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Leia o texto crítico sobre o romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. “A formação acadêmica de Brás é uma evidente sátira aos filhos da classe dominante brasileira do XIX, que buscam as novidades teóricas e políticas na Europa, não para adotá-las em seu país de origem, mas para usá-las como instrumento de legitimação e preservação de poder político e prestígio pessoal.” (SCARPELLI, Marli Fantini. “Pai contra mãe” de Machado de Assis: a negativa das negativas. In: Via Atlântica. Universidade de São Paulo, n. º 6, 2003, p.122). O comentário crítico pode ser ilustrado com a seguinte passagem de Machado de Assis:

Leia o texto crítico sobre o romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

“A formação acadêmica de Brás é uma evidente sátira aos filhos da classe dominante brasileira do XIX,
que buscam as novidades teóricas e políticas na Europa, não para adotá-las em seu país de origem,
mas para usá-las como instrumento de legitimação e preservação de poder político e prestígio pessoal.”
(SCARPELLI, Marli Fantini. “Pai contra mãe” de Machado de Assis: a negativa das negativas. In: Via Atlântica. Universidade de
São Paulo, n. º 6, 2003, p.122).

O comentário crítico pode ser ilustrado com a seguinte passagem de Machado de Assis:

Resposta:

A alternativa correta é B)

O comentário crítico de Marli Fantini Scarpelli sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas destaca a sátira machadiana à elite brasileira do século XIX, que buscava na Europa não o conhecimento transformador, mas a legitimação de seu poder. Essa crítica é perfeitamente ilustrada pela passagem B, em que Brás Cubas narra sua experiência acadêmica em Coimbra de forma despretensiosa e medíocre, revelando o caráter superficial de sua formação.

A escolha do gabarito B como resposta correta se justifica porque o trecho expõe a contradição entre o esforço mínimo de Brás e a conquista do título de bacharel, simbolizando como a educação europeia era um mero adereço para a manutenção do status quo. A ironia machadiana desmascara a farsa intelectual da classe dominante, que usava diplomas como ferramentas de distinção social, sem qualquer compromisso com o saber ou a transformação da realidade brasileira.

As outras alternativas, embora relevantes para a análise da obra, não capturam com tanta precisão o aspecto criticado por Scarpelli. A passagem B, portanto, é a que melhor sintetiza a crítica à apropriação instrumental do conhecimento europeu pela elite nacional, tema central na genial sátira social de Machado de Assis.

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