Questões Sobre Segunda Grande Guerra - História - concurso

O texto apresentado aborda o contexto econômico e político do pós-Segunda Guerra Mundial, destacando a devastação causada pelo conflito e os desafios enfrentados pelas nações europeias, tanto aliadas quanto derrotadas. Nesse cenário, é importante analisar a afirmação sobre o Plano Marshall e sua relação com a União Soviética e seus países satélites.

Apesar de Estados Unidos e União Soviética terem sido aliados durante a Segunda Guerra, as divergências ideológicas e políticas entre os dois blocos se intensificaram no pós-guerra, dando início à Guerra Fria. O Plano Marshall, criado em 1947, foi uma iniciativa norte-americana para auxiliar na reconstrução da Europa Ocidental, com o objetivo não apenas de revitalizar economias devastadas, mas também de conter a influência soviética no continente.

O programa de ajuda foi oferecido a todos os países europeus, incluindo aqueles sob influência soviética. No entanto, a URSS, desconfiada das intenções dos EUA, rejeitou a participação no plano e pressionou seus aliados a fazerem o mesmo. Dessa forma, os países do bloco oriental não foram beneficiados pelo Plano Marshall, evidenciando a divisão geopolítica que marcou o período.

Portanto, a afirmação de que o Plano Marshall contemplou os países satélites da União Soviética está incorreta, uma vez que a ajuda foi direcionada principalmente às nações da Europa Ocidental, alinhadas aos interesses norte-americanos. A resposta correta é E) ERRADO.

O texto apresentado evidencia claramente os impactos devastadores da Segunda Guerra Mundial sobre a economia europeia, reforçando a ideia de que o continente não teria condições de se recuperar apenas com seus próprios recursos. A destruição física, as perdas humanas e a alteração na posição da Europa no comércio global são fatores que corroboram essa afirmação.

Conforme destacado no trecho, o PIB per capita dos aliados europeus após a guerra correspondia a menos de 80% do valor de 1939, com alguns países registrando índices inferiores aos da década de 1920. Além disso, a capacidade de financiar importações essenciais para a reconstrução — como alimentos, matérias-primas e equipamentos tecnológicos — estava comprometida, agravada pelo isolamento comercial imposto pela Guerra Fria.

Diante desse cenário, é correto afirmar que a Europa, fragilizada em múltiplas dimensões, necessitava de auxílio externo para sua reconstrução. Portanto, a afirmação apresentada no item está correta (C), pois está em consonância com as informações fornecidas pelo texto.

O texto apresentado aborda o contexto econômico do pós-Segunda Guerra Mundial, destacando a devastação causada pelo conflito e as dificuldades enfrentadas pelas nações europeias para se reconstruírem. Nesse cenário, a conferência de Bretton Woods emerge como um marco fundamental na reorganização das relações monetárias internacionais.

É correto afirmar que Harry Dexter White e John Maynard Keynes tiveram papel de destaque nessa conferência, representando as autoridades monetárias dos Estados Unidos e do Reino Unido, respectivamente. Ambos trabalharam na elaboração de propostas para estabelecer um novo sistema financeiro internacional, que incluía a criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Essas instituições visavam promover a estabilidade econômica e fomentar investimentos globais no período pós-guerra.

Portanto, a afirmação sobre o papel de White e Keynes na conferência de Bretton Woods está correta (C), pois eles foram figuras centrais na construção do novo ordenamento monetário internacional que buscava evitar crises como as que antecederam a Segunda Guerra Mundial.

A respeito da questão dos Bálcãs, julgue (C ou E) os próximos itens.

Embora, em aparência, os Bálcãs não estivessem diretamente envolvidos nos acontecimentos que levaram à Segunda Guerra Mundial, verifica-se que a influência da Alemanha nazista e da Itália fascista nos Estados da região favoreceu o avanço das tropas de Hitler na direção de Moscou.

• C) CERTO
• E) ERRADO

O gabarito correto é C.

Em 1942, os estúdios Disney lançaram o desenho "Alô Amigos", introduzindo o personagem Zé Carioca, seguido por "The Three Caballeros" (conhecido no Brasil como "Você já foi à Bahia?") em 1944. Essas animações retratavam o Brasil e a América Latina de maneira caricata, utilizando estereótipos simpáticos, mas simplificados. Para compreender o propósito por trás dessas produções, é essencial analisar o contexto histórico em que foram criadas.

A alternativa correta é A) A Segunda Guerra Mundial e a política de boa vizinhança. Durante esse período, os Estados Unidos buscavam fortalecer laços com os países latino-americanos para garantir apoio estratégico e evitar influências do Eixo na região. A chamada "Política de Boa Vizinhança", promovida pelo presidente Franklin D. Roosevelt, incluía iniciativas culturais para aproximar as nações. Walt Disney, como parte desse esforço, produziu animações que exaltavam aspectos folclóricos e culturais da América Latina, ainda que de forma estereotipada, com o intuito de promover uma imagem positiva e unificadora.

As outras alternativas não se aplicam ao contexto específico das produções. A Guerra Fria (B) e a Crise dos Mísseis (Cuba) ocorreram posteriormente, enquanto a política do "Big Stick" (C) e o populismo (D) são associados a períodos e estratégias distintas da política externa norte-americana. Portanto, a relação direta entre os desenhos da Disney e a política de boa vizinhança durante a Segunda Guerra Mundial é a chave para entender sua criação e mensagem.

O trecho de Günter Grass em Meu Século apresenta uma reflexão profunda sobre a identidade nacional em um momento histórico específico: a partida de futebol entre as duas Alemanhas durante a Copa do Mundo de 1974. O narrador, preso na penitenciária de Colônia-Ossendorf, descreve o conflito interno gerado por esse confronto esportivo, que simbolizava a divisão política do país após a Segunda Guerra Mundial. A dúvida — "Torcer para quem? Eu ou eu torci para quem?" — revela a crise de pertencimento causada pela existência de duas Alemanhas: a República Federal da Alemanha (RFA, ocidental) e a República Democrática Alemã (RDA, oriental), fruto da Guerra Fria.

A alternativa correta, portanto, é a C), pois o texto aborda diretamente a divisão alemã durante o período da Guerra Fria. O evento esportivo serve como metáfora para a fragmentação identitária imposta pela geopolítica do pós-guerra, quando o país foi dividido em zonas de influência capitalista e socialista. Grass captura o paradoxo de um povo que, apesar de compartilhar história, cultura e língua, via-se obrigado a escolher entre dois lados políticos antagônicos. A partida entre as duas seleções alemãs materializava essa cisão, transformando o futebol em um palco de tensões ideológicas.

As demais alternativas não se aplicam ao contexto: a política nazista (A) pertencia a um período anterior; o aumento da criminalidade (B) e os imigrantes (D) são temas alheios ao trecho; e a despolitização do esporte (E) contradiz o teor do texto, que justamente evidencia o peso político do evento. A obra de Grass, assim, utiliza o futebol como espelho das contradições de uma nação dividida.

Análise da questão sobre a Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi um dos conflitos mais marcantes da história, com consequências geopolíticas que moldaram o século XX. A questão apresentada aborda aspectos fundamentais desse período, solicitando a identificação da alternativa incorreta.

A alternativa A) está correta, pois o Tratado de Versalhes (1919) realmente impôs duras condições à Alemanha, incluindo pesadas indenizações e perdas territoriais. Essas medidas contribuíram para a crise econômica e o sentimento de revanchismo que facilitaram a ascensão do nazismo.

A alternativa B), indicada como incorreta, de fato apresenta um erro histórico. O ataque a Pearl Harbor ocorreu em 1941, enquanto a guerra começou em 1939 com a invasão da Polônia pela Alemanha. Portanto, esse evento marcou a entrada dos EUA no conflito, mas não foi seu estopim.

A alternativa C) está correta ao descrever os dois principais blocos beligerantes: o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e os Aliados (com destaque para Reino Unido, URSS, EUA e França).

Por fim, a alternativa D) também está correta, pois sintetiza importantes consequências do pós-guerra: a divisão da Alemanha, a criação da ONU em 1945 e o início da Guerra Fria entre as novas superpotências.

Portanto, a resposta correta é de fato B), por apresentar uma relação causal equivocada entre o ataque a Pearl Harbor e o início da Segunda Guerra Mundial.

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi um marco decisivo na história do século XX, redefinindo a ordem global e estabelecendo novas dinâmicas de poder. Entre os eventos que moldaram o pós-guerra, a Conferência de Teerã (1943) destacou-se como um momento crucial para o reconhecimento da União Soviética como potência central na derrota do nazismo.

A opção correta, E), afirma que a URSS teve seu papel reforçado internacionalmente nessa conferência, consolidando sua influência no Leste Europeu. Essa afirmação está alinhada com os fatos históricos, uma vez que a Conferência de Teerã reuniu os líderes das três grandes potências aliadas — Stalin (URSS), Roosevelt (EUA) e Churchill (Reino Unido) — e estabeleceu as bases para a cooperação militar e política que levaria à vitória sobre a Alemanha nazista.

Além disso, a URSS assegurou, de fato, uma esfera de influência nos territórios libertados do Leste Europeu, o que se concretizaria após a guerra com a formação de governos alinhados a Moscou. Esse cenário contrasta com as outras alternativas apresentadas:

• A) A divisão da Alemanha e a internacionalização de Berlim foram definidas posteriormente, na Conferência de Potsdam (1945), não correspondendo totalmente à descrição da alternativa.
• B) O Pacto Germano-Soviético (1939) não retardou a guerra, mas, ao contrário, permitiu a invasão da Polônia por Hitler, precipitando o conflito.
• C) A "Paz Armada" refere-se ao período pré-Primeira Guerra Mundial, não à política de Hitler, que foi claramente expansionista.
• D) A Liga das Nações demonstrou fraqueza diante da anexação da Áustria (Anschluss, 1938), e França e Inglaterra não romperam relações diplomáticas com a Alemanha na ocasião.

Portanto, a alternativa E) é a única que reflete com precisão os desdobramentos históricos, destacando o papel central da União Soviética na derrota do nazismo e sua consequente ascensão como potência global no pós-guerra.

O trecho apresentado aborda o contexto histórico que antecedeu a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial em 1942, destacando os fatores que levaram ao rompimento da neutralidade brasileira. A análise das alternativas permite compreender a complexidade da posição do governo brasileiro no período.

A alternativa D) é a correta, pois reflete a postura ambivalente adotada pelo Brasil antes de se alinhar definitivamente aos Aliados. O governo de Getúlio Vargas, inicialmente, manteve uma posição neutra, buscando equilibrar relações tanto com os países do Eixo (Alemanha e Itália) quanto com os Estados Unidos. Essa ambiguidade era estratégica: por um lado, o Brasil mantinha acordos comerciais com a Alemanha nazista, que era um importante parceiro econômico na época; por outro, sofria pressões diplomáticas e econômicas dos EUA, que buscavam garantir o apoio brasileiro aos Aliados.

O empréstimo para a construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda, mencionado no texto, exemplifica a crescente dependência brasileira em relação aos Estados Unidos. Esse acordo, somado ao ataque japonês a Pearl Harbor em 1941, acelerou a decisão do Brasil de abandonar sua neutralidade e aderir ao bloco Aliado. Portanto, a posição ambígua do governo brasileiro, descrita na alternativa D), foi uma fase transitória, influenciada por interesses econômicos e pressões geopolíticas, antes do alinhamento definitivo com os EUA e seus aliados.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o cenário político e econômico internacional passou por profundas transformações, marcadas pelo surgimento de uma nova ordem global. A globalização, fenômeno que se intensificou a partir desse período, trouxe consigo uma série de mudanças que redefiniram as relações entre nações, culturas e economias. Entre as alternativas apresentadas, a opção E) é a que melhor sintetiza um dos impactos mais evidentes desse processo.

A globalização, de fato, contribuiu para a massificação da sociedade, especialmente por meio da disseminação de eventos culturais de grande escala e do poder crescente dos meios de comunicação. A indústria cultural expandiu-se globalmente, criando produtos e eventos que transcendem fronteiras, como shows internacionais, blockbusters cinematográficos e competições esportivas de alcance mundial. Esses fenômenos não apenas geram lucros milionários, mas também moldam hábitos, valores e comportamentos em escala planetária.

Além disso, os meios de comunicação assumiram um papel central nesse processo, atuando como vetores de difusão de informações, ideias e tendências. A televisão, o rádio e, posteriormente, a internet, permitiram que mensagens e conteúdos culturais fossem compartilhados instantaneamente, aproximando sociedades distintas e criando uma cultura globalizada. Essa dinâmica reforçou a padronização de costumes e o consumo em massa, características marcantes da sociedade contemporânea.

Embora a globalização tenha tido outros efeitos, como a reconfiguração do poder econômico e político, a alternativa E) destaca um aspecto fundamental: sua influência na cultura e na comunicação, elementos que transformaram profundamente a maneira como as pessoas interagem e se percebem no mundo atual.