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Torce, aprimora, alteia, limaA frase, e enfim,No verso de ouro engasta a rimaComo um rubimQuero que a estrofe cristalina,Dobrada ao jeitoDo ourives, sai da oficina…………………………………….Assim procedo. Minha penaSegue esta norma,Por te servir, Deusa serena,Serena forma. BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. 40a ed. Cultrix, São Paulo. p. 227.Nesse fragmento, de Olavo Bilac, observa-se que o poeta parnasiano define a palavra como algo que não se identifica com a substância das coisas, mas veste-a de forma magnífica. Nesse fragmento, fica evidente uma das características da poesia parnasiana, no caso,

Torce, aprimora, alteia, lima
A frase, e enfim,
No verso de ouro engasta a rima
Como um rubim
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, sai da oficina
…………………………………….
Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena forma.
BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira.
40a ed. Cultrix, São Paulo. p. 227.
Nesse fragmento, de Olavo Bilac, observa-se que o poeta
parnasiano define a palavra como algo que não se
identifica com a substância das coisas, mas veste-a de
forma magnífica. Nesse fragmento, fica evidente uma das
características da poesia parnasiana, no caso,

Resposta:

A alternativa correta é C)

O fragmento poético de Olavo Bilac, presente em História Concisa da Literatura Brasileira de Alfredo Bosi, revela uma das marcas fundamentais da estética parnasiana: o culto à forma. O poeta descreve meticulosamente o processo de lapidação da palavra, comparando-o ao trabalho de um ourives que molda o ouro e incrusta rubis. Essa analogia evidencia a busca pela perfeição técnica, pela precisão métrica e pelo rigor estilístico que caracterizam o Parnasianismo.

O verso "No verso de ouro engasta a rima / Como um rubim" sintetiza a valorização da forma como elemento central da criação poética. A rima, trabalhada com esmero, é elevada à condição de joia, destacando-se não pelo conteúdo emocional, mas pelo brilho da execução técnica. A referência à "oficina" reforça a ideia do poeta como artesão, cujo labor exige paciência e domínio das regras.

Ao afirmar que sua pena segue essa norma para servir à "Deusa serena", Bilac consolida o ideal parnasiano da "arte pela arte", distanciando-se tanto do sentimentalismo romântico (opção E) quanto de qualquer erotismo (opção B). A natureza, quando aparece, é tratada como matéria-prima para a construção formal (opção A), jamais como expressão espontânea. A palavra, longe de ser dessacralizada (opção D), é sacralizada pelo trabalho artesanal, confirmando a opção C como correta: o culto da forma como princípio estético fundamental.

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