A expansão periférica decorrente do crescimento urbano evidencia uma tendência à organização do espaço em zonas de forte homogeneidade social entre elas. Essa organização é resultado de uma estratégia de segregação socioespacial que impede a comunicação entre as diferenças. Em relação às orientações da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais sobre o ensino do tópico segregação espacial, assinale a alternativa incorreta.
urbano evidencia uma tendência à organização do
espaço em zonas de forte homogeneidade social entre
elas. Essa organização é resultado de uma estratégia de
segregação socioespacial que impede a comunicação
entre as diferenças. Em relação às orientações da
Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais
sobre o ensino do tópico segregação espacial, assinale
a alternativa incorreta.
- A)Percebe-se uma estratégia de produção de espaços homogêneos: uma tendência de segregação socioespacial da população pobre e uma autossegregação da população rica.
- B)Se por um lado a segregação evidencia as ocupações do espaço sem planejamento (por exemplo, das favelas), por outro lado a autossegregação passa por uma grande ordem de planejamento invertendo as noções de público e privado e revisitando o conceito de urbanidade, de convivência social.
- C)A segregação precisa ser estudada para explicitar sua não existência nas grandes cidades.
- D)Na lógica da segregação socioespacial deve-se levar em conta aspectos próprios da fragmentação da cidade na sociedade moderna.
Resposta:
A alternativa correta é C)
A segregação socioespacial é um fenômeno marcante nas grandes cidades brasileiras, especialmente em decorrência do crescimento urbano desordenado e da expansão periférica. A organização do espaço em zonas de homogeneidade social, como apontado no texto, reflete uma dinâmica de exclusão e fragmentação que aprofunda as desigualdades. Enquanto a população mais pobre é relegada a áreas precárias, sem infraestrutura adequada, a elite busca a autossegregação em condomínios fechados, reforçando a distância entre os grupos sociais.
A alternativa C é incorreta porque a segregação, longe de ser inexistente, é uma realidade palpável nas metrópoles. Ela se manifesta na divisão entre bairros nobres e periferias, na falta de mobilidade urbana para os mais pobres e na concentração de serviços em áreas privilegiadas. Negar sua existência seria ignorar um dos principais desafios do planejamento urbano contemporâneo.
As demais alternativas apresentam análises pertinentes: a A destaca a dualidade entre segregação imposta e autossegregação; a B aborda o contraste entre espontaneidade e planejamento elitista; e a D ressalta a relação entre segregação e a fragmentação típica da modernidade. Todas convergem para a compreensão crítica desse fenômeno que estrutura nossas cidades.

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