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Instrução: A questão baseia-se nos textos a seguir.Texto I, de Luís Vaz de Camões Os bons vi sempre passar No mundo graves tormentos; E para mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau, mas fui castigado. Assim que, só para mim, Anda o mundo concertado.Texto II, de Leonardo Mota O mundo está de tal forma Que ninguém pode entender: Uns devem, porém não pagam, Outros pagam sem dever.Considerando as relações entre as palavras nas frases, os dois últimos versos do Texto I, sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido, podem ser reescritos da seguinte forma:

Instrução: A questão baseia-se nos textos
a seguir.

Texto I, de Luís Vaz de Camões

Os bons vi sempre passar


No mundo graves tormentos;

E para mais me espantar,

Os maus vi sempre nadar


Em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assim

O bem tão mal ordenado,


Fui mau, mas fui castigado.

Assim que, só para mim,

Anda o mundo concertado.

Texto II, de Leonardo Mota

O mundo está de tal forma

Que ninguém pode entender:

Uns devem, porém não pagam,

Outros pagam sem dever.

Considerando as relações entre as palavras nas frases, os dois
últimos versos do Texto I, sem prejuízo à correção gramatical
e ao sentido, podem ser reescritos da seguinte forma:

Resposta:

A alternativa correta é B)

O ensaio a seguir analisa a reescrita dos versos finais do Texto I de Luís Vaz de Camões, considerando a estrutura gramatical e o sentido original, com base nas opções apresentadas.

Os versos em questão — "Assim que, só para mim, / Anda o mundo concertado." — expressam uma percepção pessoal e subjetiva do eu lírico sobre a injustiça no mundo. A reescrita deve preservar não apenas a correção gramatical, mas também a ênfase na ideia de que o mundo parece "concertado" (organizado ou ajustado) de maneira desigual, beneficiando apenas o narrador de forma irônica ou resignada.

Entre as alternativas, a opção B) "Assim que o mundo anda concertado só para mim." mantém fidelidade ao original ao:

  • Conservar a ordem lógica da oração, posicionando "só para mim" como adjunto adverbial de modo, reforçando a exclusividade da percepção.
  • Evitar vírgulas desnecessárias que fragmentariam a ideia (como em C, D e E).
  • Preservar o verbo "andar" como núcleo da ação, seguido do particípio "concertado" em sua função predicativa, tal como no texto fonte.

As demais alternativas falham ao deslocar elementos cruciais: em A, a inversão "só o mundo" altera o foco; em C e D, as vírgulas interrompem o fluxo natural da frase; e em E, a estrutura fragmentada perde a coesão. Portanto, a alternativa B é a única que respeita a construção camoniana e a força expressiva dos versos.

Em diálogo com o Texto II de Leonardo Mota — que também critica a incoerência do mundo —, a reescrita bem-sucedida em B reforça a tradição literária de questionamento das aparentes injustiças da vida, mantendo a precisão linguística e a carga poética.

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