Questões Sobre Revolução Chinesa - História - concurso

O ensaio a seguir analisa o contexto histórico e ideológico por trás do Livro Vermelho de Mao Tsé-tung e sua influência na Revolução Cultural Chinesa.

Mao Tsé-tung, líder do Partido Comunista Chinês, consolidou suas ideias revolucionárias no Livro Vermelho, uma obra que se tornou o fundamento doutrinário para a ação política de seus seguidores. Durante a década de 1960, esse texto ganhou enorme projeção, especialmente entre os jovens, que adotaram a faixa vermelha no braço como símbolo de pertencimento às Guardas Vermelhas. Esses militantes agiam com extremo fervor, propagando os ideais de Mao e perseguindo aqueles considerados "inimigos de classe".

O movimento liderado por Mao ficou conhecido como Revolução Cultural, marcado por uma intensa campanha de doutrinação ideológica e repressão política. Seu objetivo era eliminar vestígios do passado capitalista e consolidar o socialismo na China, promovendo a lealdade absoluta ao pensamento de Mao. A resposta correta para a questão apresentada é, portanto, a alternativa C) Cultural, pois esse período histórico é amplamente reconhecido como a Revolução Cultural Chinesa.

O impacto da Revolução Cultural foi profundo, gerando transformações sociais e políticas que reverberaram por décadas na China. O Livro Vermelho simbolizou não apenas a doutrina de Mao, mas também o radicalismo de uma era em que a ideologia se sobrepôs à razão, deixando um legado complexo e controverso.

O texto apresentado aborda a atuação de dois grupos distintos: as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e a Al Qaeda. Enquanto as Farc buscam estabelecer um regime marxista na Colômbia, utilizando-se de métodos violentos e supostamente financiados pelo narcotráfico, a Al Qaeda defende o fundamentalismo islâmico e tem como principais alvos os Estados Unidos e Israel, protagonizando ataques de grande impacto, como o ocorrido em 11 de setembro de 2001.

Analisando as alternativas, a opção C destaca-se como a correta, pois evidencia a vulnerabilidade dos EUA, mesmo como potência global, diante de ataques terroristas que atingiram símbolos de sua força econômica e militar. O ataque às Torres Gêmeas e ao Pentágono comprova essa fragilidade inesperada, marcando um episódio histórico de violência e terror.

As demais alternativas apresentam equívocos. A letra A é incorreta, pois os métodos e propósitos das Farc e da Al Qaeda são distintos. A B está errada, uma vez que as Farc não recebem apoio internacional generalizado, e sua violência é amplamente conhecida. A D é falsa, já que os princípios das organizações são diferentes (marxismo e fundamentalismo islâmico). Por fim, a E também está incorreta, pois a Al Qaeda atua globalmente, não se restringindo à Ásia.

Portanto, a alternativa C é a única que sintetiza corretamente uma conclusão baseada nas informações fornecidas, destacando o impacto do terrorismo mesmo contra as maiores potências mundiais.

Com relação à vitória comunista na China em 1949, o item afirma: "A despeito da crise ocorrida em 1960, o regime comunista chinês manteve laços políticos estreitos com a União Soviética." O gabarito indica que essa afirmação está ERRADA (E).

Apesar da aliança inicial entre a China comunista e a União Soviética após a Revolução Chinesa de 1949, as relações entre os dois países se deterioraram significativamente no final da década de 1950 e início dos anos 1960. A crise de 1960, marcada pela retirada dos especialistas soviéticos da China e pelo fim da assistência econômica e tecnológica, simbolizou o rompimento entre os dois regimes. As divergências ideológicas, as disputas geopolíticas e as críticas mútuas levaram a um afastamento definitivo, invalidando a afirmação de que os laços políticos permaneceram estreitos após esse período.

Com relação à vitória comunista na China em 1949, é importante analisar o contexto histórico e as bases de apoio do Partido Comunista Chinês (PCC) durante a Revolução Chinesa. O item afirma que o movimento revolucionário contou sobretudo com o apoio da classe operária urbana, o que está incorreto.

Apesar de o discurso comunista tradicional enfatizar o proletariado urbano como força motriz da revolução, a realidade na China foi diferente. O PCC, sob a liderança de Mao Tsé-Tung, concentrou seus esforços no campesinato, que representava a vasta maioria da população chinesa na época. A estratégia de "cerco das cidades pelo campo" demonstra claramente que a base de apoio do movimento revolucionário estava nas áreas rurais, não nas urbanas.

Portanto, a afirmação de que o movimento revolucionário chinês contou principalmente com o apoio da classe operária urbana está errada (E), pois o campesinato foi o principal aliado do PCC durante a Revolução Chinesa.

Com relação à vitória comunista na China em 1949, a afirmação de que a revolução chinesa somente se tornou possível com o apoio ativo da União Soviética desde 1936 é ERRADA (E).

Embora a União Soviética tenha fornecido algum apoio ao Partido Comunista Chinês (PCC) em determinados momentos, a revolução chinesa foi principalmente resultado de fatores internos, como a estratégia de Mao Tsé-Tung de mobilização camponesa e a Guerra Civil contra o Kuomintang. O apoio soviético foi limitado e não decisivo para o sucesso da revolução.

Além disso, a relação entre o PCC e a URSS foi marcada por divergências estratégicas, especialmente após a Longa Marcha (1934-1935), quando Mao consolidou sua liderança e priorizou a revolução agrária, diferindo da visão soviética, que inicialmente apoiava mais o Kuomintang.

Portanto, a vitória comunista na China em 1949 foi fruto principalmente das condições internas e da estratégia do PCC, não dependendo exclusivamente do apoio soviético desde 1936.

Com relação à vitória comunista na China em 1949, o Partido Comunista Chinês, sob a liderança de Mao Tsé-tung (Mao Zedong), efetivamente assumiu a vanguarda do movimento revolucionário que culminou na fundação da República Popular da China. Esse período marcou a consolidação do poder comunista após décadas de conflitos internos e resistência contra as forças nacionalistas do Kuomintang.

Portanto, a afirmação está:

• C) CERTO

No que diz respeito ao domínio colonial na Ásia no início do século XX, é importante analisar os eventos históricos com precisão. O item em questão afirma que a imperatriz Tsenhi liderou a Reforma dos Cem Dias, o que gerou tensões e culminou em sua deposição, além de relacionar esse episódio ao fim da dinastia Manchu após a Revolução de 1911. No entanto, essa afirmação contém imprecisões históricas.

Em primeiro lugar, a Reforma dos Cem Dias (1898) foi um movimento de modernização liderado pelo imperador Guangxu, sob a influência de intelectuais reformistas como Kang Youwei e Liang Qichao, e não pela imperatriz Tsenhi (Cixi). A imperatriz Cixi, na verdade, opôs-se às reformas, considerando-as uma ameaça ao poder conservador da corte Qing, e liderou um golpe que depôs Guangxu, encerrando o breve período de reformas.

Além disso, a queda da dinastia Manchu (Qing) ocorreu em 1912, após a Revolução de 1911, que foi um movimento republicano liderado por Sun Yat-sen e outros revolucionários, sem relação direta com os eventos da Reforma dos Cem Dias. Portanto, a associação entre a imperatriz Tsenhi, a Reforma dos Cem Dias e a queda da dinastia Manchu é incorreta.

Dessa forma, o gabarito correto para o item é E) ERRADO, pois as informações apresentadas não correspondem aos fatos históricos consolidados.

No que concerne ao domínio de potências coloniais na Ásia no início do século XX, é importante analisar a situação da China de forma crítica. Embora o país tenha enfrentado pressões imperialistas e perda de soberania em certas regiões, a afirmação de que a China foi completamente dividida em protetorados sob domínio ocidental, com o imperador restrito a Pequim e arredores, não corresponde plenamente à realidade histórica.

A China, de fato, sofreu com a imposição de tratados desiguais e a criação de zonas de influência estrangeira, especialmente após as Guerras do Ópio. No entanto, o governo central chinês, mesmo enfraquecido, manteve certa autonomia sobre seu território. A Dinastia Qing continuou a exercer autoridade, ainda que de forma limitada, e não ficou restrita apenas à capital e seus arredores. Além disso, movimentos nacionalistas e reformistas já começavam a surgir, contestando tanto a interferência estrangeira quanto o próprio regime imperial.

Portanto, a afirmação contém imprecisões históricas significativas. A China não foi formalmente dividida em protetorados, e a autoridade do imperador, embora fragilizada, não se limitou exclusivamente a Pequim. Dessa forma, o gabarito correto é E) ERRADO, pois a situação descrita não reflete com exatidão a complexidade do contexto chinês no período.