Conforme Ferreira (2003), Freinet buscou, na prática educacional, criar técnicas e instrumentos pedagógicos que avivassem o trabalho com as crianças. Pensou em formas de trabalho organizado, em dinâmicas que possibilitassem o diálogo e as escolhas das crianças favorecendo a autonomia. Ferreira descreve e destaca alguns instrumentos da pedagogia de Freinet; entre esses instrumentos, é correto citar

O ensaio a seguir aborda a pedagogia de Freinet, conforme destacado por Ferreira (2003), explorando suas técnicas e instrumentos pedagógicos voltados para a autonomia e participação ativa das crianças no processo educativo.

A pedagogia de Célestin Freinet se destaca por sua abordagem prática e inovadora, centrada no protagonismo infantil. Freinet acreditava que a educação deveria ser construída a partir das vivências e interesses das crianças, promovendo um ambiente de cooperação e liberdade. Para isso, desenvolveu métodos que incentivam a expressão, a organização coletiva e a aprendizagem significativa.

Entre os instrumentos pedagógicos criados por Freinet, destacam-se a roda de conversa e o livro da vida, citados na alternativa E como a resposta correta. A roda de conversa é um espaço democrático onde as crianças compartilham experiências, debatem ideias e tomam decisões em grupo, fortalecendo a comunicação e o senso de comunidade. Já o livro da vida é um registro pessoal e coletivo, no qual os alunos documentam suas histórias, descobertas e reflexões, valorizando sua identidade e trajetória.

Essas ferramentas contrastam com métodos tradicionais baseados em repetição e memorização, como cartilhas ou materiais estruturados (alternativas A, C e D), ou mesmo com propostas de outros educadores, como os temas geradores de Paulo Freire (alternativa B). Freinet priorizou a ação reflexiva e a construção do conhecimento a partir da realidade dos alunos, alinhando-se a uma visão progressista da educação.

Portanto, a pedagogia freinetiana, representada por instrumentos como a roda de conversa e o livro da vida, reforça a importância da autonomia, da expressão livre e da cooperação na formação de indivíduos críticos e participativos. Sua relevância permanece atual, inspirando práticas educativas que respeitam a criança como sujeito ativo no processo de aprendizagem.