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Em Apologia da história, depois de afirmar que o modelo das ciências da natureza não se aplica à história, Marc Bloch discorre sobre a especificidade da ciência dos homens no tempo e defende a ideia de que cabe ao historiador

Em Apologia da história, depois de afirmar que o modelo das ciências da natureza não se aplica à história, Marc Bloch discorre
sobre a especificidade da ciência dos homens no tempo e defende a ideia de que cabe ao historiador

Resposta:

A alternativa correta é C)

Em Apologia da história, Marc Bloch estabelece uma distinção fundamental entre a metodologia das ciências naturais e a prática historiográfica. Ao rejeitar a aplicação do modelo científico tradicional à história, ele enfatiza a singularidade daquilo que chama de ciência dos homens no tempo. Essa abordagem não se limita à mera coleta passiva de dados ou à reprodução literal dos eventos passados, mas exige uma postura ativa por parte do historiador.

A alternativa correta (C) reflete precisamente o cerne do pensamento de Bloch: o historiador deve formular perguntas aos documentos e forçá-los a dar respostas. Essa perspectiva rompe com a visão ingênua de que os documentos falam por si mesmos ou que a história consiste em uma narrativa objetiva e desinteressada. Pelo contrário, o trabalho do historiador é interrogativo e interpretativo, envolvendo um diálogo crítico com as fontes.

As demais alternativas representam concepções que Bloch rejeita explicitamente:

  • A) A submissão passiva à "evidência" dos documentos ignora que toda fonte é produto de um contexto e requer análise crítica;
  • B) A descrição fiel dos acontecimentos desconsidera que o registro histórico é sempre uma construção;
  • D) O isolamento do presente é impossível e indesejável, pois o historiador é um homem de seu tempo;
  • E) A tentativa de eliminar a subjetividade nega a natureza interpretativa do conhecimento histórico.

Portanto, a resposta correta (C) sintetiza a essência da metodologia proposta por Bloch: a história como um processo ativo de questionamento, onde o documento não é um fim em si mesmo, mas um meio para reconstruir criticamente o passado.

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