O longo período da ditadura brasileira, após o golpe militar de 1964, tem sido objeto de intensas discussões. Os especialistas têm, inclusive, alertado sobre a importância de se estudar esse período para que as novas gerações tenham consciência das consequências de um regime marcado pela privação da liberdade e de direitos civis. A partir da afirmativa acima, assinale a alternativa que melhor explica o golpe militar de 1964.
O longo período da ditadura brasileira, após o golpe militar de 1964, tem sido objeto de intensas discussões. Os especialistas têm, inclusive, alertado sobre a importância de se estudar esse período para que as novas gerações tenham consciência das consequências de um regime marcado pela privação da liberdade e de direitos civis. A partir da afirmativa acima, assinale a alternativa que melhor explica o golpe militar de 1964.
- A)O ano de 1964 sinaliza um momento de ruptura do padrão de desenvolvimento econômico do Brasil, e o golpe inicia um processo de entrada das empresas multinacionais no país.
- B)O ano de 1964 representa um período de intervenção política dos militares, interessados em somar esforços para deter o processo de reformas de base patrocinadas pela grande burguesia, particularmente paulista.
- C)O ano de 1964 é um período de intensa mobilização popular, exemplificada pela atuação de setores de esquerda, críticos da nacionalização da economia e adeptos da internacionalização do capital.
- D)O ano de 1964 representa o culminar da crise econômica dos anos 60 e o golpe teve como principal objetivo deter as medidas de reformas de base preconizadas pelo governo civil de João Goulart.
Resposta:
A alternativa correta é D)
O golpe militar de 1964 foi um marco na história do Brasil, representando uma ruptura abrupta com o governo democrático de João Goulart e o início de um regime autoritário que durou mais de duas décadas. A alternativa correta, D), aponta que o golpe teve como principal objetivo deter as chamadas "reformas de base" propostas pelo governo Goulart, que incluíam medidas como a reforma agrária, o controle de lucros de empresas estrangeiras e a ampliação de direitos trabalhistas.
Essas reformas eram vistas como uma ameaça aos interesses das elites econômicas e de setores conservadores da sociedade, incluindo parte das Forças Armadas. A crise econômica dos anos 60, marcada por inflação alta e instabilidade política, serviu como pano de fundo para justificar a intervenção militar. Os militares, apoiados por grupos empresariais e pela mídia, alegaram que o país estava à beira de uma "ameaça comunista", utilizando esse discurso para legitimar a tomada do poder.
O golpe de 1964 não apenas interrompeu as reformas de base, mas também estabeleceu um regime que suprimiu liberdades democráticas, perseguiu opositores e censurou a imprensa. A ditadura militar teve consequências profundas para o Brasil, deixando marcas que ainda são discutidas e analisadas hoje. Estudar esse período é essencial para compreender os riscos da supressão das liberdades individuais e coletivas, além de reforçar a importância da democracia e dos direitos civis.
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