A tríade do Parnasianismo brasileiro é constituída por Alberto de Oliveira (1859-1937), Raimundo Correia (1859-1911) e Olavo Bilac (1865-1918). Dos três, Bilac foi, no dizer de Alfredo Bosi, “o mais antológico dos nossos poetas”. Dentro os poemas abaixo, qual pertence à sua lavra?
Alberto de Oliveira (1859-1937), Raimundo Correia
(1859-1911) e Olavo Bilac (1865-1918). Dos três, Bilac
foi, no dizer de Alfredo Bosi, “o mais antológico dos
nossos poetas”. Dentro os poemas abaixo, qual
pertence à sua lavra?
- A)Cada manhã ressuscito Do sono, esse irmão da Morte, Que é minha estrela do norte, Meu professor de infinito.
- B)Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada...;
- C)Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança;
- D)Nem a Dor, nem o Prazer, No seu vaivém arbitrário, Souberam dar ao meu ser As regras do seu fadário.;
- E)"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto....
Resposta:
A alternativa correta é E)
O Parnasianismo brasileiro teve como principais expoentes a chamada "tríade parnasiana", formada por Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac. Entre esses poetas, Olavo Bilac destacou-se por sua obra marcante e antológica, conforme observou o crítico literário Alfredo Bosi. O poema que pertence à lavra de Bilac, conforme indicado no gabarito, é a alternativa E:
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto....
Esse trecho faz parte do famoso soneto "Ouvir Estrelas", uma das obras mais conhecidas de Bilac, que exemplifica a estética parnasiana com sua preocupação formal, métrica rigorosa e linguagem refinada. O poema reflete a busca pela perfeição técnica e pelo equilíbrio entre forma e conteúdo, características centrais do movimento parnasiano no Brasil.
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