Ao longo da década de 30 e na primeira metade da década de 40, a sociedade brasileira conheceu políticas públicas implementadas por um Estado que passou a intervir nas mais diversas dimensões da vida social, utilizando-se de ideologias políticas de caráter autoritário. A partir de 1945, a questão central girava em torno do liberalismo. Retomar a tradição liberal interrompida com a Revolução de 1930 ou dar continuidade às políticas públicas estatais intervencionistas era a questão que dominava nos debates.Dois grandes projetos passaram a disputar a preferência do eleitorado. Nacionalismo, industrialização com base em bens de capital, fortalecimento do capitalismo nacional, criação de empresas estatais em setores estratégicos e estabelecimento de redes de proteção social davam a tônica do trabalhismo de inspiração getulista. Outro projeto seduziu as elites empresariais, políticas e militares, além das classes médias conservadoras, ao enfatizar o antigetulismo, o moralismo, o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.Três momentos resultaram em situação de grande conflito, entre 1945 e 1964, com a possibilidade real de guerra civil: a crise de agosto de 1954, o golpe preventivo do general Lott em novembro de 1955 e a Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. Momentos de grande tensão política, os dois projetos mediram suas forças, resultando em graves crises.Jorge Ferreira. Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Org.). O Brasil republicano (3). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 303-4 (com adaptações).Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes, relativos à História brasileira contemporânea. Dos grandes partidos políticos que atuaram no Brasil, entre o fim do Estado Novo e a implantação do regime militar em 1964, a União Democrática Nacional (UDN) foi o que mais claramente defendeu um projeto que se afastasse da herança getulista e enfatizasse, nas palavras do texto, o moralismo o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.
Ao longo da década de 30 e na primeira metade da década de 40, a sociedade brasileira conheceu políticas públicas implementadas por um Estado que passou a intervir nas mais diversas dimensões da vida social, utilizando-se de ideologias políticas de caráter autoritário. A partir de 1945, a questão central girava em torno do liberalismo. Retomar a tradição liberal interrompida com a Revolução de 1930 ou dar continuidade às políticas públicas estatais intervencionistas era a questão que dominava nos debates.
Dois grandes projetos passaram a disputar a preferência do eleitorado. Nacionalismo, industrialização com base em bens de capital, fortalecimento do capitalismo nacional, criação de empresas estatais em setores estratégicos e estabelecimento de redes de proteção social davam a tônica do trabalhismo de inspiração getulista. Outro projeto seduziu as elites empresariais, políticas e militares, além das classes médias conservadoras, ao enfatizar o antigetulismo, o moralismo, o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.
Três momentos resultaram em situação de grande conflito, entre 1945 e 1964, com a possibilidade real de guerra civil: a crise de agosto de 1954, o golpe preventivo do general Lott em novembro de 1955 e a Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. Momentos de grande tensão política, os dois projetos mediram suas forças, resultando em graves crises.
Jorge Ferreira. Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Org.). O Brasil republicano (3). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 303-4 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes, relativos à História brasileira contemporânea.
Dos grandes partidos políticos que atuaram no Brasil, entre o fim do Estado Novo e a implantação do regime militar em 1964, a União Democrática Nacional (UDN) foi o que mais claramente defendeu um projeto que se afastasse da herança getulista e enfatizasse, nas palavras do texto, o moralismo o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.
- C) CERTO
- E) ERRADO
Resposta:
A alternativa correta é C)
Ao analisar o contexto político brasileiro entre o fim do Estado Novo e o golpe militar de 1964, é correto afirmar que a União Democrática Nacional (UDN) destacou-se como o partido que mais claramente se opôs à herança getulista e defendeu um projeto baseado no moralismo, no anticomunismo e no alinhamento com o capital internacional.
Conforme mencionado no texto, dois grandes projetos disputavam a preferência do eleitorado naquele período. De um lado, o trabalhismo de inspiração getulista, que defendia o nacionalismo, a industrialização com base em bens de capital e a criação de empresas estatais. Do outro, um projeto que atraiu as elites empresariais, políticas e militares, além das classes médias conservadoras, por sua oposição a Vargas e sua ênfase no liberalismo econômico associado ao capital estrangeiro.
A UDN personificou esse segundo projeto, posicionando-se como a principal força política antigetulista do período. Seu discurso combinava a defesa da moralidade pública, o combate ao comunismo e a abertura ao capital internacional, características que a diferenciaram claramente dos partidos que davam continuidade às políticas varguistas, como o PTB.
Portanto, a afirmação de que a UDN foi o partido que mais claramente defendeu um projeto distante da herança getulista, enfatizando o moralismo, o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais, está correta.
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