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               “Mãos dadas” – Carlos Drummond de Andrade Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria,o tempo presente, os homens presentes, a vida presente. (Carlos Drummond de Andrade, Obra Completa. Rio de Janeiro: Jose Aguilar, 1973, pág. 111). O adjetivo “taciturnos” usado por Drummond no poema “Mãos dadas” pode ser entendido como:

               “Mãos dadas” – Carlos Drummond de Andrade

Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da
janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,

não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria,o tempo presente, os homens

presentes,

a vida presente.

(Carlos Drummond de Andrade, Obra Completa. Rio de
Janeiro: Jose Aguilar, 1973, pág. 111). 

O adjetivo “taciturnos” usado por Drummond no poema
“Mãos dadas” pode ser entendido como:

Resposta:

A alternativa correta é C)

Ensaio sobre "Mãos dadas" – Carlos Drummond de Andrade

O poema "Mãos dadas", de Carlos Drummond de Andrade, é uma reflexão profunda sobre o presente e a conexão humana. O poeta rejeita tanto o passado decadente quanto um futuro idealizado, optando por se concentrar no "agora", na realidade concreta e nos laços que unem as pessoas. A escolha do adjetivo "taciturnos" para descrever seus companheiros revela uma característica essencial da condição humana: mesmo em silêncio, há esperança e solidariedade.

A palavra "taciturnos" (alternativa C) correta) sugere um estado de reserva, introspecção ou quietude, mas não de apatia. Drummond observa que, apesar do silêncio, seus companheiros nutrem "grandes esperanças". Essa aparente contradição entre o exterior calado e o interior fervilhante é justamente o que o poeta valoriza: a força contida no coletivo, mesmo quando não expressa em palavras.

Ao enfatizar o presente ("O presente é tão grande, não nos afastemos"), Drummond propõe uma poesia engajada com o agora, distante tanto do saudosismo quanto do futurismo vazio. O convite final – "vamos de mãos dadas" – simboliza a união e o apoio mútuo como antídotos contra a alienação e o desespero. O poema, portanto, é um manifesto pela presença autêntica no mundo e pela poesia como instrumento de conexão humana.

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