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As reformas de base estavam longe de “socializar” ou “comunizar” o país. Na verdade pretendiam agilizar o capitalismo brasileiro, proporcionando-lhe condições de desenvolvimento com maior participação do povo no produto final. […] Em última análise, privilegiava a propriedade privada: apenas 2% da população possuía terras e, desses 2%, quase 60% eram latifundiários. No parecer do governo de Goulart, essa má distribuição da propriedade da terra acarretava uma baixíssima produtividade.Em resumo: a reforma agrária de Goulart não era anticapitalista nem agredia o direito à propriedade. As fazendas produtivas, por exemplo, não seriam tocadas. A forma de pagamento das terras expropriadas não previa qualquer “confisco”[…]. Assim, considerando que a expropriação estava prevista apenas para as terras improdutivas ou inexploradas, o governo agia dentro da lei, atendendo ao princípio consagrado no direito brasileiro de que o “uso da propriedade é condicionado ao bem-estar social”.úlio José Chiavenato. O golpe de 1964 e a ditadura militar.Levando-se em consideração a visão do texto acima e o seu conhecimento sobre a atuação do Presidente João Goulart, no período anterior ao Golpe de 64, é possível afirmar que:

As reformas de base estavam longe de “socializar” ou “comunizar” o país. Na verdade pretendiam agilizar o capitalismo brasileiro, proporcionando-lhe condições de desenvolvimento com maior participação do povo no produto final. […] Em última análise, privilegiava a propriedade privada: apenas 2% da população possuía terras e, desses 2%, quase 60% eram latifundiários. No parecer do governo de Goulart, essa má distribuição da propriedade da terra acarretava uma baixíssima produtividade.
Em resumo: a reforma agrária de Goulart não era anticapitalista nem agredia o direito à propriedade. As fazendas produtivas, por exemplo, não seriam tocadas. A forma de pagamento das terras expropriadas não previa qualquer “confisco”[…]. Assim, considerando que a expropriação estava prevista apenas para as terras improdutivas ou inexploradas, o governo agia dentro da lei, atendendo ao princípio consagrado no direito brasileiro de que o “uso da propriedade é condicionado ao bem-estar social”.
úlio José Chiavenato. O golpe de 1964 e a ditadura militar.

Levando-se em consideração a visão do texto acima e o seu conhecimento sobre a atuação do Presidente João Goulart, no período anterior ao Golpe de 64, é possível afirmar que:

Resposta:

A alternativa correta é B)

Levando em consideração o texto de Júlio José Chiavenato e o contexto histórico do governo de João Goulart, é possível afirmar que a alternativa correta é a B), pois as reformas propostas por Jango não tinham como objetivo instaurar um regime comunista ou socialista no Brasil. Pelo contrário, elas buscavam modernizar o capitalismo brasileiro, garantindo maior participação popular nos frutos do desenvolvimento econômico, sem ferir os princípios da propriedade privada.

A reforma agrária defendida por Goulart não representava uma ameaça ao direito de propriedade, uma vez que se limitava a expropriar terras improdutivas ou subutilizadas, conforme previsto na legislação brasileira da época. Além disso, o pagamento pelas terras seria feito de forma justa, sem caracterizar confisco. Portanto, a alegação de que as reformas de base eram um avanço do comunismo no país — frequentemente usada pelos opositores de Jango — não se sustenta diante dos fatos apresentados.

As outras alternativas estão incorretas porque:

  • A) Os grandes proprietários rurais e setores conservadores eram justamente os principais opositores das reformas de Goulart, temendo perdas de privilégios.
  • C) A reforma agrária proposta não tinha caráter socialista, pois respeitava a propriedade produtiva e não previa a estatização geral das terras.
  • D) A política agrária de Jango visava beneficiar os trabalhadores rurais sem terra e promover justiça social, não atendendo exclusivamente aos interesses dos latifundiários.

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