. No entanto, a tônica geral da Primeira República foi de descentralização dos poderes. Os republicanos viam com maus olhos a grande centralização político-administrativa vivida durante a monarquia e a questão da descentralização era uma das grandes exigências dos republicanos brasileiros. Alternativa errada.

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

A alternativa correta é letra A) os militares, assumindo interesses próprios e representando também as elites civis que desejavam o fim da monarquia.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar os agentes políticos que foram fundamentais para a queda de Pedro II.

A) os militares, assumindo interesses próprios e representando também as elites civis que desejavam o fim da monarquia.

CORRETO. A Proclamação da República foi um movimento liderado por militares, que contou com o apoio de parte da elite civil brasileira, especialmente cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam maior autonomia para seus estados e estavam insatisfeitos com a centralização política do Império. O movimento republicano ganhou força no meio militar a partir da Questão Militar, um conjunto de crises entre o governo imperial e o exército ocorridas na década de 1880. Portanto, os militares assumiram interesses próprios, mas também representaram as elites civis que desejavam o fim da monarquia.

B) a população que, liderada por deputados republicanos, participou ativamente do processo de mudança de regime.

INCORRETO. A Proclamação da República no Brasil não foi um movimento popular. Não houve participação ativa da população no processo. Foi um movimento liderado por militares e apoiado por parte da elite civil, mas sem grande envolvimento popular. Portanto, a alternativa está incorreta.

C) os imigrantes, que viam no fim do Império a possibilidade de ter seus direitos de profissão religiosa respeitados, uma vez que o Estado não era laico.

INCORRETO. A questão da laicidade do Estado não foi um fator determinante para a Proclamação da República. Além disso, os imigrantes não tiveram um papel relevante na queda do Império. A grande maioria dos imigrantes estava mais preocupada em se estabelecer no país e garantir sua sobrevivência do que em participar da vida política. Portanto, a alternativa está incorreta.

D) os ex-escravizados, cujo interesse pela República se explicava pelo temor uma possível revogação da Lei Áurea.

INCORRETO. A população ex-escravizada não teve um papel relevante na Proclamação da República. Além disso, o temor de uma possível revogação da Lei Áurea não foi um fator determinante para a queda do Império. A Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil em 1888, foi um dos fatores que levaram à queda do Império, pois gerou insatisfação entre os proprietários de terras e escravos, que eram a base de sustentação do regime monárquico. No entanto, os ex-escravizados, em sua maioria, não tinham condições de participar ativamente da vida política do país. Portanto, a alternativa está incorreta.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.

A alternativa correta é letra B) as províncias continuaram com essa nomenclatura, só mudando para “estado” com a Constituição de 1934.

Vamos analisar cada alternativa para identificar qual delas não consta como item do texto constitucional de 1891.

A) o sistema de governo foi definido como presidencialista.

CORRETO. A Constituição de 1891 estabeleceu o sistema de governo presidencialista. Esse sistema de governo foi uma das grandes inovações da República e marca uma ruptura com o sistema anterior, que era monárquico e parlamentarista. No presidencialismo, o presidente da República é o chefe de Estado e de governo, acumulando a responsabilidade pela condução da política externa e a administração interna do país. Portanto, essa alternativa está correta.

B) as províncias continuaram com essa nomenclatura, só mudando para “estado” com a Constituição de 1934.

INCORRETO. Com a Proclamação da República em 1889 e a Constituição de 1891, as antigas províncias do Império foram transformadas em estados federados. A nomenclatura "província" era ligada ao período imperial e foi abandonada com a instauração da República. Portanto, a mudança de "província" para "estado" não ocorreu com a Constituição de 1934, mas sim com a Constituição de 1891. Essa alternativa está incorreta.

C) o Estado passou a ser laico, com o catolicismo deixando de ser a religião oficial do país.

CORRETO. A Constituição de 1891 estabeleceu o Estado laico, ou seja, um Estado que não tem uma religião oficial e que garante a liberdade de culto a todos os cidadãos. Durante o Império, a religião católica era a religião oficial do Estado brasileiro. Com a promulgação da Constituição de 1891, o catolicismo deixou de ser a religião oficial do país. Portanto, essa alternativa está correta.

D) analfabetos, mendigos, soldados, mulheres, entre outros grupos da sociedade ficaram excluídos do processo eleitoral.

CORRETO. A Constituição de 1891 estabeleceu o voto direto, mas restringiu o direito de voto a alguns grupos da sociedade. Analfabetos, mendigos, soldados e mulheres, entre outros, foram excluídos do processo eleitoral. Apenas os cidadãos do sexo masculino, maiores de 21 anos, que não fossem analfabetos, mendigos ou soldados, tinham direito a voto. Portanto, essa alternativa está correta.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

A alternativa correta é letra C) o movimento abolicionista, tanto quanto o republicano, era marcado pela pluralidade de ideias e propostas acerca da escravidão e da monarquia. Assim, existiam abolicionistas radicais e moderados, da mesma forma que republicanos radicais e moderados.

Gabarito: Letra C

O movimento abolicionista, tanto quanto o republicano, era marcado pela pluralidade de ideias e propostas acerca da escravidão e da monarquia. Assim, existiam abolicionistas radicais e moderados, da mesma forma que republicanos radicais e moderados.

Não havia um único movimento abolicionista nem um único movimento republicano. Tanto um quanto outro movimento possuíam uma variedade de propostas e projetos. Dessa forma, havia abolicionistas que defendiam o sistema monárquico e abolicionistas que aderiram ao sistema republicano; alguns abolicionistas acreditavam que a abolição deveria ser feita de forma progressiva, outros defendiam uma ruptura radical, uma parte deles defendia a criação de leis abolicionistas, enquanto outra parte procurava incentivar e auxiliar a fuga de escravos.

Enquanto alguns atentavam-se somente para a questão da liberdade jurídica dos escravos, outros defendiam a implementação de um projeto que trouxessem não só liberdade para os cativos, mas também permitisse sua integração na sociedade como cidadãos, havia ainda os que advogavam o pagamento de indenização aos proprietários de escravos e os que propunham uma abolição sem indenização.

No movimento republicano, José Murilo de Carvalho aponta para a existência de diferentes projetos de cidadania no alvorecer da República. Isso significa pensar em concepções diferentes para o sistema republicano. Enquanto para alguns a cidadania deveria ser ampliada para grande parcela da população, notadamente para aqueles que acabaram de sair da escravidão, para outros a cidadania deveria estar mais restrita. Assim, podemos dizer que havia projetos republicanos mais radicais e outros mais conservadores, bem como o dos positivistas, ligados ao exército que acreditavam em um executivo forte e central em detrimento do poder legislativo e da ideia de federação.

Por que as demais estão incorretas?

Letra A: os abolicionistas não admitiam o fim da escravidão sem indenização aos senhores de escravos, uma vez que defendiam o respeito ao direito de propriedade, sendo contrários à abolição sem indenização.

O abolicionismo não apresentou um único projeto ou proposta acerca do fim da escravidão, assim, existiam abolicionistas que defendiam o fim da escravidão sem indenização e os que defendiam que a escravidão fosse abolida com indenização aos proprietários de escravos.

Letra B: não existe relação entre as lutas abolicionistas e republicanas no Brasil, uma vez que os republicanos eram defensores da escravidão, não permitindo no movimento republicano a presença de abolicionistas.

 

Existe sim uma relação entre as lutas abolicionistas e republicanas no Brasil. A maneira como foi conduzida a abolição da escravidão no Brasil acabou acelerando a transformação do regime político brasileiro de monarquista para republicano. Além disso, havia entre os republicanos tanto os que tinham sido favoráveis ao processo de abolição da escravidão quanto aqueles que não queriam o fim do sistema escravista.

Letra D: Os republicanos não admitiam o fim da monarquia por meios violentos, mas apenas pela via legal, através de uma lei aprovada no Parlamento decretando a República, tal como aconteceu em 15 de novembro de 1889.

Como já vimos, tanto o movimento republicano como o movimento abolicionista foram plurais em seus projetos tanto de abolição da escravidão quanto de instalação do regime republicano. E a própria programação da República brasileira não se deu pela via legal, como afirma a alternativa, mas sim por meio de um movimento militar que envolveu também as elites do país.

Referências:

CAMPOS, Flavio de. A escrita da história: ensino médio: volume único. 1ª ed. São Paulo: Escala Educacional, 2005.

CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia da Letras, 1987.

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 2. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o longo século XIX, volume 2. São Paulo: Saraiva, 2010.

A alternativa correta é letra A) Marechal Floriano Peixoto.

A) Marechal Floriano Peixoto.

CORRETO. Floriano Peixoto, conhecido como "Marechal de Ferro", foi o segundo presidente do Brasil, assumindo o cargo após a renúncia de Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente. Peixoto assumiu a presidência em 23 de novembro de 1891, após a renúncia de Deodoro, e governou até 15 de novembro de 1894. Seu governo foi marcado por forte repressão a revoltas e oposições políticas, o que lhe rendeu o apelido de "Marechal de Ferro".

B) Prudente de Morais.

INCORRETO. Prudente de Morais foi o terceiro presidente do Brasil, sucedendo Floriano Peixoto. Seu mandato começou em 15 de novembro de 1894 e terminou em 15 de novembro de 1898. Ele foi o primeiro presidente civil do país e seu governo foi marcado pela pacificação do país após os conflitos enfrentados durante o governo de Floriano Peixoto.

C) Bernardino Campos.

INCORRETO. Bernardino de Campos foi um político brasileiro, mas não chegou a ocupar a presidência da República. Ele foi presidente do estado de São Paulo em dois mandatos, de 1892 a 1896 e de 1902 a 1904, mas não assumiu a presidência do Brasil.

D) Custódio de Melo.

INCORRETO. Custódio de Melo foi um militar e político brasileiro que teve participação ativa na Proclamação da República. Ele liderou o movimento militar que resultou na renúncia de Deodoro da Fonseca, mas não assumiu a presidência após a queda de Deodoro. O cargo foi assumido por Floriano Peixoto.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.

A alternativa correta é letra B) Deodoro da Fonseca.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar o primeiro presidente do Brasil que assumiu o cargo logo após a Proclamação da República.

A) Getúlio Vargas.

INCORRETO. Getúlio Vargas foi um importante presidente do Brasil, mas não foi o primeiro. Ele governou o Brasil em dois períodos distintos: de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. O primeiro período é conhecido como Era Vargas e foi marcado pelo Estado Novo, regime ditatorial que durou de 1937 a 1945. No segundo período, Vargas foi eleito democraticamente, mas seu governo foi marcado por crises políticas que culminaram em seu suicídio em 1954. Portanto, ele não se encaixa na descrição do trecho apresentado na questão, que se refere ao primeiro presidente após a Proclamação da República em 1889.

B) Deodoro da Fonseca.

CORRETO. Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil, assumindo o cargo logo após a Proclamação da República, que ocorreu em 15 de novembro de 1889. Ele foi um dos líderes do movimento que depôs o imperador Dom Pedro II e instaurou a República no Brasil. Seu governo é considerado o de consolidação da República, pois foi o primeiro governo republicano do país. No entanto, Deodoro enfrentou muitas dificuldades, incluindo disputas com o Legislativo, o que o levou a renunciar ao cargo em 1891, dois anos após assumir a presidência.

C) Juscelino Kubitschek.

INCORRETO. Juscelino Kubitschek foi presidente do Brasil de 1956 a 1961, período muito posterior à Proclamação da República. Seu governo é conhecido pelo "Plano de Metas", que tinha como lema "50 anos em 5" e buscava acelerar o desenvolvimento econômico do país. Portanto, ele não se encaixa na descrição do trecho apresentado na questão.

D) João Goulart.

INCORRETO. João Goulart foi presidente do Brasil de 1961 a 1964, período ainda mais posterior à Proclamação da República. Seu governo foi marcado por crises políticas e econômicas, culminando no golpe militar de 1964, que instaurou uma ditadura no Brasil que durou até 1985. Portanto, ele não se encaixa na descrição do trecho apresentado na questão.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

A alternativa correta é letra A) I – II.

Vamos analisar cada afirmativa para identificar quais estão corretas.

VERDADEIRO. Durante a Primeira República, o poder político estava concentrado nas mãos de oligarquias rurais, formadas por famílias de grandes proprietários de terras. Cada estado tinha seu grupo de oligarcas que controlavam a política local. A política do "coronelismo" era uma prática comum, onde os "coronéis" (grandes proprietários de terras) exerciam grande influência política em suas respectivas regiões.

VERDADEIRO. Durante a Primeira República, o PRP e o PRM eram de fato os partidos mais influentes. O "Café com Leite" era uma expressão usada para se referir à alternância de poder entre os estados de São Paulo (café) e Minas Gerais (leite). Essa política de alternância de poder garantia a hegemonia política desses dois estados durante a Primeira República.

FALSO. Após a Proclamação da República, houve sim uma união entre militares e oligarcas para derrubar a estrutura política imperial. No entanto, o objetivo não era a consolidação de um governo forte e centralizado, mas sim de um governo federativo. A Constituição de 1891 estabeleceu o federalismo no Brasil, dando maior autonomia aos estados. Isso permitiu que as oligarquias estaduais exercessem grande controle sobre a política local.

Analisando as alternativas:

a) I – II.

CORRETO. As afirmativas I e II estão corretas.

b) III.

INCORRETO. A afirmativa III está errada.

c) I – II – III.

INCORRETO. A afirmativa III está errada.

d) I – III.

INCORRETO. A afirmativa III está errada.

e) I.

INCORRETO. Apesar da afirmativa I estar correta, a alternativa não inclui a afirmativa II, que também está correta.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.

A alternativa correta é letra C) a personificação da República a partir de célebre imagem francesa e a identificação da presença militar no novo regime.

Gabarito: Letra C

a personificação da República a partir de célebre imagem francesa e a identificação da presença militar no novo regime.

José Murilo de Carvalho em seu livro "A formação das almas: o imaginário da República no Brasil" aponta que a alegoria da mulher passou a representar a República Francesa em oposição à monarquia desde 1792, quando a República foi proclamada após a queda do rei Luís XVI. A figura feminina era associada aos ideais de liberdade e da pátria e que um pouco antes da proclamação da Terceira República francesa (1870) surgiu a figura popular da Marianne, que representaria o ideal republicano. Marianne foi recuperada pelos republicanos brasileiros e foi divulgada com uma mulher que se vestia como uma grega ou romana, com túnica, sandálias e o barrete frígio dos jacobinos.

Na charge de Pereira Neto, a figura da república possui um aspecto militar, com uma espada e um escudo nas mãos, o que pode demonstrar uma homenagem da revista aos participantes da Proclamação da República, ocorrida em 15 de novembro de 1889, neste caso, os membros do exército, que, por sua vez, estão representados na charge ao fundo, tendo à frente o Marechal Deodoro.

Por que as demais estão incorretas?

Letra A: a identificação da República como inspirada em valores da Antiguidade clássica e o gesto de despedida do Imperador e de seus ministros.

Segundo José Murilo de Carvalho, a imagem da revista foi inspirada em valores da Antiguidade Clássica, pois ela está representada conforme a deusa Atena. Entretanto, não há gestos de despedida do imperador e de seus ministros. O homem que está joelhado e entregando uma coroa à República é o Visconde de Ouro Preto, último ministro do gabinete de D. Pedro II e que foi derrubado com o golpe da República. Esse representante da monarquia parece aceitar o novo governo entregando a coroa imperial à mulher em sinal de reverência.

Letra B: a explicitação do caráter popular do novo regime e o reconhecimento da subordinação dos demais poderes ao executivo.

O regime republicano instalado no Brasil não teve caráter popular. Foi organizado por dois grupos descontentes com a monarquia: uma parcela do Exército e os cafeicultores. Esses dois grupos pretenderam afastar as camadas populares do processo de mudança do regime a fim de evitar qualquer modificação que alterasse os seus valores de ordem, progresso e crescimento econômico.

Letra D: a associação da República à coroa como símbolo do poder supremo e a evocação do sucesso da luta armada para sua implantação.

A Coroa entregue à República é uma interpretação que simboliza a transferência de poder e de regime.

Letra E: a caracterização da implantação do novo regime como influência norte-americana e a criação de bandeira alusiva às riquezas nacionais.

A República brasileira teve alguns modelos de estados que já eram republicanos. A imagem é uma alegoria da República Francesa, muito comum em outros países que adotaram regimes republicanos. A influência dos EUA no Brasil se fez nos princípios constitucionais, na organização do Estado e no primeiro projeto de bandeira que era semelhante a dos norte-americanos com a diferença nas cores, no caso do Brasil, verde e amarela.

Referência:

CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: O imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.