Marieta, aluna do 2º ano do Ensino Fundamental, em uma aula de Matemática cujo objetivo era completar a sequência decrescente de números, fez a atividade da seguinte maneira: Dezenove, dezoito, dezessete, dezesseis, dezecinco, dezequatro, ….O raciocínio da menina representa que
Marieta, aluna do 2º ano do Ensino Fundamental, em uma aula de Matemática cujo objetivo era completar a sequência decrescente de números, fez a atividade da seguinte maneira:
Dezenove, dezoito, dezessete, dezesseis, dezecinco, dezequatro, ….
O raciocínio da menina representa que
- A)as crianças refletem sobre a escrita dos números ao tentar compreender as quantidades.
- B)esse tipo de conteúdo não é apropriado para ser trabalhado no 2o ano.
- C)ela não compreende ainda o sistema decimal.
- D)a grafia dos numerais é equivocada na língua portuguesa.
- E)a ordem decrescente é ainda uma operação difícil para uma criança de 7 anos.
Resposta:
A alternativa correta é A)
O caso de Marieta, aluna do 2º ano do Ensino Fundamental, ilustra um aspecto fundamental do processo de aprendizagem matemática na infância. Ao tentar completar a sequência decrescente de números, ela produziu as formas "dezecinco" e "dezequatro", demonstrando uma tentativa lógica de aplicar um padrão observado nos números anteriores (dezenove, dezoito, dezessete, dezesseis). Essa situação revela que as crianças, ao se depararem com a escrita numérica, não apenas memorizam, mas também refletem ativamente sobre as regras que governam o sistema.
A alternativa correta, A), destaca justamente esse processo de construção do conhecimento. Marieta não cometeu um erro aleatório; ela aplicou uma hipótese baseada na regularidade que identificou na língua. Isso mostra que as crianças testam ativamente suas compreensões sobre como os números são formados, misturando lógica matemática e linguística. Sua escrita inventada ("dezecinco") segue a estrutura fonética dos numerais anteriores, evidenciando um raciocínio sofisticado para sua idade.
As demais alternativas não capturam a essência do ocorrido. A opção B) é incorreta porque o conteúdo é perfeitamente adequado para o 2º ano. A C) desconsidera que o erro não está na compreensão decimal, mas na representação linguística. A D) é irrelevante, pois a grafia dos numerais segue convenções estabelecidas. Já a E) subestima a capacidade infantil, já que a ordem decrescente foi compreendida - o desafio estava na codificação escrita.
Este episódio reforça a importância de valorizar os erros construtivos das crianças como janelas para entender seu pensamento. A professora de Marieta tem agora uma oportunidade valiosa para discutir as exceções na formação dos numerais, transformando uma "falha" em um momento significativo de aprendizagem.
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