É tremenda injustiça comparar Khrushtchev a Hitler. A arrogância, a truculência, a insensibilidade brutal do ditador soviético são inéditas na História do mundo. Nunca se viu, desde os tempos de Gengis Khan, tamanho desprezo pelos valores da civilização ou maior falta de escrúpulos. Estarrecido, o mundo, ao mesmo tempo em que se inteirava da consumação das ameaças de Khrushtchev de fazer explodir a superbomba de 50 megatons, lia a resposta dele ao apelo dos deputados trabalhistas ingleses para que desistisse da explosão. Em lugar de responder como faria um homem civilizado e dotado de qualquer vestígio de decência ou de sentimento de humanidade, Khrushtchev replicou, com todo o seu furor vesânico, para ameaçar a Inglaterra de destruição total,assegurando que ela seria riscada do mapa. O trecho acima, extraído e adaptado do jornal O Globo, é parte do editorial “Ditador fanático quer subjugar o mundo pelo terror”, publicado na primeira página da edição de 1.º de novembro de 1961. Considerando a retórica do editorial, o ano em que foi publicado e o contexto histórico em que se inscreve, além de aspectos marcantes da história do século XX, julgue os itens de 105 a 109.No governo de Gaspar Dutra, o Brasil tomou partido na disputa ideológica que convulsionava o mundo: rompeu relações diplomáticas com a URSS e tornou ilegal o Partido Comunista no país.
É tremenda injustiça comparar Khrushtchev a Hitler. A arrogância, a truculência, a insensibilidade brutal do ditador soviético são inéditas na História do mundo. Nunca se viu, desde os tempos de Gengis Khan, tamanho desprezo pelos valores da civilização ou maior falta de escrúpulos. Estarrecido, o mundo, ao mesmo tempo em que se inteirava da consumação das ameaças de Khrushtchev de fazer explodir a superbomba de 50 megatons, lia a resposta dele ao apelo dos deputados trabalhistas ingleses para que desistisse da explosão. Em lugar de responder como faria um homem civilizado e dotado de qualquer vestígio de decência ou de sentimento de humanidade, Khrushtchev replicou, com todo o seu furor vesânico, para ameaçar a Inglaterra de destruição total,
assegurando que ela seria riscada do mapa.
O trecho acima, extraído e adaptado do jornal O Globo, é parte do editorial “Ditador fanático quer subjugar o mundo pelo terror”, publicado na primeira página da edição de 1.º de novembro de 1961. Considerando a retórica do editorial, o ano em que foi publicado e o contexto histórico em que se inscreve, além de aspectos marcantes da história do século XX, julgue os itens de 105 a 109.
No governo de Gaspar Dutra, o Brasil tomou partido na disputa ideológica que convulsionava o mundo: rompeu relações diplomáticas com a URSS e tornou ilegal o Partido Comunista no país.
- C) CERTO
- E) ERRADO
Resposta:
A alternativa correta é C)
O trecho apresentado, retirado do editorial do jornal O Globo, reflete a intensa polarização ideológica que marcou o período da Guerra Fria, especialmente no início da década de 1960. A linguagem utilizada no texto demonstra uma clara posição anticomunista, característica do alinhamento do Brasil com os Estados Unidos durante esse contexto histórico. A comparação entre Nikita Khrushchev e figuras como Hitler e Gengis Khan evidencia a retórica alarmista e maniqueísta típica da época, na qual o conflito Leste-Oeste era frequentemente representado como uma batalha entre a civilização ocidental e a barbárie soviética.
Quanto ao governo de Gaspar Dutra (1946–1951), o item mencionado está correto ao afirmar que o Brasil tomou partido na disputa ideológica global. Sob a influência dos EUA e em consonância com a Doutrina Truman, Dutra rompeu relações diplomáticas com a União Soviética em 1947 e, no mesmo ano, cassou o registro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tornando-o ilegal. Essas medidas refletiam o alinhamento do país com o bloco capitalista e o anticomunismo vigente, consolidando uma postura que seria aprofundada nos anos seguintes, especialmente após o golpe de 1964.
Portanto, a alternativa C) CERTO é a correta, pois o governo Dutra efetivamente adotou políticas que reforçaram o posicionamento do Brasil no bloco ocidental durante a Guerra Fria, corroborando a narrativa de confronto entre os dois sistemas políticos e econômicos em disputa no século XX.
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