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Considere o relato de atividades de aula abaixo. A professora cumpre sua obrigação realizando diariamente um ritual, sempre o mesmo, destituído de vida e de significado que a mortifica; obediente, mas descrente, coloca as sílabas na lousa, passa mecanicamente entre as carteiras, constata sempre os mesmos erros, que aponta com maior ou menor irritação, para começar de novo no dia seguinte, no mês seguinte, no semestre seguinte. Numa concepção crítica de educação, o crescente desinteresse da criança, afastando-a da escola, ou determinando o fracasso escolar traduzido pela reprovação e/ou evasão e sua gradativa exclusão, pode se dar quando o

Considere o relato de atividades de aula abaixo.

A professora cumpre sua obrigação realizando diariamente um ritual, sempre o mesmo, destituído de vida e de significado que a
mortifica; obediente, mas descrente, coloca as sílabas na lousa, passa mecanicamente entre as carteiras, constata sempre os
mesmos erros, que aponta com maior ou menor irritação, para começar de novo no dia seguinte, no mês seguinte, no semestre
seguinte
.

Numa concepção crítica de educação, o crescente desinteresse da criança, afastando-a da escola, ou determinando o fracasso
escolar traduzido pela reprovação e/ou evasão e sua gradativa exclusão, pode se dar quando o

Resposta:

A alternativa correta é C)

O relato apresentado descreve uma prática pedagógica mecânica e repetitiva, na qual a professora cumpre seu papel de forma desmotivada, sem conexão com a realidade dos alunos. Esse cenário ilustra um dos grandes desafios da educação: a desconexão entre o ensino oferecido e as necessidades reais dos estudantes e de suas comunidades.

Numa perspectiva crítica da educação, como aponta a alternativa correta (C), o desinteresse e o consequente fracasso escolar ocorrem justamente quando o conhecimento transmitido na escola se mostra distante dos problemas e anseios dos alunos. A educação, para ser significativa, precisa dialogar com o universo cultural, social e afetivo das crianças, incorporando suas vivências e questionamentos.

A passagem destacada em itálico revela um ensino burocratizado, onde o ato de educar se reduz a um ritual vazio. Essa abordagem ignora o fato de que o aprendizado só se consolida quando faz sentido para quem aprende. Quando a escola insiste em conteúdos descontextualizados, acaba por reforçar desigualdades, excluindo justamente aqueles alunos que mais precisariam de uma educação transformadora.

Portanto, a alternativa C aponta para o cerne do problema: a necessidade de uma educação que parta da realidade concreta dos educandos, estabelecendo pontes entre o conhecimento formal e suas experiências de vida. Somente assim a escola poderá cumprir seu papel de instrumento de emancipação e não de reprodução de desigualdades.

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