Os ______ haviam “civilizado” a imagem do índio, injetando nele os padrões do cavalheirismo convencional. Os _________, ao contrário, procuraram nele e no negro o primitivismo, que injetaram nos padrões da civilização dominante como renovação e quebra das convenções acadêmicas. (Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.) As lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por
Os ______ haviam “civilizado” a imagem do índio, injetando nele os padrões do cavalheirismo convencional. Os _________, ao contrário, procuraram nele e no negro o primitivismo, que injetaram nos padrões da civilização dominante como renovação e quebra das convenções acadêmicas.
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)
As lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por
- A)românticos e simbolistas.
- B)árcades e simbolistas.
- C)árcades e modernistas.
- D)românticos e modernistas.
- E)simbolistas e modernistas.
Resposta:
A alternativa correta é D)
O trecho apresentado, retirado da obra Iniciação à literatura brasileira de Antonio Candido, aborda duas visões distintas sobre a representação do indígena e do negro na cultura brasileira. A primeira lacuna refere-se a um grupo que buscou "civilizar" a imagem do índio, atribuindo-lhe características do cavalheirismo europeu, enquanto a segunda lacuna menciona um movimento que valorizou o primitivismo como forma de renovação artística, rompendo com as convenções acadêmicas.
A alternativa correta para preencher as lacunas é a letra D) românticos e modernistas. Os românticos, no século XIX, idealizaram a figura do indígena, incorporando-a a uma visão nacionalista e heroica, alinhada aos ideais europeus. Já os modernistas, no século XX, buscaram resgatar as raízes primitivas da cultura brasileira, incluindo elementos indígenas e afro-brasileiros, como forma de contestar os padrões estéticos tradicionais e propor uma arte mais autêntica e inovadora.
Essa oposição entre romantismo e modernismo reflete a evolução do pensamento artístico e social no Brasil, marcando a transição de uma perspectiva idealizada para uma abordagem mais crítica e identitária.
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