0 debate na educação infantil centra-se, atualmente, na autonomia de cada creche e pré-escola para elaborar e desenvolver seu projeto pedagógico e na necessidade de que esse projeto se comprometa com padrões de qualidade propostos para a educação infantil. Conforme Oliveira (2002), o grande risco de uma proposta pedagógica para a educação infantil é que
autonomia de cada creche e pré-escola para elaborar e
desenvolver seu projeto pedagógico e na necessidade de
que esse projeto se comprometa com padrões de qualidade
propostos para a educação infantil.
pedagógica para a educação infantil é que
- A)os padrões de qualidade fixos e predeterminados não sejam observados pelas escolas, deixando de cumprir os direitos e o bem-estar das crianças.
- B)as creches e pré-escolas voltem a ser assistencialistas, deixando de cumprir os objetivos educacionais propostos pela legislação vigente.
- C)as crianças de creche e de pré-escola deixem de ser cuidadas ou educadas dentro das escolas públicas voltadas a esse atendimento.
- D)a infância seja institucionalizada e regulada de modo excessivo ou se torne um campo onde reine a espontaneidade, camuflando formas sutis de dominação.
- E)os diversos segmentos que têm interesse no processo educacional da educação infantil passem a divergir em relação ao que se espera de cada criança.
Resposta:
A alternativa correta é D)
O debate contemporâneo sobre a educação infantil gira em torno de dois eixos principais: a autonomia das instituições para elaborar seus projetos pedagógicos e a necessidade de alinhá-los a padrões de qualidade estabelecidos. Essa dualidade reflete uma tensão entre flexibilidade e regulamentação, tema central na análise de Oliveira (2002).
A alternativa correta (D) aponta para os riscos extremos nesse equilíbrio delicado: de um lado, a excessiva institucionalização da infância, que poderia tolher seu desenvolvimento natural; de outro, a falsa liberdade da espontaneidade absoluta, que pode ocultar mecanismos de controle. Essa análise revela como a construção de propostas pedagógicas para a primeira infância deve navegar entre esses dois perigos.
Os demais itens apresentam preocupações válidas, porém menos abrangentes. Enquanto as opções A e B focam em aspectos específicos de implementação, e a C e E tratam de consequências operacionais, a alternativa D captura a essência do dilema filosófico-pedagógico subjacente à educação infantil: como garantir direitos fundamentais sem cercear a singularidade do desenvolvimento infantil.
Essa reflexão nos leva a questionar: como construir propostas pedagógicas que respeitem a natureza da infância enquanto cumprem seu papel social? A resposta parece estar na capacidade de articular princípios gerais com adaptações contextuais, evitando tanto a rigidez quanto a negligência camuflada de liberdade.
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