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Leia o texto a seguir:     A História pode ser vista analogamente ao que temos em um carro. O para-brisa apontando o futuro e os espelhos retrovisores para o passado como referências. Sendo assim, a Teoria da História reporta aqueles que decidiram seguir este ofício da docência em História como um importante instrumento, pois, por meio dela, é que os fatos, as evidências e a existência do ser humano, enquanto constructo social, se faz.   Considerando o caput introdutório da questão como motivador para tema central apresentado, analise os itens a seguir, julgue-os colocando C para os que forem Corretos e E para os que forem Errados, e em seguida assinale a alternativa que corresponda a estes julgamentos. I. A teoria da história pode ser denominada como uma subdisciplina da história. Por sua vez esta teoria procura compreender as diversas formulações do conhecimento histórico. Por não existir uma concepção única e consensual para a análise do passado, as diversas teorias da história alimentam debates constantes entre os defensores de diversas concepções.II. No século XIX, a aplicação do pensamento formulado por Auguste Comte, na área de análise histórica, acreditava que os pesquisadores deveriam encontrar o fator que determinasse a verdadeira história: ela seria algo indiscutível e localizada por meio dos documentos governamentais que jamais estariam errados, com omissões, ou deturpados. De acordo com tal forma de análise, apenas as histórias militares e políticas teriam importância de serem verificadas. Após a localização dos fatos do passado, deveriam ser criadas leis gerais que explicassem todos os dados coletados. A quantidade de leis deveria ser a mínima possível, até se alcançar uma lei única e universal. III. O positivismo revela a necessidade de uma pesquisa científica e metódica nas ciências sociais, fruto e tentativa de aplicação do mesmo que ocorre nas demais ciências a partir do século XIX. Até então, as narrativas históricas se limitavam a textos que misturavam credos religiosos com possíveis realidades, impossibilitando de serem separados um do outro, ou mesmo narrativas de pessoas de destaque que tivessem presenciado os ocorridos. IV. O positivismo na atualidade (Séc. XXI) encontra pouca receptividade dos historiadores. No entanto, é digna a sua lembrança já que, pela primeira vez, existe a preocupação de se desenvolver narrativas históricas seguindo determinados critérios. V. A Escola dos Annales trata de uma linha historiográfica surgida na França por meio da revista Annales d’histoire économique et sociale, criada por Marc Bloch e Lucien Febvre. Os dois autores fundadores de tal publicação achavam insuficientes as formas com que a História era tratada até então. Apesar disso, não foram os primeiros a proporem novas abordagens, nem receberam a fama de forma indevida. Bebendo das fontes de diversos autores, compilam uma forma própria de análise do passado. VI. Nova História é corrente historiográfica surgida nos anos 1970 e correspondente à terceira geração da chamada Escola dos Annales. Seu nome derivou da publicação da obra “Fazer a História”, em três volumes, organizada pelos historiógrafos Jacques Le Goff e Pierre Nora, seus principais expoentes na França. 

Leia o texto a seguir:  
   A História pode ser vista analogamente ao
que temos em um carro. O para-brisa apontando o
futuro e os espelhos retrovisores para o passado
como referências. Sendo assim, a Teoria da
História reporta aqueles que decidiram seguir este
ofício da docência em História como um
importante instrumento, pois, por meio dela, é que
os fatos, as evidências e a existência do ser
humano, enquanto constructo social, se faz. 
  Considerando o caput introdutório da
questão como motivador para tema central
apresentado, analise os itens a seguir, julgue-os
colocando C para os que forem Corretos e E para
os que forem Errados, e em seguida assinale a
alternativa que corresponda a estes julgamentos. 
I. A teoria da história pode ser denominada como
uma subdisciplina da história. Por sua vez esta
teoria procura compreender as diversas
formulações do conhecimento histórico. Por não
existir uma concepção única e consensual para a
análise do passado, as diversas teorias da história alimentam debates constantes entre os defensores
de diversas concepções.
II. No século XIX, a aplicação do pensamento
formulado por Auguste Comte, na área de análise
histórica, acreditava que os pesquisadores deveriam
encontrar o fator que determinasse a verdadeira
história: ela seria algo indiscutível e localizada por
meio dos documentos governamentais que jamais
estariam errados, com omissões, ou deturpados. De
acordo com tal forma de análise, apenas as histórias
militares e políticas teriam importância de serem
verificadas. Após a localização dos fatos do
passado, deveriam ser criadas leis gerais que
explicassem todos os dados coletados. A
quantidade de leis deveria ser a mínima possível,
até se alcançar uma lei única e universal. 
III. O positivismo revela a necessidade de uma
pesquisa científica e metódica nas ciências sociais,
fruto e tentativa de aplicação do mesmo que ocorre
nas demais ciências a partir do século XIX. Até
então, as narrativas históricas se limitavam a textos
que misturavam credos religiosos com possíveis
realidades, impossibilitando de serem separados um
do outro, ou mesmo narrativas de pessoas de
destaque que tivessem presenciado os ocorridos. 
IV. O positivismo na atualidade (Séc. XXI)
encontra pouca receptividade dos historiadores. No
entanto, é digna a sua lembrança já que, pela
primeira vez, existe a preocupação de se
desenvolver narrativas históricas seguindo
determinados critérios. 
V. A Escola dos Annales trata de uma linha
historiográfica surgida na França por meio da
revista Annales d’histoire économique et sociale,
criada por Marc Bloch e Lucien Febvre. Os dois
autores fundadores de tal publicação achavam
insuficientes as formas com que a História era
tratada até então. Apesar disso, não foram os
primeiros a proporem novas abordagens, nem
receberam a fama de forma indevida. Bebendo das
fontes de diversos autores, compilam uma forma
própria de análise do passado. 
VI. Nova História é corrente historiográfica surgida
nos anos 1970 e correspondente à terceira geração
da chamada Escola dos Annales. Seu nome derivou
da publicação da obra “Fazer a História“, em três
volumes, organizada pelos historiógrafos Jacques
Le Goff e Pierre Nora, seus principais expoentes na
França. 

Resposta:

A alternativa correta é B)

O texto apresentado aborda a Teoria da História e suas diferentes correntes, destacando a importância da reflexão sobre o passado e as metodologias utilizadas para interpretá-lo. A analogia inicial entre a História e um carro, com o para-brisa voltado para o futuro e os retrovisores para o passado, ilustra a necessidade de olhar para trás como forma de compreender e projetar o caminho adiante.

O primeiro item (I) está correto ao afirmar que a Teoria da História é uma subdisciplina que busca entender as diversas formulações do conhecimento histórico. Como não há um consenso sobre como analisar o passado, os debates entre diferentes concepções são constantes, enriquecendo a disciplina.

O segundo item (II) também está correto ao descrever a influência do positivismo de Auguste Comte no século XIX. Essa corrente defendia a ideia de que a história deveria ser baseada em documentos oficiais infalíveis, priorizando eventos políticos e militares, e buscando leis universais que explicassem os fatos históricos.

O terceiro item (III) corretamente aponta que o positivismo trouxe uma abordagem mais científica e metódica para as ciências sociais, contrastando com narrativas anteriores que misturavam elementos religiosos e testemunhos pessoais sem critérios rigorosos.

O quarto item (IV) está correto ao mencionar que, embora o positivismo tenha pouca aceitação entre os historiadores contemporâneos, sua contribuição foi fundamental por introduzir a preocupação com critérios metodológicos na construção das narrativas históricas.

O quinto item (V) também está correto ao destacar a Escola dos Annales, fundada por Marc Bloch e Lucien Febvre. Essa corrente ampliou os horizontes da História, incorporando novas abordagens e influências de outros autores, sem pretender ser a única inovadora no campo.

Por fim, o sexto item (VI) está correto ao descrever a Nova História como uma corrente dos anos 1970, ligada à terceira geração dos Annales e impulsionada por obras como "Fazer a História", de Jacques Le Goff e Pierre Nora.

Portanto, a alternativa correta é a B) I - C; II - C; III - C; IV - C; V - C; VI - C, pois todos os itens estão de acordo com as concepções teóricas e históricas apresentadas.

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