Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um expoente literário do Renascimento no século XVI. Sobre sua obra mais conhecida, O Príncipe, é correto afirmar que:
Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um expoente
literário do Renascimento no século XVI. Sobre sua
obra mais conhecida, O Príncipe, é correto afirmar
que:
- A)Defendia o Estado Mínimo, marcado pelo respeito às leis naturais que regem a “mão invisível do mercado”.
- B)Preocupava-se em discutir e esclarecer problemas teológicos, fortalecendo a autoridade papal junto aos reinos medievais;
- C)Buscou justificar a perseguição aos judeus na Europa e a escravidão na América;
- D)Foi escrito em alemão e apenas no século XIX foi traduzido para outros idiomas.
- E)Defende um Estado forte, independente da Igreja, governado de modo absolutista pois “a razão do Estado” estaria acima de qualquer outro ideal.
Resposta:
A alternativa correta é E)
Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um dos pensadores mais influentes do Renascimento italiano, cuja obra O Príncipe permanece como um marco na filosofia política. Escrito em 1513, o livro rompeu com as tradições medievais ao abordar o poder de forma realista, sem submissão a princípios morais ou religiosos.
Entre as alternativas apresentadas, a correta é a E), pois Maquiavel defendia um Estado forte, centralizado e autônomo em relação à Igreja. Sua visão pragmática do poder colocava a "razão de Estado" acima de considerações éticas ou ideais abstratos, justificando medidas autoritárias quando necessárias para a manutenção da ordem e da soberania.
As demais alternativas estão incorretas porque:
- A) A noção de "Estado Mínimo" e "mão invisível do mercado" é posterior, associada ao liberalismo do século XVIII.
- B) Maquiavel não discutia teologia; pelo contrário, separava política da religião.
- C) O autor não tratou de antissemitismo ou escravidão colonial, temas alheios ao seu contexto.
- D) A obra foi escrita em italiano e difundida na Europa ainda no século XVI.
Assim, O Príncipe consolida-se como um tratado sobre a conquista e manutenção do poder, fundamentando o absolutismo secular que marcaria a Idade Moderna.
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