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Entre 1967 e 1974, a ditadura consolidou um modelo de modernização conservadora e ditatorial, impulsionada pelo Estado. Houve, em grande medida, uma retomada da tradição nacional-estatista e da noção da importância-chave do Estado como promotor e regulador da economia, da política e da cultura.

 

Daniel Aarão Reis. In: História do Brasil Nação. Rio de Janeiro: Objetiva/MAPFRE, 2014, v. 5 (1964-2010), p. 23-4 (com adaptações).


Considerando o trecho de texto acima e o período histórico nele referido, julgue (C ou E) o item a seguir.

 

O projeto de desenvolvimento e industrialização, impulsionado pelo Estado, articulava capitais nacionais e estrangeiros; no plano político, o Ato Institucional n.º 5 servia para reprimir as oposições.

Resposta:

A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: CORRETO

  

Entre 1967 e 1974, a ditadura consolidou um modelo de modernização conservadora e ditatorial, impulsionada pelo Estado. Houve, em grande medida, uma retomada da tradição nacional-estatista e da noção da importância-chave do Estado como promotor e regulador da economia, da política e da cultura. Daniel Aarão Reis. In: História do Brasil Nação. Rio de Janeiro: Objetiva/MAPFRE, 2014, v. 5 (1964-2010), p. 23-4 (com adaptações).
Considerando o trecho de texto acima e o período histórico nele referido, julgue (C ou E) o item a seguir.

 
  • O projeto de desenvolvimento e industrialização, impulsionado pelo Estado, articulava capitais nacionais e estrangeiros; no plano político, o Ato Institucional n.º 5 servia para reprimir as oposições.

O candidato precisa estar muito atento neste tipo de item para não perder tempo desnecessariamente. O próprio enunciado é muito claro ao fornecer a informação de que o projeto de desenvolvimento e industrialização durante a ditadura militar foi promovido e regulado pelo Estado como seu principal ator. Para avaliar a questão, isso significa que metade das informações do item já estão pacificadas pelo próprio enunciado, podendo o candidato se concentrar sobre as demais dificuldades.

 

Quanto à composição do financiamento do projeto de desenvolvimento, houve, de fato, uma mescla entre capitais nacionais e estrangeiros. Para viabilizar os grandes investimentos do Estado, o governo recorreu a um profundo e longo processo de endividamento externo brasileiro, contratando crédito com bancos privados e com os fundos internacionais. Num cenário de baixos juros internacionais, a ditadura recorreu ao capital estrangeiro para financiar os grandes investimentos estatais em infraestrutura, que superariam gargalos dramáticos do desenvolvimento brasileiro ao mesmo tempo em que financiariam a manutenção do projeto desenvolvimentista no contexto dos choques do petróleo. Por outro lado, ao capital nacional eram reservados postos de investimento e de ação importantes a reboque dos projetos centralizados e moderados pelo Estado. Ou seja, ainda que não fosse o principal ator do desenvolvimento nacional em si, cabia ao capital estrangeiro importantes espaços para investimentos e consolidação da industrialização nacional, mas sob uma proteção forte contra a concorrência internacional e contando com grande apoio do Estado para a sua manutenção. Por sua vez, a entrada do investimento direto estrangeiro era visto com algumas reservas e atuava debaixo do protecionismo à burguesia brasileira; isto é, não havia uma real abertura do mercado para competição, mas os investimentos em plantas de produção que não estivessem ao alcance do empresariado brasileiro poderiam abrigar os capitais estrangeiros em investimento direto.

 

No plano político-jurídico, o Ato Institucional n.º 5 (1968) foi o a guinada autoritária por excelência do regime militar. Fechando o Congresso Nacional, suspendendo garantias e direitos individuais, ampliando os poderes do Estado de polícia e do Presidente da República, o AI-5 criava tanto as condições jurídicas quanto o clima de repressão generalizados para perseguir as oposições ao regime. Na prática, isso deu tamanho grau de estabilidade ao regime que nenhuma contestação ou oposição sistemática chegou a oferecer real obstáculo para os planos de desenvolvimento empreendidos pela ditadura. Após a edição do AI-5, o país viveu a realidade de práticas como a censura prévia, os julgamentos sob a segurança nacional e um embotado "terrorismo de Estado" sob a aparência da normalidade constitucional. Sem mais o item está CORRETO.

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