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“[…] nenhuma economia industrial pode-se desenvolver além de um certo ponto se não possui uma adequada capacidade de bens de capital. […] Mas é também evidente que, num sistema de empresa privada, o investimento de capital extremamente dispendioso que se faz necessário para a maior parte deste desenvolvimento não é assumido provavelmente pelas mesmas razões que a industrialização do algodão ou outros bens de consumo”. (HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções (1789- 1848). 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989. p. 59). Historicamente, para Hobsbawm, as dificuldades para a implantação de uma indústria de bens de capital, no caso da Inglaterra, foram superadas à medida que:

“[…] nenhuma economia industrial pode-se
desenvolver além de um certo ponto se não possui uma adequada capacidade de bens de capital.
[…] Mas é também evidente que, num sistema de
empresa privada, o investimento de capital extremamente dispendioso que se faz necessário para a
maior parte deste desenvolvimento não é assumido
provavelmente pelas mesmas razões que a industrialização do algodão ou outros bens de consumo”.
(HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções (1789-
1848)
. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989. p. 59).
Historicamente, para Hobsbawm, as dificuldades
para a implantação de uma indústria de bens de
capital, no caso da Inglaterra, foram superadas à
medida que:

Resposta:

A alternativa correta é D)

O trecho de Eric Hobsbawm em A Era das Revoluções (1789-1848) destaca um desafio central no desenvolvimento industrial: a necessidade de investimentos maciços em bens de capital, que, em economias baseadas na iniciativa privada, não são naturalmente atraentes como setores de bens de consumo. A industrialização exigia infraestrutura e maquinário complexos, cujo retorno financeiro era menos imediato e mais arriscado. No caso da Inglaterra, essa barreira foi superada não por intervenção estatal direta (alternativa A), nem exclusivamente por inovações acadêmicas (alternativa B), tampouco apenas pela acumulação colonial (alternativa C), mas principalmente pelo surgimento de um setor que combinava rentabilidade e demanda por bens de capital: as ferrovias.

A alternativa D) aponta corretamente para o papel das ferrovias como catalisadoras do investimento privado em bens de capital a partir da década de 1840. Esse setor, além de ser lucrativo, demandava locomotivas, trilhos e equipamentos pesados, estimulando indiretamente a indústria de base. A expansão ferroviária criou um ciclo virtuoso: atraiu capitais acumulados no comércio e na produção têxtil, gerou empregos e integrou mercados, consolidando a liderança industrial britânica. Assim, a solução emergiu da própria dinâmica capitalista, onde a perspectiva de lucro direcionou recursos para setores antes negligenciados, confirmando a tese de Hobsbawm sobre os limites e as adaptações do sistema de empresa privada.

Referência: HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções (1789-1848). 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

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