“Uma sociedade de bem-estar social teria sem dúvida distribuído alguns destes vastos acúmulos para fins sociais. Na Inglaterra do período de 1780 a 1840 nada era menos provável. Virtualmente livre de impostos, as classes médias continuaram a acumular em meio a um populacho faminto, cuja fome era o reverso daquela acumulação.” (HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções: Europa, 1789-1848. Tradução de Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 75). Em resposta às transformações acima salientadas, os trabalhadores organizaram-se para lutar por seus direitos, formando
alguns destes vastos acúmulos para fins sociais. Na Inglaterra do
período de 1780 a 1840 nada era menos provável. Virtualmente livre
de impostos, as classes médias continuaram a acumular em meio a um
populacho faminto, cuja fome era o reverso daquela acumulação.”
Teixeira e Marcos Penchel. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 75).
organizaram-se para lutar por seus direitos, formando
- A)partidos operários de composição camponesa e de multidões em paralisação.
- B)manifestações fabris de exigência de salário e de impedimento de grevistas.
- C)associações políticas de discussões sindicais e de simpatia pelos cercamentos.
- D)movimentos sociais de destruição de máquinas e de reivindicações por escrito.
Resposta:
A alternativa correta é D)
O trecho citado de Eric Hobsbawm retrata um período marcante da história europeia, no qual a acumulação de riquezas pelas classes médias contrastava brutalmente com a miséria da classe trabalhadora durante a Revolução Industrial. Diante dessa desigualdade extrema e da ausência de políticas redistributivas, os trabalhadores começaram a se organizar para reivindicar melhores condições de vida e trabalho.
Entre as alternativas apresentadas, a resposta correta é D) movimentos sociais de destruição de máquinas e de reivindicações por escrito. Essa opção reflete duas formas distintas de resistência dos trabalhadores no contexto da industrialização inglesa. Por um lado, o movimento ludita, caracterizado pela destruição de máquinas, simbolizava a revolta contra a mecanização que ameaçava empregos e precarizava o trabalho. Por outro, a apresentação de reivindicações por escrito demonstrava o surgimento de uma consciência política mais organizada, na qual os trabalhadores buscavam negociar direitos de forma sistemática.
Essas ações representam um momento crucial na formação da identidade da classe operária, que, diante da exploração e da indiferença das elites, passou a desenvolver estratégias coletivas de luta. A combinação de protestos violentos e petições formais ilustra a transição entre a revolta espontânea e a organização política que mais tarde daria origem aos sindicatos e movimentos trabalhistas modernos.
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