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A relação entre as políticas econômicas e o processo de desigualdade social no Brasil permite afirmar:

Resposta:

A alternativa correta é letra B) O crescimento econômico durante os primeiros anos da década de 70 do século passado, proveniente da política econômica estabelecida pelo governo de Garrastazu Médici, levou a um rápido crescimento da desigualdade social.

Gabarito: Letra B

 

O crescimento econômico durante os primeiros anos da década de 70 do século passado, proveniente da política econômica estabelecida pelo governo de Garrastazu Médici, levou a um rápido crescimento da desigualdade social.

 

O desenvolvimento econômico verificado durante o chamado “milagre brasileiro” baseou-se numa conjuntura econômica internacional favorável, a partir da qual o governo Médici (1969-1974) pôde contrair empréstimos que foram usados para a realização de grandes obras nos diversos setores que receberam investimentos, tais como, o siderúrgico, o petroquímico, de transportes, construção naval, mineração etc.

Apesar do desenvolvimento verificado nesse período, a política econômica que regia o “milagre” estimulava o crescimento econômico ao mesmo tempo que favorecia a concentração de renda. O lema desse período era “fazer o bolo crescer para depois dividi-lo”. O bolo cresceu, mas foi dividido de forma desigual, gerando elevada concentração de riqueza e renda, fazendo com que o crescimento geral da economia (medido pelo PIB) não se traduzissem em condições de vida mais satisfatórias para a maioria da população.

 

Como resultado o Brasil do final do século XX foi classificado por alguns economistas como um país que não era exatamente pobre, mas que tinha muitos pobres, um país extremamente injusto e desigual.

   

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: O abandono das Reformas de Base, aprovadas e executadas durante o governo João Goulart, com forte apoio das lideranças empresarias, contribuiu para o crescimento da concentração de renda na década de 60 do século XX.

 

As Reformas de Base propostas por João Goulart durante o seu governo (1961-1964), não chegaram a ser aprovadas e executados, foram inclusive as Reformas de Base, e a polarização da sociedade em torno delas, que levaram ao golpe de 1964 e a instalação da ditadura com o apoio dos setores conservadores (incluindo lideranças empresárias) da sociedade brasileira.


Letra C: O congelamento de preços e salários estabelecido a partir do Plano Cruzado conteve, definitivamente, a espiral inflacionária, contribuindo para a queda na desigualdade social do país.

 

O congelamento de preços proposto pelo governo Sarney (1985-1990), no chamado Plano Cruzado, não durou muito tempo, sendo derrubado pelas estratégias utilizadas por produtores e comerciantes, dessa forma, não conteve definitivamente a espiral inflacionária e não contribuiu para a queda na desigualdade social do país.


Letra D: O forte intervencionismo estatal e a ampliação da política protecionista durante o governo Fernando Henrique Cardoso possibilitaram o início de um processo de distribuição de renda no Brasil.

 

O governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), foi liberal e nada protecionista. Chamada de neoliberal ou liberal-reformista, a política econômica de FHC procurou reduzir o papel do Estado como produtor de bens e serviços e promoveu uma série de privatizações de empresas públicas. Logo, seu governo não possibilitou o início de um processo de distribuição de renda no país.


Letra E: O estabelecimento da reforma agrária com o fim do latifúndio e a substituição do agronegócio pela agricultura familiar contribuíram para a queda radical da desigualdade social durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef.

 

Não houve uma reforma agrária que estabelecesse o fim do latifúndio e a substituição do agronegócio pela agricultura familiar durante o governo Lula. Durante o governo do Partido dos Trabalhadores (2002-2016) o agronegócio conviveu com políticas de ampliação ao direito à terra. Além disso, apesar das medidas para combater à pobreza, os governos de Lula (2002-2010) e Dilma Roussef (2010-2016), não conseguiram alcançar uma “queda radical” da desigualdade social e erradicar a pobreza.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

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