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A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana, e vinha, Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. (…) Estupendas usuras nos mercados, Todos, os que não furtam, muito pobres, E eis aqui a Cidade da Bahia. (Gregório de Matos. “Descreve o que era realmente naquelle tempo a cidade da Bahia de mais enredada por menos confusa”, in Obra poética (org. James Amado), 1990.) O poema, escrito por Gregório de Matos no século XVII,

A cada canto um grande conselheiro,

Que nos quer governar cabana, e vinha,


Não sabem governar sua cozinha,

E podem governar o mundo inteiro.


(…)

Estupendas usuras nos mercados,

Todos, os que não furtam, muito pobres,

E eis aqui a Cidade da Bahia.

(Gregório de Matos. “Descreve o que era realmente naquelle tempo

a cidade da Bahia de mais enredada por menos confusa”,

in Obra poética (org. James Amado), 1990.)

O poema, escrito por Gregório de Matos no século XVII,

Resposta:

A alternativa correta é A)

O poema de Gregório de Matos, escrito no século XVII, é uma crítica mordaz à sociedade baiana da época, especialmente aos governantes e à corrupção que permeava a administração colonial. Através de uma linguagem satírica e irônica, o poeta expõe a hipocrisia daqueles que, incapazes de gerir suas próprias vidas, pretendem governar os outros. A referência à "Cidade da Bahia" como um lugar de injustiças e desigualdades sociais reforça a denúncia de um sistema corrupto e explorador.

A alternativa correta, A), destaca justamente essa representação satírica dos governantes e da desonestidade na Bahia colonial. Gregório de Matos não está defendendo a independência brasileira (opção B), nem se inspirando no neoclassicismo (opção C), muito menos antecipando preocupações modernistas (opção D) ou parnasianas (opção E). Sua poesia é, acima de tudo, um retrato ácido de seu tempo, marcado pela crítica social e política.

Assim, o poema transcende seu contexto histórico e permanece atual, pois a corrupção e a incompetência no poder são temas que, infelizmente, ainda ressoam na sociedade contemporânea. Gregório de Matos, com seu estilo irreverente e crítico, continua a nos lembrar dos perigos de um governo que não serve ao povo, mas a seus próprios interesses.

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