Na escola, o tempo é contado. Os didáticos, quando analisam as sequências, mostram que o professor muitas vezes organiza um pseudodiálogo que lhe permite avançar, levar os alunos para onde pretende. PERRENOUD, Philippe. Ensinar: Agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre: Artmed, 2001. p.72.Cabe ao pedagogo refletir com a equipe docente, com o objetivo de construir, na sala de aula, uma interação eficaz dos saberes, dentro do tempo disponível, onde

A dinâmica da sala de aula é um elemento crucial no processo de ensino-aprendizagem, como destacado por Perrenoud (2001). O autor aponta que, frequentemente, os professores organizam pseudodiálogos para conduzir os alunos a um objetivo pré-determinado, limitando a verdadeira troca de ideias. Essa abordagem, embora eficiente em termos de controle do tempo, pode comprometer a construção coletiva do conhecimento.

Nesse contexto, a alternativa correta (D) propõe uma mudança de paradigma: em vez de impor um ritmo unilateral, o educador deve criar espaços onde os alunos tenham voz ativa, mantendo o foco no tema em discussão. Essa perspectiva valoriza a participação dos estudantes sem perder de vista os objetivos pedagógicos, equilibrando liberdade de expressão e direcionamento didático.

As demais alternativas apresentam limitações evidentes: a opção A reproduz o modelo tradicional de pergunta-resposta fechada; a B sugere uma conversa sem foco pedagógico; a C prioriza o tempo em detrimento da qualidade das interações; e a E exclui visões divergentes, essenciais para o pensamento crítico. Portanto, a alternativa D representa o equilíbrio ideal entre estrutura e autonomia no processo educativo.

PERRENOUD, Philippe. Ensinar: Agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre: Artmed, 2001. p.72.