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O Governo de Juscelino Kubitschek está inserido entre dois golpes militares: o primeiro, que levou Getúlio Vargas ao suicídio (agosto de 1954), seguido de uma tentativa de impedir a posse de JK (novembro de 1955), desarticulada pelo Marechal Lott. O segundo, pela tentativa de impedir João Goulart de assumir a Presidência da República após a renúncia de Jânio Quadros (agosto de 1961). Podemos observar, portanto, que parte do Exército procurava caminhos inconstitucionais para mudança de governos que não lhes eram confiáveis. O governo de JK, no entanto, foi marcado pela estabilidade política, quando as instituições democráticas não foram ameaçadas pelos militares ou aliados golpistas. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta medidas de JK que possam explicar essa estabilidade:

O Governo de Juscelino Kubitschek está inserido entre dois golpes militares: o primeiro, que levou Getúlio Vargas ao suicídio (agosto de 1954), seguido de uma tentativa de impedir a posse de JK (novembro de 1955), desarticulada pelo Marechal Lott. O segundo, pela tentativa de impedir João Goulart de assumir a Presidência da República após a renúncia de Jânio Quadros (agosto de 1961). Podemos observar, portanto, que parte do Exército procurava caminhos inconstitucionais para mudança de governos que não lhes eram confiáveis. O governo de JK, no entanto, foi marcado pela estabilidade política, quando as instituições democráticas não foram ameaçadas pelos militares ou aliados golpistas. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta medidas de JK que possam explicar essa estabilidade:

Resposta:

A alternativa correta é A)

O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) destacou-se como um período de relativa estabilidade política em meio a um cenário conturbado por tensões militares e golpismo. Enquanto os anos que antecederam e sucederam sua gestão foram marcados por crises institucionais e intervenções das Forças Armadas, JK conseguiu manter as instituições democráticas intactas. A alternativa A) corretamente aponta as medidas que explicam essa estabilidade, combinando estratégias políticas, econômicas e militares.

A nomeação do Marechal Lott para o Ministério da Guerra foi fundamental para neutralizar setores golpistas dentro do Exército, garantindo lealdade às instituições. Lott, que já havia atuado para assegurar a posse de JK em 1955, manteve a disciplina castrense, evitando que militares descontentes ameaçassem o governo. Além disso, a geração de empregos através de obras públicas e o estímulo à industrialização — especialmente com a atração de montadoras estrangeiras — ampliaram o apoio popular, reduzindo tensões sociais.

Economicamente, o governo adotou um modelo dinâmico e planejado, materializado no Plano de Metas, que priorizou energia, transporte e indústria. Essa abordagem modernizadora, aliada ao investimento em infraestrutura (como a construção de Brasília), gerou crescimento e legitimidade. Politicamente, JK construiu uma base sólida no Congresso por meio da aliança PSD-PTB, negociando com partidos e evitando radicalismos que pudessem incitar oposição militar.

As demais alternativas falham ao misturar medidas de outros governos (como o Plano Trienal, de Jango) ou supervalorizar aspectos culturais e regionais sem relação direta com a contenção de golpes. A combinação de controle militar (Lott), desenvolvimento econômico e articulação política foi, portanto, a chave para a excepcional estabilidade do governo JK em um período de crônico intervencionismo das Forças Armadas.

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