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Leia o TEXTO 18 para responder à questão 45. TEXTO 18 Um país governado pelos proprietários está dentro da ordem social; o país onde os não proprietários governam acha-se em estado de natureza.D’ANGLAS, Boissy apud SOBOUL, Albert. História da Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Zahar, 1981, p. 400.O TEXTO 18 é um fragmento do discurso proferido por Boissy d’Anglas na apresentação do projeto de Constituição, em 23 de junho de 1795, no contexto da Revolução Francesa. O argumento sustentado pelo autor está, CORRETAMENTE, sintetizado na defesa

Leia o TEXTO 18 para responder à questão 45.


TEXTO 18


Um país governado pelos proprietários está dentro da ordem social; o país onde os não proprietários
governam acha-se em estado de natureza.


D’ANGLAS, Boissy apud SOBOUL, Albert. História da Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Zahar, 1981, p.
400.


O TEXTO 18 é um fragmento do discurso proferido por Boissy d’Anglas na apresentação do projeto de
Constituição, em 23 de junho de 1795, no contexto da Revolução Francesa. O argumento sustentado pelo
autor está, CORRETAMENTE, sintetizado na defesa

Resposta:

A alternativa correta é E)

O fragmento do discurso de Boissy d'Anglas, apresentado em 1795 durante a Revolução Francesa, reflete um momento crucial de redefinição política e social na França. O texto defende a ideia de que o governo deve ser conduzido pelos proprietários, posicionando os não proprietários em um estado de desordem, ou "estado de natureza". Essa perspectiva está intimamente ligada ao contexto pós-Revolução, quando a burguesia buscava consolidar seu poder político, afastando as camadas populares que haviam participado ativamente dos processos revolucionários.

A defesa apresentada por d'Anglas está corretamente sintetizada na alternativa E) do voto censitário. O voto censitário, ou seja, o direito ao voto baseado na renda ou propriedade, era uma forma de garantir que apenas aqueles com interesses materiais no país — os proprietários — tivessem voz nas decisões políticas. Essa visão excluía grande parte da população, como trabalhadores urbanos e camponeses, reforçando uma estrutura de poder elitista. A justificativa era que os proprietários, por terem bens a proteger, seriam mais responsáveis e comprometidos com a ordem social, evitando a instabilidade.

As outras alternativas não se alinham ao argumento central do texto. A reforma agrária (A) e a igualdade civil (B) contrariariam a lógica de exclusão defendida por d'Anglas. O sufrágio universal (C) representaria exatamente o oposto do voto censitário, enquanto a educação secular (D) não tem relação direta com a discussão sobre propriedade e governo. Portanto, o gabarito corretamente aponta para a alternativa E, que sintetiza a defesa de um sistema político restrito aos proprietários, característico do período do Diretório na Revolução Francesa.

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