Questões Sobre Segunda Grande Guerra - História - concurso

Entre os anos da II Guerra Mundial, da Guerra Fria e da política internacional de desarmamento, verifica-se, no que diz respeito às armas nucleares, uma dinâmica complexa e contraditória. Apesar dos esforços globais para conter a proliferação nuclear, observa-se uma crescente ampliação da tecnologia atômica entre países em desenvolvimento, mesmo durante períodos de vigência de políticas de desarmamento.

A alternativa correta, neste contexto, é a letra D. Isso porque, historicamente, enquanto as potências tradicionais discutiam limites para seus arsenais, várias nações em desenvolvimento buscaram dominar a tecnologia nuclear, seja para fins energéticos ou militares. Essa expansão ocorreu mesmo sob acordos internacionais que visavam justamente frear tal cenário.

As demais alternativas apresentam equívocos históricos relevantes. Os EUA, por exemplo, expandiram seu arsenal atômico, mas não exclusivamente sob a alegação de autodefesa (A). O uso de armas nucleares durante a Guerra Fria foi evitado, graças à Doutrina da Destruição Mútua Assegurada (B). A destruição dos arsenais russos após a queda da URSS não foi completa (C). Por fim, não há registros confiáveis de uso de armas nucleares por grupos terroristas afegãos ou paquistaneses (E).

Portanto, a alternativa D reflete com precisão a realidade da proliferação nuclear no cenário internacional contemporâneo, marcado pela contradição entre discursos de paz e práticas de fortalecimento militar.

O acordo político estabelecido entre Adolf Hitler e a URSS no contexto que antecede a invasão da Polônia, durante o período da Segunda Guerra Mundial, foi o Pacto Molotov-Ribbentrop.

Assinado em 23 de agosto de 1939, esse pacto foi um tratado de não-agressão entre a Alemanha nazista e a União Soviética, nomeado em referência aos ministros das Relações Exteriores dos dois países: Vyacheslav Molotov (URSS) e Joachim von Ribbentrop (Alemanha). O acordo incluía cláusulas secretas que definiam a divisão de esferas de influência na Europa Oriental, especialmente sobre territórios poloneses, bálticos e finlandeses.

Apesar das profundas diferenças ideológicas entre nazismo e comunismo, o pacto permitiu que Hitler evitasse uma guerra em duas frentes ao assegurar a neutralidade soviética, enquanto a URSS ganhava tempo para se preparar militarmente e expandir sua zona de influência. A invasão da Polônia pela Alemanha em 1º de setembro de 1939 — seguida pela ocupação soviética da parte oriental do país em 17 de setembro — marcou o início da Segunda Guerra Mundial e foi diretamente facilitada por esse acordo.

As outras opções apresentadas não correspondem ao contexto histórico:

• A) Acordo de Stalingrado: Relaciona-se à batalha decisiva na Frente Oriental (1942-1943), muito posterior ao pacto.
• C) Tratado de Kiev: Não possui relevância no cenário diplomático pré-guerra.
• D) Pacto de Rundstedt: Nome fictício ou equivocado, sem base histórica.
• E) Tratado de Barbarossa: Refere-se à Operação Barbarossa (1941), a invasão alemã da URSS, que rompeu o Pacto Molotov-Ribbentrop.

Portanto, a alternativa correta é B) Pacto Molotov-Ribbentrop, um marco da realpolitik que redefiniu alianças e acelerou o conflito global.

O trecho citado de Eric Hobsbawm em A Era dos Extremos refere-se ao período conhecido como Guerra Fria, que se estendeu da segunda metade do século XX e foi marcado pelo embate ideológico, político e militar entre os Estados Unidos e a União Soviética. A alternativa correta é a E, pois o autor descreve esse conflito como uma "Terceira Guerra Mundial peculiar", destacando sua natureza atípica, em que o risco de um confronto direto e global era constante, mas nunca se materializou em uma guerra aberta entre as superpotências.

A Guerra Fria foi caracterizada pela disputa de influência em regiões estratégicas, a corrida armamentista nuclear — que criou o chamado "equilíbrio do terror" — e conflitos indiretos, como a Guerra da Coreia, a Crise dos Mísseis em Cuba e a Guerra do Vietnã. No entanto, diferentemente das duas guerras mundiais anteriores, não houve um embate militar direto entre os EUA e a URSS, o que justifica a descrição de Hobsbawm de que não existia um "perigo iminente de guerra mundial".

As demais alternativas apresentam eventos históricos relevantes, mas não correspondem ao contexto abordado no trecho. A Guerra da Coreia (A) e o Bloqueio de Berlim (B) foram episódios específicos da Guerra Fria, enquanto a Crise dos Mísseis (C) ocorreu posteriormente. Já a Guerra do Golfo (D) foi um conflito regional no final do século XX, sem relação direta com a bipolaridade da Guerra Fria.

A Batalha de Stalingrado, ocorrida entre 1942 e 1943, foi um dos episódios mais decisivos da Segunda Guerra Mundial. Analisando as afirmativas apresentadas, é possível identificar os aspectos corretos e incorretos sobre esse evento histórico.

A afirmativa I está incorreta, pois a entrada da União Soviética na guerra não foi resultado do fracasso do Pacto Germano-Soviético, mas sim da invasão alemã em 1941, durante a Operação Barbarossa. Além disso, Stalingrado não foi o ponto inicial da entrada soviética no conflito.

A afirmativa II está correta, pois a Batalha de Stalingrado foi um marco crucial na guerra, marcando a primeira grande derrota alemã no front oriental e consolidando a URSS como uma potência militar e política, abrindo caminho para seu status de superpotência no pós-guerra.

A afirmativa III está incorreta, já que a vitória soviética em Stalingrado teve profundo impacto tanto no moral das tropas aliadas quanto na posição geopolítica da URSS, fortalecendo sua influência no cenário mundial.

A afirmativa IV está correta, pois um dos principais objetivos estratégicos da Alemanha na campanha era assegurar o controle dos campos petrolíferos do Cáucaso, sendo Stalingrado um obstáculo crucial nessa rota.

Portanto, a alternativa correta é C) Somente II e IV estão corretas, conforme indicado no gabarito.

A Segunda Guerra Mundial foi um dos conflitos mais devastadores da história, envolvendo nações de todos os continentes e resultando em milhões de vítimas. O Brasil, inicialmente neutro, teve sua postura alterada ao longo do conflito, culminando em uma participação ativa ao lado dos Aliados.

No início da guerra, o governo brasileiro adotou uma posição de neutralidade, influenciado por relações comerciais com a Alemanha nazista e pela política externa pragmática da época. No entanto, após ataques a navios brasileiros por submarinos alemães e intensa pressão diplomática dos Estados Unidos, o Brasil rompeu relações com o Eixo em 1942 e declarou guerra no mesmo ano.

A opção correta é a C), pois o Brasil não apenas declarou guerra ao Eixo, mas também enviou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) para combater na Itália. A FEB, integrada ao 5º Exército dos EUA, participou de importantes campanhas, como a tomada de Monte Castelo, demonstrando o comprometimento do país com a causa aliada.

As outras alternativas estão incorretas porque:

• A) O Brasil não manteve neutralidade durante todo o conflito, rompendo com o Eixo em 1942.
• B) O Brasil nunca se aliou ao Eixo, apesar de relações comerciais iniciais.
• D) O continente americano foi sim ameaçado, com ataques a navios e bases no Brasil.
• E) O Brasil enviou tropas, contrariando a suposta postura não-belicista.

A participação brasileira na Segunda Guerra marcou uma virada na política externa do país, aproximando-o definitivamente dos Estados Unidos e das potências democráticas ocidentais no pós-guerra.

A Segunda Guerra Mundial foi um dos conflitos mais marcantes do século XX, deixando um legado de transformações geopolíticas, econômicas e sociais que ainda reverberam nos dias atuais. Entre as alternativas apresentadas, a única correta é a A), que afirma que a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é um dos desdobramentos da guerra e continua ativa, como demonstrado em sua atuação durante a Crise na Líbia.

A OTAN foi criada em 1949 como uma aliança militar defensiva entre países ocidentais, em resposta à crescente tensão da Guerra Fria e à ameaça representada pela União Soviética. Sua formação está diretamente ligada ao contexto pós-Segunda Guerra, quando as potências vencedoras buscaram estabelecer um sistema de segurança coletiva para evitar novos conflitos em escala global. A participação da OTAN em crises contemporâneas, como na Líbia, comprova sua relevância contínua no cenário internacional.

As demais alternativas apresentam informações incorretas. A Alemanha saiu devastada da guerra (não fortalecida), a bomba de Hiroshima foi lançada pelos EUA (não pelo Japão), não houve aliança entre Inglaterra e Alemanha que prejudicasse a França, e Mussolini (da Itália) e Roosevelt (dos EUA) estavam em lados opostos durante o conflito. Portanto, a alternativa A) é a única que reflete com precisão um dos legados duradouros da Segunda Guerra Mundial.

Os anos posteriores à Segunda Guerra Mundial foram marcados por uma intensa polarização geopolítica entre as duas superpotências da época: os Estados Unidos e a União Soviética. Nesse contexto, a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 1949 e do Pacto de Varsóvia em 1955 representou a consolidação de alianças militares antagônicas, que refletiam a divisão do mundo em blocos capitalista e socialista.

A alternativa B) está correta, pois ambos os pactos militares contribuíram diretamente para a escalada da Corrida Armamentista durante a Guerra Fria. A OTAN, liderada pelos Estados Unidos, e o Pacto de Varsóvia, sob comando soviético, estabeleceram uma dinâmica de confronto indireto que levou ao acúmulo de arsenais nucleares por ambas as partes, colocando o mundo sob a constante ameaça de um conflito nuclear em larga escala.

As demais alternativas apresentam imprecisões históricas:

• A) A OTAN não tinha como objetivo principal apaziguar conflitos em Berlim, mas sim conter a expansão soviética na Europa Ocidental.
• C) Os pactos não foram estabelecidos simultaneamente - a OTAN precedeu o Pacto de Varsóvia em seis anos.
• D) O Pacto de Varsóvia era essencialmente uma aliança militar, não um bloco econômico como sugerido.

Portanto, a afirmação que melhor caracteriza o papel dessas alianças no contexto da Guerra Fria é a que destaca seu envolvimento na Corrida Armamentista, tornando a alternativa B) a correta.

A divisão da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial foi um marco geopolítico que refletiu diretamente as tensões entre as potências vitoriosas. O território alemão foi dividido em zonas de ocupação controladas pelos Aliados — Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e França —, mas essa partilha rapidamente se tornou um palco de disputa ideológica entre o bloco capitalista, liderado pelos EUA, e o bloco socialista, sob influência soviética.

A alternativa correta, E), destaca que a criação da República Democrática Alemã (RDA), alinhada à URSS, e da República Federal Alemã (RFA), vinculada ao Ocidente, simbolizou a consolidação da bipolaridade no continente europeu. Essa divisão não foi apenas territorial, mas também política e econômica, evidenciando como a Guerra Fria redefiniu fronteiras e alianças. Enquanto a RFA adotou um sistema capitalista e integrou-se à OTAN, a RDA tornou-se um Estado socialista sob a esfera de Moscou, reforçando a divisão entre Leste e Oeste.

As demais alternativas apresentam equívocos históricos. A zona francesa, por exemplo, não teve como objetivo principal amenizar o revanchismo (A), mas garantir influência na reconstrução alemã. O controle dos Aliados sobre a Alemanha (B) visava desmilitarização e desnazificação, não apenas conter expansionismos. A atuação britânica (C) não apoiava a URSS, mas equilibrava interesses ocidentais. Por fim, as zonas de influência (D) refletiam preocupações com a URSS, não com os Bálcãs.

Portanto, a divisão alemã foi um reflexo direto da rivalidade EUA-URSS, materializando no mapa europeu a nova ordem mundial do pós-guerra.

A decisão de Walter LaGrands de desafiar a justiça americana e a governadora do Arizona, optando pela execução na câmara de gás, pode ser interpretada como uma estratégia simbólica profundamente ligada aos eventos da Segunda Guerra Mundial. O texto menciona que Walter e seu irmão Karl nasceram na Alemanha, um país cuja história recente foi marcada pelo uso de câmaras de gás em campos de extermínio durante o Holocausto. Ao escolher esse método de execução, Walter não apenas confrontou o sistema penal americano, mas também evocou um dos capítulos mais sombrios da história alemã, no qual a morte por gás foi utilizada como instrumento de extermínio em massa.

Essa conexão histórica sugere que Walter estava ciente do peso simbólico de sua decisão. Ao recusar a injeção letal e exigir a câmara de gás, ele transformou sua execução em um ato político, forçando as autoridades americanas a encararem as implicações morais de um método associado aos crimes nazistas. A governadora do Arizona, Jane Hall, ao permitir que a execução prosseguisse, ignorou essa dimensão histórica, mas a escolha de Walter revela uma tentativa de vincular sua morte a um passado que ainda assombra a consciência coletiva.

Portanto, a alternativa correta é C) compõem a Segunda Guerra Mundial, pois a decisão de Walter estava intrinsecamente ligada ao conhecimento dos fatos históricos relacionados ao uso de câmaras de gás durante esse conflito. Sua estratégia foi uma forma de resistência simbólica, utilizando o próprio método de execução como denúncia contra a pena capital e como lembrete de um passado que não deve ser repetido.

O texto apresentado aborda a perseguição a criminosos nazistas na atualidade e, em seguida, propõe uma questão sobre as características do nazismo alemão no século XX. Analisando as afirmativas, podemos identificar quais estão corretas:

Afirmativa I: Correta. O governo nazista, de fato, promoveu um forte crescimento econômico, especialmente na indústria bélica, reduzindo o desemprego e desrespeitando as imposições do Tratado de Versalhes.

Afirmativa II: Incorreta. Hitler não foi eleito presidente da Alemanha em 1934, mas sim nomeado chanceler em 1933. O título de Führer foi adotado posteriormente, após a morte do presidente Hindenburg, consolidando seu poder absoluto.

Afirmativa III: Correta. O termo III Reich faz referência à continuidade histórica dos impérios germânicos, conforme descrito no enunciado.

Afirmativa IV: Incorreta. O nazismo não apenas pregava a superioridade da raça ariana, mas também defendia a dominação e até o extermínio das "raças inferiores", como ocorreu no Holocausto.

Portanto, as afirmativas corretas são I e III, correspondendo à alternativa C).