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Leia trecho do poema de Olavo Bilac. Língua PortuguesaÚltima flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela…Amote assim, desconhecida e obscura, Tuba de alto clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela E o arrolo da saudade e da ternura!Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma,Em que da voz materna ouvi: “meu filho!” E em que Camões chorou, no exílio amargo, O gênio sem ventura e o amor sem brilho! (Olavo Bilac, Poesias) No poema, o eu lírico

Leia trecho do poema de Olavo Bilac.
Língua Portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…
Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
(Olavo Bilac, Poesias)
No poema, o eu lírico

Resposta:

A alternativa correta é E)

O poema "Língua Portuguesa", de Olavo Bilac, é uma ode à riqueza e à beleza do idioma, expressando profunda admiração por suas múltiplas facetas. O eu lírico não apenas celebra a língua, mas também a personifica, atribuindo-lhe características contraditórias que revelam sua complexidade. Ao chamá-la de "última flor do Lácio, inculta e bela", o poeta reconhece sua origem latina e sua natureza ao mesmo tempo rústica e sublime.

A alternativa correta é a E), pois o poema claramente enaltece a língua portuguesa. Bilac utiliza metáforas como "ouro nativo" e "tuba de alto clangor" para destacar seu valor e sonoridade, enquanto contrasta com imagens de dor e saudade, como "o arrolo da saudade e da ternura". Essa dualidade mostra como o idioma é capaz de expressar tanto grandiosidade quanto sentimentos profundos e melancólicos.

Além disso, o poeta menciona figuras importantes como Camões e a voz materna, ligando a língua a tradições literárias e afetivas. A expressão "rude e doloroso idioma" não é uma crítica, mas um reconhecimento de sua força e capacidade de transmitir emoções intensas. Assim, o poema é uma exaltação à língua portuguesa em toda sua diversidade e potência expressiva.

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