Sobre o Plano de Defesa da Borracha são feitas as seguintes afirmações:
I- Foi um programa encampado pelo governo federal, em 1912, por sugestão dos governos do Pará e Amazonas.
II- O plano destina-se não somente à área da Amazônia, mas também aos estados onde a produção de goma elástica não era importante, como Minas Gerais, Bahia e Paraná.
III– A falta de gente e de capital, somada a metas muito ambiciosas desse plano, fizeram com que ele fosse abandonado, após um ano de funcionamento.
São verdadeiras:
- A) I e II, apenas
- B) I, II e III
- C) I e III, apenas
- D) II e III, apenas
Resposta:
A alternativa correta é letra B) I, II e III
Gabarito: Letra B
As afirmativas corretas são I, II e III
Vamos analisar as proposições
I- Foi um programa encampado pelo governo federal, em 1912, por sugestão dos governos do Pará e Amazonas. (CORRETA)
O Plano de Defesa da Borracha ou de Valorização da Borracha foi um plano organizado pelo governo federal a partir de 1912 com o intuito de auxiliar a economia local num momento de crescente concorrência internacional. Ele foi criado após solicitações dos governos do Pará e do Amazonas para que o governo federal interviesse no mercado da borracha, assim como já havia feito no setor cafeeiro, seis anos antes.
II- O plano destina-se não somente à área da Amazônia, mas também aos estados onde a produção de goma elástica não era importante, como Minas Gerais, Bahia e Paraná. (CORRETA)
O Plano de Defesa da Borracha determinou uma série de medidas com o objetivo de desenvolver a cultura da seringueira, do caucho, da maniçoba e da mangabeira, e a coleta e beneficiamento da borracha extraída dessas árvores não apenas no Território do Acre e nos estados do Amazonas e do Pará, mas, também, em Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Paraná, pois estes locais também eram produtores de borracha.
III- A falta de gente e de capital, somada a metas muito ambiciosas desse plano, fizeram com que ele fosse abandonado, após um ano de funcionamento. (CORRETA)
O plano foi apresentado como um grande projeto de transformação da região, de metas muito ambiciosas, envolvendo investimentos em transporte, redução de impostos, imigração, educação, saúde entre outros setores, mas que não se efetivou. Um ano após a promulgação do plano, ele foi descartado devido à falta de apoio do governo federal, deixando as despesas por conta dos estados produtores, pela falta de mão de obra para a região amazônica e pela queda do preço da borracha brasileira em relação à borracha da Ásia, muito mais barata e de produção rápida.
Referências:
CAMARGO, Angélica Ricci. "Superintendência da Defesa da Borracha". Disponível em: http://mapa.an.gov.br/index.php/dicionario-primeira-republica/597-superintendencia-da-defesa-da-borracha
FEITOSA, Orange Matos; SAES, Alexandre Macchione. O plano de defesa da borracha: entre o desenvolvimentismo e a negligência política ao Norte do Brasil, 1900-1915. Am. Lat. Hist. Econ, México , v. 20, n. 3, p. 138-168.
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