Questões Sobre Romantismo - Literatura - concurso
Questão 41
Relacione as obras abaixo às respectivas escolas literárias
e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) CASA DE PENSÃO
O quarto respirava todo um ar triste de desmazelo e boêmia. Fazia
má impressão estar ali: o vômito de Amâncio secava-se no chão, azedando
a ambiente; a louça, que servira ao último jantar, ainda coberta
de gordura coalhada, aparecia dentro de uma lata abominável, cheia
de contusões e comida de ferrugem. Uma banquinha, encostada à
parede, dizia com o seu frio aspecto desarranjado que alguém estivera
aí a trabalhar durante a noite, até que se extinguira a vela, cujas
últimas gotas de estearina se derramavam melancolicamente pelas
bordas de um frasco vazio de xarope Larose, que lhe fizera às vezes
de castiçal. Num dos cantos amontoava-se roupa suja; em outro repousava
uma máquina de fazer café, ao lado de uma garrafa de espírito de vinho. Nas cabeceiras das três camas e ao comprido das paredes,
sobre jornais velhos e desbotados, dependuravam-se calças e
fraques de casimira: em uma das ombreiras da janela havia umas
lunetas de ouro, cuidadosamente suspensas de um prego. Por aqui e
por ali pontas esmagadas de cigarro e cuspilhadas ressequidas. No
meio do soalho, com o gargalo decepado, luzia uma garrafa.
( ) MEU ANJO
Meu anjo tem o encanto, a maravilha
Da espontânea canção dos passarinhos;
Tem os seios tão alvos, tão macios
Como o pelo sedoso dos arminhos.
…
( ) BEBA COCA COLA
beba coca cola
babe cola
beba coca
babe cola caco
caco
cola
c l o a c a
1 – Romantismo
2 – Naturalismo
3 – Concretismo
- A)2, 3, 1
- B)1, 2, 3
- C)3, 1, 2
- D)2, 1, 3
- E)3, 2, 1
A alternativa correta é D)
O texto apresenta três obras distintas, cada uma representando uma escola literária específica. A análise abaixo relaciona os trechos fornecidos às suas respectivas correntes artísticas, culminando na resposta correta.
1. "Casa de Pensão": O trecho descreve um ambiente degradado, com detalhes realistas e cruéis sobre a miséria e o desleixo. Essa abordagem, focada na objetividade e na influência do meio sobre os personagens, é característica do Naturalismo (2), escola que busca retratar a realidade de forma científica e determinista.
2. "Meu Anjo": Os versos destacam a idealização da figura amada, com linguagem emotiva e imagens líricas, como "o encanto da espontânea canção dos passarinhos". Esses elementos são típicos do Romantismo (1), movimento marcado pelo subjetivismo, sentimentalismo e exaltação da beleza.
3. "Beba Coca Cola": O poema fragmentado, com jogos visuais e sonoros, além da desconstrução da linguagem, reflete o Concretismo (3). Essa vanguarda prioriza a forma e a estrutura do texto, explorando a palavra como objeto gráfico e fonético.
A sequência correta, portanto, é 2 (Naturalismo), 1 (Romantismo), 3 (Concretismo), correspondente à alternativa D).
Questão 42
Assinale a alternativa que contém apenas assertivas verdadeiras a respeito das escolas literárias brasileiras.
I – A publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881, marca o início do movimento Realista no Brasil, sendo considerada um marco tanto para o movimento quanto para a carreira de Machado de Assis.
II – Na segunda fase do Romantismo, o romance focou o regionalismo, principalmente o nordestino, em que foram abordados temas como a seca, a migração, a miséria,problemas dos trabalhadores rurais, entre outros.
III – Algumas das principais características do Parnasianismo são: exaltação dos sentimentos pessoais; valorização da natureza; idealização da mulher; nacionalismo.
- A)II e III estão corretas, I está incorreta.
- B)I e III estão corretas, II está incorreta.
- C)I e II estão corretas; III está incorreta.
- D)todas estão incorretas.
- E)todas estão corretas.
A alternativa correta é C)
O gabarito correto para a questão apresentada é a alternativa C) I e II estão corretas; III está incorreta. A justificativa para essa resposta baseia-se na análise das assertivas sobre as escolas literárias brasileiras:
I - Verdadeira: A publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881, é de fato considerada um marco do Realismo no Brasil, consolidando Machado de Assis como um dos maiores escritores do país e inaugurando uma nova fase na literatura brasileira, caracterizada pela crítica social e psicológica.
II - Verdadeira: A segunda fase do Romantismo brasileiro, também conhecida como "Romantismo Indianista-Regionalista", destacou-se pelo enfoque no regionalismo, especialmente no Nordeste. Autores como José de Alencar e Franklin Távora exploraram temas como a seca, a migração e os problemas sociais dos trabalhadores rurais, retratando a realidade local com maior profundidade.
III - Falsa: As características descritas na assertiva III não correspondem ao Parnasianismo, mas sim ao Romantismo. O Parnasianismo, por sua vez, pregava a "arte pela arte", com ênfase na forma perfeita, no objetivismo e no distanciamento dos sentimentos pessoais, contrariando a exaltação emocional e o nacionalismo românticos.
Portanto, apenas as assertivas I e II estão corretas, enquanto a III apresenta características equivocadas em relação ao Parnasianismo, confirmando a alternativa C como a resposta adequada.
Questão 43
Relacione as obras abaixo às respectivas escolas literárias. A seguir, assinale a alternativa que as apresenta na sequência correta.
( ) VASO CHINÊS
“Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármore luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
…”
( ) ODE AO BURGUÊS
“Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
…”
( ) SE EU MORRESSE AMANHÃ
“Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
…”
1 – Romantismo
2 – Modernismo
3 – Parnasianismo
- A)1, 2, 3
- B)1, 3, 2
- C)3, 1, 2
- D)2, 3, 1
- E)3, 2, 1
A alternativa correta é E)
Relacione as obras abaixo às respectivas escolas literárias. A seguir, assinale a alternativa que as apresenta na sequência correta.
(3) VASO CHINÊS
“Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármore luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
..."
(2) ODE AO BURGUÊS
“Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
..."
(1) SE EU MORRESSE AMANHÃ
“Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
..."
1 - Romantismo
2 - Modernismo
3 - Parnasianismo
- A)1, 2, 3
- B)1, 3, 2
- C)3, 1, 2
- D)2, 3, 1
- E)3, 2, 1
O gabarito correto é E).
Questão 44
Caracteriza o Romantismo, na literatura brasileira,
I o desejo de exprimir sentimentos como orgulho patriótico, considerado, então, algo de primordial importância;
II a intenção de criar uma literatura independente, diversa, de identidade bem marcada;
III a percepção da atividade literária como parte indispensável da tarefa patriótica de construção nacional.
Está correto o que se afirma em
- A)I, somente.
- B)II, somente.
- C)I e II, somente.
- D)II e III, somente.
- E)I, II e III.
A alternativa correta é E)
O Romantismo na literatura brasileira foi um movimento marcado por características que refletiam os anseios de uma nação em formação. Analisando as afirmações apresentadas:
I. O desejo de exprimir sentimentos como orgulho patriótico - Essa afirmação está correta, pois o Romantismo brasileiro buscou exaltar a pátria, a natureza local e os valores nacionais, diferenciando-se da influência portuguesa.
II. A intenção de criar uma literatura independente e de identidade marcada - Também correta, já que os românticos brasileiros procuravam estabelecer uma produção literária autêntica, com temas e linguagem próprios, distantes dos modelos europeus.
III. A percepção da literatura como parte da construção nacional - Igualmente válida, pois os escritores românticos viam sua obra como um instrumento de afirmação cultural e política do Brasil recém-independente.
Portanto, todas as afirmações (I, II e III) estão corretas, sendo a alternativa E o gabarito adequado. O Romantismo brasileiro foi, de fato, um movimento profundamente ligado ao projeto de nação, combinando emoção, identidade e patriotismo em sua produção literária.
Questão 45
Para a questão, considere os versos abaixo dos poemas “Sentimento do mundo” e “Noturno à janela do apartamento”, de Carlos Drummond de Andrade, ambos publicados no livro Sentimento do mundo.
esse amanhecer
mais noite que a noite.
(Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.12.)
Silencioso cubo de treva:
um salto, e seria a morte.
Mas é apenas, sob o vento,
a integração na noite.
Nenhum pensamento de infância,
nem saudade nem vão propósito.
Somente a contemplação
de um mundo enorme e parado.
A soma da vida é nula.
Mas a vida tem tal poder:
na escuridão absoluta,
como líquido, circula.
Suicídio, riqueza, ciência…
A alma severa se interroga
e logo se cala. E não sabe
se é noite, mar ou distância.
Triste farol da Ilha Rasa.
(Idem, p. 71.)
A visão de mundo do eu lírico em Drummond é marcada pela ironia e pela dúvida constante, cujo saldo final é negativo e melancólico (“Triste farol da Ilha Rasa”). Tal perspectiva assemelha-se à do
- A)personagem Leonardo, do romance Memórias de um sargento de milícias.
- B)personagem Carlos, da obra Viagens na minha terra.
- C)narrador do romance O cortiço.
- D)narrador do romance Memórias póstumas de Brás Cubas.
A alternativa correta é D)
O eu lírico nos poemas de Carlos Drummond de Andrade, presentes em Sentimento do mundo, apresenta uma visão de mundo marcada pela melancolia, ironia e um profundo questionamento existencial. Versos como "Triste farol da Ilha Rasa" e "A soma da vida é nula" revelam um pessimismo característico, onde a dúvida e a desilusão predominam. Essa perspectiva se assemelha à do narrador de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, que também utiliza o tom irônico e cético para abordar a fragilidade humana e a vacuidade da existência.
Assim como o defunto-autor Brás Cubas, o eu lírico drummondiano observa o mundo com distanciamento crítico, misturando reflexão filosófica e desencanto. A opção D) é, portanto, a correta, pois ambos os narradores compartilham uma visão desiludida, onde a vida é questionada em sua essência, sem respostas definitivas, apenas a constatação de sua efemeridade e ambiguidade.
Questão 46
Sobre A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, é correto afirmar:
- A)A descrição do espaço parisiense no romance retrata exclusivamente o submundo de uma metrópole do final do século XIX e revela as contradições do processo de urbanização.
- B)O romance, cuja primeira edição é de 1901, faz uma apologia da vida urbana e do desenvolvimento técnico que marcaram o final do século XIX nas grandes cidades europeias.
- C)No romance, Zé Fernandes é uma personagem secundária que ganha importância no desenvolvimento da narrativa, ao apresentar a “seu Príncipe”, Jacinto, a luxuosa Paris.
- D)No romance, é das rendas provenientes de propriedades agrícolas em Portugal que provém o sustento da cara e refinada vida de Jacinto em Paris.
A alternativa correta é D)
Sobre A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, é correto afirmar que a alternativa D) é a resposta certa. O romance descreve como Jacinto, o protagonista, mantém seu estilo de vida luxuoso em Paris graças às rendas provenientes de suas propriedades agrícolas em Portugal. Essa relação entre o campo e a cidade é um dos temas centrais da obra, destacando o contraste entre a vida urbana e a rural.
A alternativa A) está incorreta porque a descrição de Paris no romance não se limita ao submundo da metrópole, mas também aborda a sofisticação e os excessos da vida moderna. Já a alternativa B) é equivocada, pois o livro não faz uma apologia da vida urbana, mas sim critica seus excessos e artificialismos, valorizando, no final, a simplicidade da vida no campo.
Quanto à alternativa C), Zé Fernandes não é apenas uma personagem secundária que apresenta Paris a Jacinto, mas sim um narrador e amigo próximo que acompanha a transformação do protagonista ao longo da história. Portanto, a única afirmação correta é a D), que destaca a dependência financeira de Jacinto em relação às propriedades rurais portuguesas.
Questão 47
Para a questão, considere o fragmento abaixo, extraído de Vidas secas, de Graciliano Ramos.
O pequeno sentou-se, acomodou-se nas pernas a cabeça da cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma história. Tinha um vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender.
(Graciliano Ramos. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 57.)
No romance Vidas secas, a alteridade é construída ficcionalmente. Isso porque o narrador
- A)impõe seu ponto de vista sobre a miséria social das personagens, desconsiderando a luta dessas personagens por uma vida mais digna.
- B)permite conhecer o ponto de vista de cada uma das personagens e manifesta um juízo crítico sobre o drama da miséria social e econômica.
- C)relativiza o universo social das personagens, uma vez que elas estão privadas da capacidade de comunicação.
- D)analisa os dilemas de todas as personagens e propõe, ao final da narrativa, uma solução para o drama da miséria social e econômica.
A alternativa correta é B)
No romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, a construção da alteridade é um elemento central para compreender a dinâmica entre as personagens e o mundo que as cerca. O fragmento apresentado ilustra a relação entre o menino e a cachorra Baleia, marcada por uma comunicação que transcende as limitações da linguagem verbal. Essa cena revela como o narrador permite que o ponto de vista de cada personagem seja conhecido, sem impor uma visão unilateral, mas também sem deixar de criticar a realidade social em que estão inseridos.
A alternativa correta, B), destaca justamente essa capacidade do narrador de apresentar múltiplas perspectivas enquanto mantém um juízo crítico sobre a miséria social e econômica vivida pela família retirante. Graciliano Ramos não romantiza a pobreza, mas também não reduz suas personagens a meras vítimas passivas. O menino, apesar de seu vocabulário limitado, estabelece um diálogo afetivo com Baleia, demonstrando que mesmo na precariedade existem formas de conexão e resistência.
As outras alternativas não correspondem à proposta narrativa de Vidas secas. O narrador não impõe seu ponto de vista de forma autoritária (A), nem relativiza o universo das personagens como se fossem incapazes de comunicação (C). Também não cabe ao romance oferecer soluções prontas para o drama social (D), mas sim expor as contradições e complexidades da vida no sertão nordestino.
Portanto, a construção da alteridade em Vidas secas se dá justamente pela capacidade do narrador de equilibrar a apresentação das subjetividades das personagens com uma postura crítica diante da realidade que as oprime. Essa abordagem permite ao leitor compreender a humanidade dos retirantes sem perder de vista as estruturas sociais que os marginalizam.
Questão 48
Para a questão, considere o fragmento abaixo, extraído de Vidas secas, de Graciliano Ramos.
O pequeno sentou-se, acomodou-se nas pernas a cabeça da cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma história. Tinha um vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender.
(Graciliano Ramos. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 57.)
Uma definição possível de alteridade é “a capacidade de se colocar no lugar do outro”. No excerto, o menino mais velho, após ter recebido um cocorote de sinhá Vitória, ao lhe ter feito uma pergunta sobre a palavra “inferno”, conta uma história para Baleia. Da leitura desse trecho, podemos concluir que
- A)o narrador tem êxito na construção da alteridade, ao se colocar no lugar do menino e de Baleia e permitir a relação entre essas duas personagens.
- B)o vocabulário minguado do menino mais velho o impede de se relacionar com Baleia, o que demonstra que, sem linguagem, não há alteridade entre o homem e o mundo.
- C)o vocabulário minguado é próprio da infância e não resulta das condições sociais e materiais adversas das personagens.
- D)a resposta de Baleia reduz o menino mais velho à condição de bicho, privando-o dos atributos necessários para se tornar homem.
A alternativa correta é A)
O fragmento de Vidas secas, de Graciliano Ramos, apresenta uma cena marcante em que o menino mais velho, apesar de seu vocabulário limitado, estabelece uma comunicação profunda com a cachorra Baleia. Essa interação revela a capacidade humana de criar laços mesmo em condições adversas, demonstrando a essência da alteridade.
A alternativa correta, A), destaca que o narrador consegue construir a alteridade ao se colocar no lugar do menino e de Baleia, permitindo que o leitor compreenda a relação entre eles. Apesar da linguagem rudimentar, a comunicação se dá por meio de gestos, exclamações e respostas corporais, mostrando que a conexão vai além das palavras.
As outras alternativas falham em captar a complexidade da cena. A opção B) nega a possibilidade de alteridade sem linguagem verbal, ignorando outras formas de expressão. A alternativa C) desconsidera o contexto social da obra, que mostra como a pobreza e a seca moldam a vida das personagens. Já a opção D) interpreta erroneamente a relação, pois Baleia não reduz o menino, mas sim estabelece um diálogo afetivo com ele.
Portanto, o trecho exemplifica como a alteridade pode surgir mesmo em situações de privação, reforçando a humanidade das personagens e a sensibilidade do narrador em retratá-las.
Questão 49
No que se refere à representação do índio e do sertanejo no Romantismo brasileiro, julgue o item seguinte.
A representação do índio é frequente em obras do Romantismo brasileiro, não apenas nos romances históricos ou regionalistas, mas também em romances urbanos e de costumes, como em Senhora
- C) CERTO
- E) ERRADO
A alternativa correta é E)
No que se refere à representação do índio e do sertanejo no Romantismo brasileiro, é importante analisar criticamente a afirmação proposta. O texto sugere que a figura do índio aparece frequentemente em obras românticas, incluindo romances urbanos e de costumes, como Senhora, de José de Alencar. No entanto, essa afirmação está incorreta.
Embora o Romantismo brasileiro tenha de fato exaltado o índio como símbolo nacional, especialmente nos romances indianistas — como O Guarani e Iracema, também de Alencar —, essa representação não se estende de forma significativa aos romances urbanos. Senhora, por exemplo, é uma obra que se concentra na crítica social e nos costumes da elite carioca do século XIX, sem qualquer presença marcante de personagens indígenas ou temas ligados a eles.
Portanto, a alternativa correta é E) ERRADO, pois a representação do índio não é frequente em romances urbanos como Senhora, sendo mais característica dos romances históricos e indianistas do período.
Questão 50
No que se refere à representação do índio e do sertanejo no Romantismo brasileiro, julgue o item seguinte.
Nesse período da literatura nacional, produziram-se romances em que se destacavam peculiaridades culturais e sociais do índio e dos habitantes do sertão, a exemplo das obras Ubirajara, de José de Alencar, e O Cabeleira, de Franklin Távora, respectivamente.
- C) CERTO
- E) ERRADO
A alternativa correta é C)
No que se refere à representação do índio e do sertanejo no Romantismo brasileiro, o item apresentado está correto. Durante esse período da literatura nacional, autores como José de Alencar e Franklin Távora produziram obras que destacavam as peculiaridades culturais e sociais desses grupos, contribuindo para a construção de uma identidade nacional.
José de Alencar, em Ubirajara, retrata o índio como um herói idealizado, inserido em uma narrativa que exalta suas tradições e valores. Já Franklin Távora, em O Cabeleira, aborda a vida no sertão, apresentando personagens e cenários marcados pela realidade social da região. Essas obras são exemplos significativos da tendência romântica de valorizar elementos nacionais.
Portanto, a afirmação de que o Romantismo brasileiro produziu romances que destacavam as peculiaridades do índio e do sertanejo está correta, conforme demonstrado pelas obras mencionadas.