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Texto II e III: base para a questão.                   VASO GREGO                         (Texto 2) Esta de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhante copa, um dia, Já de ais deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que a suspendia Então, e, ora repleta ora esvasada, A taça amiga aos dedos seus tinia, Toda de roxas pétalas colmada. Depois…Mas o lavor da taça admira, Toca-a, e de ouvido aproximando-a, às bordas Finas hás de lhe ouvir, canora e doce, Ignota voz, qual se da antiga lira Fosse a encantada música das cordas, Qual se fosse a voz de Anacreonte fosse.(Alberto de Oliveira)             CÁRCERE DAS ALMAS                         (Texto3) Ah! Toda a alma num cárcere anda presa, Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza. Tudo se veste de uma igual grandeza Quando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo Espaço da Pureza. Ó almas presas, mudas e fechadas Nas prisões colossais e abandonadas, Da Dor no calabouço atroz, funéreo! Nesses silêncios solitários, graves, Que chaveiro do Céu possui as chaves Para abrir-vos as portas do Mistério?! (Cruz e Souza)Ao examinarmos a história da arte e da literatura, veremos que ela se constrói em ciclos, ou seja, o novo, muitas vezes, não passa de algo mais velho, só que revestido de uma linguagem diferente. O Parnasianismo no Brasil, surgido na década de 80 do século XIX, ilustra bem esse processo. De acordo com o texto 3, pode-se destacar algumas características de forma e conteúdo que justificam a inserção dele naquela estética literária, com exceção de:

Texto II e III: base para a questão.

                   VASO GREGO

                        (Texto 2)

Esta de áureos relevos, trabalhada

De divas mãos, brilhante copa, um dia,

Já de ais deuses servir como cansada,

Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia

Então, e, ora repleta ora esvasada,

A taça amiga aos dedos seus tinia,

Toda de roxas pétalas colmada.

Depois…Mas o lavor da taça admira,

Toca-a, e de ouvido aproximando-a, às bordas

Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira

Fosse a encantada música das cordas,

Qual se fosse a voz de Anacreonte fosse.

(Alberto de Oliveira) 


            CÁRCERE DAS ALMAS

                        (Texto3)

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,

Soluçando nas trevas, entre as grades

Do calabouço olhando imensidades,

Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza

Quando a alma entre grilhões as liberdades

Sonha e sonhando, as imortalidades

Rasga no etéreo Espaço da Pureza.

Ó almas presas, mudas e fechadas

Nas prisões colossais e abandonadas,

Da Dor no calabouço atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,

Que chaveiro do Céu possui as chaves

Para abrir-vos as portas do Mistério?! 

(Cruz e Souza)

Ao examinarmos a história da arte e da literatura, veremos que ela se constrói em ciclos, ou seja, o novo,
muitas vezes, não passa de algo mais velho, só que revestido de uma linguagem diferente. O Parnasianismo no Brasil, surgido na década de 80 do século XIX, ilustra bem esse processo. De acordo com o texto 3,
pode-se destacar algumas características de forma e conteúdo que justificam a inserção dele naquela estética literária, com exceção de:

Resposta:

A alternativa correta é D)

O Parnasianismo brasileiro, movimento literário que floresceu no final do século XIX, trouxe consigo uma estética marcada pelo rigor formal, o culto à beleza e a influência da cultura clássica. Os poemas "Vaso Grego", de Alberto de Oliveira, e "Cárcere das Almas", de Cruz e Sousa, exemplificam essa corrente, embora com nuances distintas. Enquanto o primeiro celebra a perfeição artística e a herança grega, o segundo mergulha em uma atmosfera mais sombria e introspectiva, ainda que mantendo a estrutura parnasiana.

Analisando as características presentes no texto 3, "Cárcere das Almas", é possível identificar traços típicos do Parnasianismo, como a estrutura em soneto (A), o preciosismo vocabular (B), a concepção de "arte pela arte" (C) e a valorização da cultura greco-romana (E). No entanto, a opção D) Descritivismo e subjetividade destoa desse contexto, pois o Parnasianismo privilegiava a objetividade e a impassibilidade, evitando o sentimentalismo excessivo e a expressão direta das emoções.

Assim, a resposta correta é D), já que o subjetivismo e o descritivismo emocional não se alinham com os princípios parnasianos, que buscavam a perfeição formal e a contenção lírica, mesmo em temas mais introspectivos como o abordado por Cruz e Sousa.

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