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Como se pode encontrar uma expressão quantitativa para o fato, que hoje em dia poucos poderiam negar de que a Revolução Industrial criou o mundo mais feio no qual o homem jamais vivera, como testemunhavam as lúgubres, fétidas e enevoadas vielas dos bairros baixos de Manchester? (…) Ninguém podia negar que havia uma pobreza espantosa. Muitos sustentavam que estava mesmo aumentando e se aprofundando. E ainda assim, pelos eternos critérios que medem os triunfos da indústria e da ciência, poderia até mesmo o mais lúgubre dos observadores racionalistas sustentar que, em termos materiais, o mundo estava em condições piores do que em qualquer outra época anterior (…)? HOBSBAWN, Eric J. A era das revoluções (1789-1848). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. As palavras do historiador Eric Hobsbawn, relativas à Revolução industrial Inglesa, demonstram que a(o):

Como se pode encontrar uma expressão quantitativa
para o fato, que hoje em dia poucos poderiam negar
de que a Revolução Industrial criou o mundo mais feio
no qual o homem jamais vivera, como
testemunhavam as lúgubres, fétidas e enevoadas
vielas dos bairros baixos de Manchester? (…)
Ninguém podia negar que havia uma pobreza
espantosa. Muitos sustentavam que estava mesmo
aumentando e se aprofundando. E ainda assim, pelos
eternos critérios que medem os triunfos da indústria e
da ciência, poderia até mesmo o mais lúgubre dos
observadores racionalistas sustentar que, em termos
materiais, o mundo estava em condições piores do
que em qualquer outra época anterior (…)?
HOBSBAWN, Eric J. A era das revoluções (1789-1848). Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1979.

As palavras do historiador Eric Hobsbawn, relativas à
Revolução industrial Inglesa, demonstram que a(o):

Resposta:

A alternativa correta é E)

O trecho de Eric Hobsbawn sobre a Revolução Industrial inglesa apresenta uma contradição fundamental: enquanto o progresso industrial e científico elevava a produção material, simultaneamente gerava um cenário de degradação ambiental e aumento da pobreza urbana. A descrição das "lúgubres, fétidas e enevoadas vielas de Manchester" simboliza esse paradoxo, onde o avanço técnico não se traduziu em melhoria das condições de vida para a maioria.

A alternativa correta (E) capta precisamente essa dualidade ao afirmar que o florescimento da indústria coincidiu com o agravamento da pobreza. Isso reflete a crítica hobbsbawniana ao mito do progresso linear - a industrialização concentrou riqueza enquanto expandia a miséria operária, criando cidades marcadas por contrastes entre a opulência fabril e a precariedade dos trabalhadores. Os "critérios eternos" de produtividade mascaram essa realidade social.

As demais alternativas falham em abarcar a complexidade da análise: a pobreza era visível (A), a máquina de fato alterou o bem-estar (B), a desigualdade cresceu (C), e indústria/ciência não contiveram a pobreza (D). A Revolução Industrial emerge assim como processo ambíguo, cujos ganhos materiais não impediram a criação de um "mundo mais feio" social e ambientalmente.

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