Charlot (2005), sociólogo da educação, distingue violência na escola, de violência à escola e de violência da escola. Diferencia as questões da violência, da agressão e da agressividade e remete a análise dessas questões às relações entre os sujeitos e deles com o saber. Pondera que
Charlot (2005), sociólogo da educação, distingue violência na escola, de violência à escola e de violência da escola. Diferencia as questões da violência, da agressão e da agressividade e remete a análise dessas questões às relações entre os sujeitos e deles com o saber. Pondera que
- A)o investimento educacional deva ser no sentido de fazer desaparecer a agressividade e, como conseqüência, a agressão e o conflito.
- B)se deve promover a agressividade e canalizá-la para o esporte, a arte e as diversas formas de concorrência, antes que se torne agressão, violência.
- C)casos de violência são para a polícia; transgressões e incivilidades é que são questões que as escolas devem enfrentar, com aconselhamento.
- D)a violência dos alunos é sempre resposta ao peso da violência institucional e simbólica que tende a esmagar os alunos que, em defesa, reagem violentamente.
- E)a escola inscreve-se na ordem da linguagem e da troca simbólica; cabe-lhe regular a agressividade e o conflito pela palavra; não conseguindo, a violência será provável.
Resposta:
A alternativa correta é E)
O sociólogo da educação Charlot (2005) propõe uma reflexão profunda sobre as diferentes formas de violência no contexto escolar, diferenciando violência na escola, violência à escola e violência da escola. Sua abordagem destaca a importância de analisar essas questões a partir das relações entre os sujeitos e sua relação com o saber, distanciando-se de visões simplistas que culpabilizam apenas os indivíduos.
Ao discutir as opções apresentadas, Charlot rejeita perspectivas que buscam eliminar a agressividade (alternativa A) ou canalizá-la exclusivamente para atividades como esporte e arte (alternativa B), pois ambas ignoram a complexidade do fenômeno. Também critica a ideia de delegar casos de violência à polícia (alternativa C), assim como a visão determinista que apresenta a violência dos alunos como mera reação à violência institucional (alternativa D).
A alternativa correta (E) reflete o cerne do pensamento de Charlot: a escola opera no âmbito da linguagem e da troca simbólica, sendo seu papel fundamental regular a agressividade e os conflitos através do diálogo. Quando a instituição falha em estabelecer esse espaço de mediação pela palavra, abre caminho para a emergência da violência. Essa perspectiva ressalta a responsabilidade da escola enquanto espaço de construção de relações sociais baseadas no respeito mútuo e na capacidade de transformar conflitos através da comunicação.
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