A divisão da Alemanha entre os Aliados, no final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), expressa a relação entre as disputas políticas e a definição de fronteiras territoriais. Considerando as tensões europeias nessa circunstância, conclui-se que a
A divisão da Alemanha entre os Aliados, no final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), expressa a relação entre as disputas políticas e a definição de fronteiras territoriais. Considerando as tensões europeias nessa circunstância, conclui-se que a
- A)zona de influência francesa em território alemão pretendia pôr fim ao revanchismo entre esses países, presente desde o Tratado de Versalhes.
- B)intervenção aliada desejava controlar os desejos expansionistas alemães, sustentados pela permanência da propaganda nazista.
- C)atuação dos ingleses na partilha das zonas alemãs visava apoiar a presença soviética na região do Leste Europeu.
- D)constituição das zonas de influência na Alemanha expunha o temor europeu em relação aos interesses nacionalistas que agitavam os Bálcãs.
- E)criação da República Democrática Alemã e da República Federal Alemã expôs a força política soviética e norte-americana no Continente Europeu.
Resposta:
A alternativa correta é E)
A divisão da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial foi um marco geopolítico que refletiu diretamente as tensões entre as potências vitoriosas. O território alemão foi dividido em zonas de ocupação controladas pelos Aliados — Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e França —, mas essa partilha rapidamente se tornou um palco de disputa ideológica entre o bloco capitalista, liderado pelos EUA, e o bloco socialista, sob influência soviética.
A alternativa correta, E), destaca que a criação da República Democrática Alemã (RDA), alinhada à URSS, e da República Federal Alemã (RFA), vinculada ao Ocidente, simbolizou a consolidação da bipolaridade no continente europeu. Essa divisão não foi apenas territorial, mas também política e econômica, evidenciando como a Guerra Fria redefiniu fronteiras e alianças. Enquanto a RFA adotou um sistema capitalista e integrou-se à OTAN, a RDA tornou-se um Estado socialista sob a esfera de Moscou, reforçando a divisão entre Leste e Oeste.
As demais alternativas apresentam equívocos históricos. A zona francesa, por exemplo, não teve como objetivo principal amenizar o revanchismo (A), mas garantir influência na reconstrução alemã. O controle dos Aliados sobre a Alemanha (B) visava desmilitarização e desnazificação, não apenas conter expansionismos. A atuação britânica (C) não apoiava a URSS, mas equilibrava interesses ocidentais. Por fim, as zonas de influência (D) refletiam preocupações com a URSS, não com os Bálcãs.
Portanto, a divisão alemã foi um reflexo direto da rivalidade EUA-URSS, materializando no mapa europeu a nova ordem mundial do pós-guerra.
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