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Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos inimigos aplica-se a lei.

 

LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega.

 

Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada realidade caracterizada 

Resposta:

A alternativa correta é letra C) pelo mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle dos votos.

Gabarito: Letra C

 

Pelo mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle dos votos.

 

Durante a Primeira República, o governo central era marcado pelo predomínio das oligarquias agrárias, ou seja, por grandes proprietários rurais, que se tornaram verdadeiros chefes ou líderes políticos das cidades e regiões onde estavam estabelecidos, e por isso eram chamados de “coronéis”.

 

Como o voto era aberto, ou seja, os eleitores eram obrigados a revelar publicamente em que candidato votavam, os coronéis, podiam pressioná-los para controlar suas escolhas, por vezes até mesmo pelo uso de capangas e ameaças. Daí o termo coronelismo em referência às suas práticas de dominação e de mando.

 

Os eleitores sujeitos às pressões dos coronéis, que por vezes usava até mesmo da violência de capangas para ameaça-los, votavam por variados motivos: obediência, lealdade ou gratidão ao coronel, e também em busca de algum favor, como dinheiro, animais, serviços médicos e roupas.

 

Assim, na prática, as eleições eram caracterizadas pela fraude. Como não existia uma Justiça Eleitoral para fiscalizar as eleições, o próprio coronel organizava a eleição no município e produzia uma ata da sessão eleitoral, na qual registrava o que queria.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: pela força política dos burocratas do nascente Estado republicano, que utilizavam de suas prerrogativas para controlar e dominar o poder nos municípios.

 

A República brasileira era liberal e federativa, permitindo certo grau de autonomia a estados e municípios, portanto, a Primeira República não foi caracterizada pela força política de burocratas que buscavam controlar e dominar o poder nos municípios

 

Letra B: pelo controle político dos proprietários no interior do país, que buscavam, por meio dos seus currais eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira.

 

Havia sim, durante a Primeira República, um controle político dos grandes proprietários sobre os eleitores de sua região, mas o objetivo desse controle não era enfraquecer uma suposta “burguesia brasileira”, mas sim controlar o poder político da região conforme os seus interesses pessoais e sua política clientelista.

 

Letra D: pelo domínio político de grupos ligados às velhas instituições monárquicas e que não encontraram espaço de ascensão política na nascente república.

 

A Primeira República não foi caracterizada pelo domínio político de grupos ligados à monarquia, mas sim pelo predomínio de grandes fazendeiros republicanos e de suas oligarquias nos diferentes estados.

 

Letra E: pela aliança política firmada entre as oligarquias  do Norte e Nordeste do Brasil, que garantiria uma alternância no poder federal de presidentes originários dessas regiões.

 

A aliança política que caracterizou a Primeira República foi firmada entre outras oligarquias e não as citadas na alternativa. A chamada República Oligárquica ou do Café com Leite, que dominou boa parte da cena política do período em questão (1894-1930), foi caracterizada pelo predomínio das oligarquias políticas dos Estados e, em especial, pelo predomínio das oligarquias de dois Estados que se revezavam no governo federal através da política do “café com leite”: São Paulo, maior produtor de café do país, e Minas Gerais, segundo na produção de café e maior produtor de leite da República brasileira.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

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