Celestino Alves da Silva Júnior (1994), em seus estudos sobre a práxis supervisora, na coletânea Escola: espaço de construção da cidadania, propôs alguns pontos fundamentais para a reordenação do processo de formação e de atuação profissional do Supervisor, dentre os quais é preciso considerar
Celestino Alves da Silva Júnior (1994), em seus estudos sobre a práxis supervisora, na coletânea Escola: espaço de construção da cidadania, propôs alguns pontos fundamentais para a reordenação do processo de formação e de atuação profissional do Supervisor, dentre os quais é preciso considerar
- A)que o trabalho pedagógico deve ser objetivado, descartando-se o exercício da subjetividade na sua organização.
- B)a organização do trabalho nas escolas públicas com fundamento nos princípios de co-gestão, para viabilizar um ensino de boa qualidade.
- C)que a educação, em seu significado mais profundo, é incompatível com os valores da sociedade capitalista, bem como com as formas de administração geradas por essa sociedade.
- D)que o ensino em geral é substancialmente diferente da administração em geral, logo, quem ensina, não administra.
- E)que o Diretor, por não se ocupar do trabalho docente, deve ser o interlocutor natural e exclusivo do Supervisor na escola.
Resposta:
A alternativa correta é C)
Celestino Alves da Silva Júnior (1994), em seus estudos sobre a práxis supervisora, na coletânea Escola: espaço de construção da cidadania, propôs alguns pontos fundamentais para a reordenação do processo de formação e de atuação profissional do Supervisor. Dentre as alternativas apresentadas, a opção correta é a letra C), que afirma:
"que a educação, em seu significado mais profundo, é incompatível com os valores da sociedade capitalista, bem como com as formas de administração geradas por essa sociedade."
Essa perspectiva reflete uma crítica estrutural ao modelo capitalista e sua influência na educação, defendendo que a verdadeira formação cidadã não pode se submeter aos interesses e lógicas desse sistema. Celestino Alves aponta para a necessidade de repensar a prática supervisora de modo a romper com os paradigmas administrativos capitalistas, buscando uma educação emancipatória e alinhada com valores coletivos e humanos.
As demais alternativas apresentam visões que não correspondem às ideias centrais do autor. A letra A) nega a subjetividade no trabalho pedagógico, o que contraria a abordagem dialética da educação. A letra B), embora defenda a co-gestão, não explicita a crítica ao capitalismo como fundamento. A letra D) desconsidera a relação intrínseca entre ensino e gestão, enquanto a letra E) limita o diálogo do Supervisor a uma figura hierárquica, ignorando a dimensão coletiva do processo educativo.
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