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      Uma professora observa a brincadeira de um grupo de crianças de 4 anos. O grupo conversa animadamente, até que uma das crianças grita: aí eu era a mãe e a Bia era a filha. Rapidamente,os papéis são atribuídos: pai, filho, amigo, avó e tia são os outros personagens presentes. De repente, o “filho” começa a brigar com a “filha” em função de um boneco de ação. A professora pensou em intervir, mas deixou que os “pais” lidassem com a situação.De acordo com Brougère (in Kishimoto), é correto afirmar que a professora não interveio na briga das crianças, pois

      Uma professora observa a brincadeira de um grupo de crianças de 4 anos. O grupo conversa animadamente, até que uma das crianças grita: aí eu era a mãe e a Bia era a filha. Rapidamente,os papéis são atribuídos: pai, filho, amigo, avó e tia são os outros personagens presentes. De repente, o “filho” começa a brigar com a “filha” em função de um boneco de ação. A professora pensou em intervir, mas deixou que os “pais” lidassem com a situação.

De acordo com Brougère (in Kishimoto), é correto afirmar que a professora não interveio na briga das crianças, pois

Resposta:

A alternativa correta é C)

O episódio descrito ilustra uma situação comum no ambiente escolar infantil, em que a brincadeira simbólica assume um papel central no desenvolvimento das crianças. A professora, ao observar o desenrolar da cena, optou por não intervir no conflito entre as crianças, mesmo quando este surgiu durante a brincadeira de faz-de-conta. Essa decisão pode ser compreendida à luz da teoria de Brougère, que destaca a importância da cultura lúdica na interpretação das atividades infantis.

A alternativa correta, C, aponta que a professora possuía uma cultura lúdica que lhe permitiu reconhecer a brincadeira como um jogo, mesmo quando esta assumiu características que poderiam ser interpretadas como conflito real por um observador menos atento. Brougère enfatiza que o jogo infantil possui suas próprias regras e dinâmicas, muitas vezes distintas da lógica adulta. A capacidade de identificar essas nuances é fundamental para que os educadores respeitem o espaço simbólico criado pelas crianças.

As demais alternativas apresentam interpretações equivocadas ou incompletas da situação. Embora aspectos como autonomia (A), liberdade lúdica (B), crescimento pessoal (D) e competência profissional (E) sejam relevantes no contexto educacional, nenhuma delas capta com precisão o conceito de cultura lúdica que fundamenta a ação da professora. O reconhecimento do jogo como uma atividade com significado próprio, que não necessita de intervenção adulta a menos que represente perigo real, demonstra uma compreensão sofisticada do desenvolvimento infantil.

Este caso exemplifica como a formação docente deve incluir não apenas conhecimentos pedagógicos, mas também uma sensibilidade para a linguagem lúdica das crianças. A capacidade de distinguir entre conflito real e jogo simbólico é essencial para práticas educativas que respeitem a infância e promovam aprendizagens significativas através do brincar.

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