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        Essa poesia não logrou estabelecer-se em Portugal. Deorigem francesa, suas primeiras manifestações datam de1866, quando um editor parisiense publica uma coletânea depoemas; em 1871 e 1876, saem outras duas coletâneas. Ospoetas desse movimento literário pregam o princípio da Artepela Arte, isto é, defendem uma arte que não sirva a nada ea ninguém, uma arte inútil, uma arte voltada para si própria.A Arte procuraria a Beleza e a Verdade que existiriam nos seresconcretos, e não no sentimento do artista. Por isso, o belose confundiria com a forma que o reveste, e não com algoque existiria dentro dele. Daí vem que esses poetas sejamformalistas e preguem o cuidado da forma artística comoexigência preliminar. Para consegui-lo, defendem uma atitudede impassibilidade diante das coisas: não se emocionarjamais; antes, impessoalizar-se tanto quanto possível peladescrição dos objetos, via de regra inertes ou obedientes aosmovimentos próprios da Natureza (o fluxo e refluxo das ondasdo mar, o voo dos pássaros, etc.). Esteticistas, anseiamuma arte universalista.        Em Portugal, tentou-se introduzir esse movimento; certamente,impregnou alguns poetas, exerceu influência, masnão passou de prurido, que pouco alterou o ritmo literáriodo tempo. Na verdade, o modo fortuito como alguns se deixaramcontaminar da nova moda poética revelava apenasveleidade francófila, em decorrência de razões de gosto pessoalou de grupos restritos: faltou-lhes intuito comum.(Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1999. Adaptado.)As informações apresentadas no texto referem-se à literatura

        Essa poesia não logrou estabelecer-se em Portugal. De
origem francesa, suas primeiras manifestações datam de
1866, quando um editor parisiense publica uma coletânea de
poemas; em 1871 e 1876, saem outras duas coletâneas. Os
poetas desse movimento literário pregam o princípio da Arte
pela Arte, isto é, defendem uma arte que não sirva a nada e
a ninguém, uma arte inútil, uma arte voltada para si própria.
A Arte procuraria a Beleza e a Verdade que existiriam nos seres
concretos, e não no sentimento do artista. Por isso, o belo
se confundiria com a forma que o reveste, e não com algo
que existiria dentro dele. Daí vem que esses poetas sejam
formalistas e preguem o cuidado da forma artística como
exigência preliminar. Para consegui-lo, defendem uma atitude
de impassibilidade diante das coisas: não se emocionar
jamais; antes, impessoalizar-se tanto quanto possível pela
descrição dos objetos, via de regra inertes ou obedientes aos
movimentos próprios da Natureza (o fluxo e refluxo das ondas
do mar, o voo dos pássaros, etc.). Esteticistas, anseiam
uma arte universalista.
        Em Portugal, tentou-se introduzir esse movimento; certamente,
impregnou alguns poetas, exerceu influência, mas
não passou de prurido, que pouco alterou o ritmo literário
do tempo. Na verdade, o modo fortuito como alguns se deixaram
contaminar da nova moda poética revelava apenas
veleidade francófila, em decorrência de razões de gosto pessoal
ou de grupos restritos: faltou-lhes intuito comum.
(Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1999. Adaptado.)

As informações apresentadas no texto referem-se à literatura

Resposta:

A alternativa correta é C)

O texto apresentado descreve as características de um movimento literário que surgiu na França em 1866, marcado pelo princípio da "Arte pela Arte". Esse movimento defendia uma arte desvinculada de utilidade prática, focada na busca pela Beleza e Verdade através da forma, e não do sentimento do artista. Os poetas desse movimento eram formalistas, valorizando a impassibilidade e a descrição objetiva de elementos da natureza, em oposição ao subjetivismo romântico.

Embora tenha havido tentativas de introduzir esse movimento em Portugal, o texto afirma que ele não se estabeleceu de forma significativa, limitando-se a influenciar alguns poetas de maneira esporádica, sem alterar o panorama literário da época. Essa descrição corresponde ao movimento parnasiano, que se opunha ao sentimentalismo romântico e priorizava a objetividade e o rigor formal.

Entre as alternativas apresentadas, a letra C é a única que identifica corretamente o movimento como parnasiano, destacando sua oposição ao subjetivismo romântico e seu fracasso em se consolidar em Portugal. As demais alternativas incorrem em erros ao associar o movimento ao simbolismo ou realismo, ou ao atribuir características como liberdade de expressão ou compromisso social, que não estão presentes no texto.

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